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A história do Diabo em 6 culturas diferentes

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Lúcifer, diabo, capeta, tinhoso, capiroto, demônio, sete-peles, coisa ruim, anjo caído…São vários os nomes, mas sempre um mesmo destino: alguém ou algo que sintetize e personifique o “Mal”, os pecados, tudo que vai contra a ética, paz e bem-estar. Mas por que esse conceito é tão famoso quanto o do próprio Senhor? Complementares e opostos, esses dois extremos do comportamento humano na verdade representam o poder, alcançado de diferentes maneiras: através do amor e do ódio. E, como não se poderia deixar de esperar, há quem se seduza por ambos.

Um caso famoso é o do padre Urbain Grenadier, que viveu na França, e, apesar dos votos de castidade, tinha uma bela fama de garanhão. Em 1632, depois de ter incomodado um grupo de freiras, foi acusado de satanismo. Em sua casa, foi encontrada esta carta, escrita ao contrário e com a assinatura do próprio capeta:

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“Nós, o influente Lúcifer, o jovem Satã, Belzebu, Leviatã, Elimi e Astaroth, juntos com os outros, aceitamos hoje o pacto de Urbain Granadier, que é nosso. A ele, nós prometemos o amor das mulheres, as flores das virgens, o respeito dos monarcas, honras luxúria e poder.

Ele vai se prostituir durante três dias, e vai gostar da farra. Uma vez ao ano ele deverá nos oferecer um selo de sangue, todas as coisas santas da igreja deverão ser pisadas por ele e ele vai perguntar a nós muitas questões. Com este pacto ele vai viver feliz por 20 anos na terra dos homens, e mais tarde vai se juntar a nós para pecar contra Deus.

Selado no inferno, no conselho dos demônios.

Lúcifer Belzebu Satã

Astaroth Leviatã Elimi

Selado pelo Diabo, o próprio; e os demônios, príncipes do Senhor”.

Mas, apesar disso, na verdade o conceito de Lúcifer tem muito mais nomes que esses. Conheça aqui um pouco de sua história e origens:

Lúcifer

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Apesar desse ser popularmente o nome do capiroto, não foi criado pra ele, e na verdade significa “filho da luz” ou “portador da luz”. Inclusive, é usado para se referir ao próprio Cristo em Pedro 1:19. Isso porque o termo, na verdade um “apelido” para Vênus, pode ser visto na passagem Isaías 14:12, que diz: “Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva!”. Daí a história dele ser um anjo caído.

Também é usado para designar um rei babilônico, citado em Isaías 14:22, e também já foi associado ao imperado romano Nero. Na verdade, a palavra – que nada tinha de satânico – passou a ser empregada para descrever “o Mal”, e em especial a sua personificação: o diabo. Apesar disso, esse conceito existe em diversas outras culturas. Conheça aqui algumas delas:

Pishacha

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Comum em religiões orientais, costumam possuir humanos e sugar suas almas. Naturalmente invisíveis, esses demônios gostam de pecadores, como estupradores e assassinos, e vários textos diferentes descrevem algumas mesmas características: um tom de pele escuro, olhos vermelhos e veias saltadas ao longo do corpo.

Hades

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Uma das associações mais conhecidas, esse deus grego é praticamente o capeta do Olimpo, apesar de não ser necessariamente mal, originalmente (representa a morte, e não o mal). Entretanto, já que domina o reino dos mortos, é associado ao reinante do inferno católico, que por sua vez é o diabo. Na Grécia, acreditava-se que seu nome trazia azar, e que tinha um capacete que o protegia dos olhares alheios.

Rakshasa

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Demônios do budismo e hinduísmo que praticam magias malignas e são capazes de iludir humanos. Podem se passar por humanos e também se transformar em animais ou monstros, como o rei Ravana, conhecido por ter dez rostos e uma dúzia de braços.

Abaddon

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O mal e destruição personificados no judaísmo, que por vezes é associado ao anjo Muriel. É descrito como uma figura maligna, em um trono de vermes, com um exército de cavaleiros montando gafanhotos tão grandes quanto cavalos, com rostos de humanos e caudas de escorpião.

Djinni

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Demônos islâmicos que vivem na realidade dos elementos, sendo feitos de água, terra, ar ou fogo. Podem ser boas ou más, mas geralmente são temidas: os Efreets, do fogo, por exemplo, são associados com incêndios e grandes tragédias destrutivas.O primeiro de sua espécie teria sido Iblis, que criou uma inimizade com Adão e foi expulso do paraíso.

 

Se gostou, conheça alguns seres mitológicos que também têm bastante do Mal neles, e de certa forma representam o diabo em outras culturas, como a nórdica e a indígena.

 

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