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Fulano de tal: Entenda a origem dos sobrenomes

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Você é mais conhecido pelo seu nome ou pelo seu sobrenome? Hoje em dia, ter um segundo nome te faz saber quando estão falando com você. No entanto, nem sempre foi assim.

Por exemplo, se você se chamasse Lucas, precisaria torcer para não aparecer outro com a mesma denominação. Caso acontecesse esse encontro, caberia a todos encontrarem uma forma de diferenciar vocês dois. Logo, apelidos como Lucas Serralheiro eram bem-vindos.

Nesse sentido, e se aparecer outro Lucas que também era serralheiro? Calma, haviam outras formas de se diferenciar. Porém, nada se compara à precisão dos sobrenomes. Portanto, vamos dar um mergulho na história deste recurso.

Estratégias para chamar alguém

Antes e durante a Idade Média, as pessoas tinham segundos nomes. Todavia, estes não eram decorrentes de uma espécie de herança familiar, na forma como se mostram hoje. Na verdade, as estratégias para se referir a alguém percorriam caminhos bem diversos.

Além da ocupação do sujeito, também se apelava para o lugar onde ele morava ou para alguma característica física. Atualmente, em cidades interioranas, tal prática ainda pode ser vista de modo informal. No entanto, se pedir a carteira de identidade da pessoa, você verá que todo mundo tem um sobrenome familiar.

Fonte: G Hellqvist

Sendo assim, a gente percebe que as referências por ocupação e lugar não estavam sendo suficientes para diferenciar os indivíduos. Conforme a sociedade saía do sistema feudal, os encontros entre pessoas com mesmo nome aumentavam. Consequentemente, muitos problemas de identificação surgiam.

Portanto, a obrigação de utilizar um sobrenome se normatizou entre 1545 e 1563. A Igreja Católica, por sua vez, criou o primeiro cartório do mundo no intuito de registrar as pessoas. Além de ajudar na diferenciação dos indivíduos, o propósito da instituição era impedir casamentos dentro da mesma família.

Como consequência disso, os sobrenomes se transformaram em uma herança familiar. Dessa forma, surge a pergunta: como foi o processo criativo dos segundos nomes que se perpetuam até os dias atuais?

Criação dos sobrenomes

A princípio, muitos sobrenomes vieram à existência antes do século 16. Depois disso, o que tivemos foram apenas modificações pontuais em suas construções.

Não havia uma fórmula definida para se chegar a um Monteiro ou a um Dias. Em síntese, essas nomeclaturas surgiram por conta de situações que as pessoas viviam em seus cotidianos. Por exemplo, uma pessoa que plantava carvalhos poderia se transformar em um José Carvalho. Logo, este segundo nome passaria a ser transmitido aos seus herdeiros.

Fonte: Madereira Cedro

Além disso, questões de natureza também influenciavam. Alguém que nascia em uma região que neva poderia vir a ter Neves após seu primeiro nome. Há também casos em que o sujeito tinha alguma fama na praça que acabava resultando na sua identificação.

Conhece alguém com sobrenome Furtado? Não é uma certeza, porém, pode ter alguém na linhagem dessa pessoa que foi alvo de furtos. Mas calma, não vá sair por aí deduzindo o que os antepassados das pessoas fizeram. Hoje, um mesmo segundo nome pode “codificar” várias famílias.

Sobrenomes mais populares do Brasil

Primeiramente, a sua hipótese está certa: o sobrenome Silva é o mais comum do nosso país. A propósito, ele faz referência às pessoas que moravam perto da Torre Honra da Silva, na cidade de Valença. Atualmente, mais de 5 milhões de brasileiros possuem esse nome em suas carteiras de identidade.

Em seguida, vem Santos, que era dado às pessoas que nasciam no dia 1º de novembro. E sabe o que se comemora nessa data? O Dia de Todos os Santos. No momento, mais de 3,9 milhões de pessoas vivem com este sobrenome, e provavelmente poucas delas nasceram da data citada.

Sendo assim, trazemos aqui o ranking completo dos sobrenomes mais populares do país:

  • Silva (5 milhões)
  • Santos (3,9 milhões)
  • Oliveira (3,7 milhões)
  • Souza (2,6 milhões)
  • Rodrigues (2,3 milhões)
  • Ferreira (2,3 milhões)
  • Alves (2,2 milhões)
  • Pereira (2,2 milhões)
  • Lima (2 milhões)
  • Gomes (1,6 milhões)

Afinal, encontrou o seu aí no Top 10?

Fonte: Brasil Escola, Recreio

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