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Fotos sobre a era Jim Crow retratam a verdadeira brutalidade do racismo americano

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A era Jim Crow iniciou-se em 1870, na América do Norte, logo após a Guerra Civil, e durou até 1960. Por quase 100 anos, homens brancos mantiveram a desigualdade racial por meio de políticas, que impunham legalmente a segregação entre brancos e negros.

O período de racismo implacável foi capturado por diversos fotógrafos. Em muitos registros, é possível notar como a sociedade era cruel com os negros. Ao longo de nossa matéria, você, leitor, além de ter acesso aos registros, irá também entender como as leis favoreciam os brancos.

A era Jim Crow

Em suma, a era Jim Crow foi caracterizada por uma coleção de estatutos estaduais e locais que legalizavam a segregação racial no sul dos Estados Unidos. Iniciou-se em 1870 e terminou somente em 1960. Durante tal período, os negros que tiveram coragem de desafiar as leis foram presos, multados, sentenciados e até mesmo mortos.

Sim, após a Guerra Civil, o governo dos EUA consagrou a liberdade dos escravos negros com base na 13ª Emenda da Constituição americana. Logo depois, os EUA, considerando a 14ª Emenda, concedeu cidadania a todas as pessoas nascidas ou naturalizadas no país, incluindo escravos. Com a 15ª Emenda, concedeu-se o direito de votar.

Porém, mesmo com todas as conquistas, a população negra do país sofreu tremendamente. Os negros, que acreditavam o momento de saborear a liberdade havia chegado, foram brutalmente violentados durante a Era da Reconstrução, entre 1865 e 1877. Muitos foram submetidos ao terrorismo e à violência de brancos racistas.

Em 1880, cidadãos brancos voltaram a exigir mais sentenças que limitassem a população negra. Novamente, políticas discriminatórias começaram a surgir, mas com ainda mais força do que anteriormente. E foi aí que a era Jim Crow começou a ganhar mais adeptos.

Segregação

O período Jim Crow afetou todos os aspectos da vida diária. Os negros, por exemplo, eram proibidos de frequentar parques, teatros e restaurantes. Além disso, nas estações de ônibus e trem, os negros tinham que ficar em salas de espera separadas.

As leis também não permitiam que os afro-americanos utilizassem as mesmas fontes de água, banheiros, entradas de edifícios e elevadores que os brancos. Os negros tampouco podiam viver em bairros brancos.

Segundo registros históricos, em grande parte dos estados do sul, o casamento, e até mesmo a coabitação entre brancos e negros, eram proibidos. Era também extremamente comum encontrar placas nos limites das cidades alertando que os negros não eram bem-vindos na localidade.

Romper com qualquer estatuto da época ocasionava consequências violentas. De acordo com a Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP), cerca de 4.743 linchamentos foram registrados entre 1882 e 1968 e 72% deste total foram contra vítimas negras.

Embora a era Jim Crow tenha chegado ao fim, as consequências são sentidas hoje. Questões como a desigualdade social, o encarceramento em massa e a brutalidade policial são apenas alguns resquícios.

Outro fator relevante que mostra como a diferença racial ainda paira sobre a sociedade americana é a questão da riqueza racial.  De acordo com o Economic Policy Institute, em 2016, famílias negras recebiam anualmente cerca de US$ 17.600, já as famílias brancas US$ 171.000. entre famílias brancas.

De acordo com o New York Times, “a atual diferença de riqueza é talvez o legado mais forte da escravidão americana e da violenta expropriação econômica que se seguiu”.

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