Mistérios e Horror

A história do Deus Moloch, divindade que exigia sacrifícios de crianças

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No passado, os povos eram formados por uma cultura essencialmente diferente da nossa. Elas seguiam diferentes religiões que presavam por vários Deuses, sendo considerados politeístas. E, apesar de ainda existirem religiões assim atualmente, como o xintoísmo do Japão e algumas outras presentes em tribos indígenas, elas são bem menores do que as monoteístas que prevalecem por todo o mundo.

Acontece que, dentre os vários Deuses que alguns ocidentais seguiam, existia um chamado Moloch que pode não ser tão bondoso como esperaríamos de um Deus. Ele era adorado pelo Canaã e esteve presente entre civilizações como os fenícios, cartagineses e os sírios. Podendo ser chamado por outros nomes como Cronus e Saturno. Mas, no geral, ele era comumente representado como um homem com uma cabeça de bezerro que ficava sentado em um grande trono. O que, só de olhar as suas representações, já nos mostra a sua importância para o seu povo. E, independente da sua crença, a história desse Deus é intrigante e vale a pena conhecer.

Os sacrifícios em seu nome

O ritual molk era uma cerimônia praticada pelo antigo povo de Cananeia. Ele consistia em sacrificar bebês recém-nascidos em nome da divindade e, por mais que isso seja algo realmente abominável hoje, tudo era feito ao ar livre. Para que isso fosse possível, eles construíram um templo, juntamente com uma estátua de Moloch na qual eram feitos os sacrifícios. A estátua feita do seu Deus era oca e, no momento da cerimônia, um fogo era aceso dentro dele.

Os bebes eram inseridos em aberturas feitas na parte da frente e eram jogados rumo à morte. Além disso, os parentes da criança eram proibidos de lamentar a morte do mesmo para que não desapontassem Moloch. As cinzas dos bebês sacrificados eram guardadas no templo onde o Deus era adorado. Os especialistas acreditam que a preferência por bebês não tinha nada a ver com infanticídio e que a cerimônia teria se originado na Fenícia.

A forma como ele se desfez

Apesar da adoração por Moloch ter sido realmente grande no passado, por conta dos fenícios que a teriam difundido, com o tempo ela acabou se desfazendo. Para se ter uma ideia, partes da Península Itálica e da Península Ibérica, como Cartago, tinham esse Deus como a sua principal divindade. Porém, assim que o Império Romado começou a se expandir, a crença por ele acabou perdendo a sua força pouco a pouco.

Isso porque, de acordo com relatos da história, os antigos romanos respeitavam a religião dos povos que dominavam e não impuseram a crença por Moloch. O que acabou fazendo com que ela adquirisse novas versões e se moldasse de forma completamente diferente. Em certo momento, ele passou a ser considerado um demônio que vagava em busca de crianças para roubar. Várias lendas bem diferente da idolatria do passado começaram a surgir em seu nome na Europa medieval e continuou com o tempo.

Representações de Moloch

A atitude sanguinária feita nas cerimônias do passado em nome de Moloch fez com que ele ganhasse certa popularidade. Ele acabou sendo retratado na Bíblia e em obras de autores famosos como Nietzsche, Arthur Conan Doyle e Aldous Huxley, além de alguns filmes – como o mostrado acima. Em geral, ele passou a ser tratado como um ser maligno e não uma divindade a ser adorada. E, ainda que seja difícil compreender a forma como os povos antigos o tratavam, você pode encontrar outros sacrifícios como esse na história. E aí, o que acharam da história desse Deus maligno? Já sabiam sobre ele?

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