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O trio que entrou entrou dentro da usina de Chernobyl para salvar a Europa

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O dia 26 de abril de 1986 foi um dia histórico que, sem dúvida, fez diversas famílias simplesmente desmoronarem por todo o terror ocorrido naquela data. Esse dia marca, nada menos, do que o acidente nuclear de Chernobyl. Este foi o maior desastre dessa natureza que já aconteceu em todo o mundo. Tudo ocorreu na central elétrica da usina de Chernobyl, que estava sob a jurisdição direta das autoridades da União Soviética.

O acidente aconteceu quando eles foram testar novas turbinas produtoras de energia. Para isso, a equipe de manutenção da usina desligou o controle de segurança. A turbina não teve força o suficiente, ficando com apenas 1% de sua capacidade total.

Os engenheiros ficaram preocupados e tentaram reativá-la, mas 30 segundos depois, uma descarga de energia percorreu toda a usina, que estava sem seu sistema de proteção ativado. Foi então que as explosões em massa começaram. As temperaturas chegaram acima dos dois mil graus Celsius e o incêndio, com materiais radioativos, durou nove dias sem interrupção.

Em 1986, a série de grandes explosões expôs o conteúdo mortal para o mundo. Uma enorme nuvem radioativa foi lançada na atmosfera a ponto de alcançar o norte e o oeste da Europa, e alcançando dimensões para além do continente. Pela explosão, foram mortos entre 34 e 51 pessoas na noite do dia 26 de abril. Mas os efeitos a longo prazo foram muito mais nocivos. As estimativas de pessoas mortas, em consequência do acidente, variam entre 4 e 734 mil vidas perdidas.

Contenção

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O acidente foi horrível e, depois das explosão, havia pouco a se fazer. Era necessário apagar os grandes incêndios. E quando isso foi finalmente feito, a contaminação não estava somente no ar, mas também na água, que estava acumulada nas piscinas de segurança sob o reator.

Essas piscinas eram conhecidas como piscinas de bolhas e ficavam em dois níveis inferiores. A função delas era conter água caso fosse necessário esfriar o reator em alguma emergência. Elas também serviam para condensar o vapor e reduzir a pressão, caso estourasse algum cano do circuito primário.

Depois do acidente, essas piscinas estavam cheias e transbordando com águas de canos estourados e água usada pelos bombeiros na tentativa de manter o reator frio. E sobre essa água, estava o reator aberto se fundindo lentamente em forma de lava de cúrio a 1.660º C.

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Grandes gotas dessa lava radioativa poderiam começar a cair e provocar uma ou várias explosões de vapor que projetariam na atmosfera centenas de toneladas de cúrio. Isso multiplicaria em grande escala a contaminação que Chernobyl provocou e destruiria o lugar, afetando gravemente toda a Europa.

A mistura de água e cúrio escaparia. Depois, se infiltraria no subsolo contaminando das águas subterrâneas. Além de colocar em grande risco o abastecimento da cidade de Kiev, que tinha dois milhões e meio de habitantes.

Heróis

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A tragédia não foi exponencialmente maior por causa da ação heroica de três homens. O técnico operacional Alexei Ananenko, do engenheiro Valeriy Bezpalov e do jovem operador Boris Baranov. Foram esses três homens que contiveram outras explosões e derramamentos que colocariam a existência da Europa em risco.

Quando o vazamento das piscinas foi observado teoricamente, um comando automático abriria as válvulas que permitiram a passagem da substância para outros reservatórios. Mas como esse não foi o caso, o trabalho tinha que ser feito manualmente.

Foi nessa hora que o trio se dispôs a fazer esse trabalho. Mesmo que a tarefa parecesse uma missão suicida. Eles foram até o porão, que estava inundado, para alcançar as válvulas de drenagem da piscina que estava sob o reator para esfriá-lo. O ato dos três homens salvou milhões de pessoas.

Paradeiro

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Segundo disse Andrew Leatherbarrow, que investigou o caso e publicou o livro Chernobyl 01:23:40: The Incredible True Story of the World’s Worst Nuclear Disaster, ele descobriu o que aconteceu com os homens.

O autor do livro diz em seu livro que nenhum desses homens morreu de síndrome aguda da radiação depois do ato heroico deles. Primeiramente, acreditava-se que Alexei Ananenko estava morto com uma síndrome aguda da radiação. Mas isso foi uma confusão com outro funcionário de mesmo sobrenome.

Segundo Leatherbarrow, o homem morreu de um ataque cardíaco em 2005. E um dos outros dois homens, cujo nome não foi divulgado por questões de privacidade, ainda está vivo conforme explica o autor.

O autor do livro diz que nunca encontrou o terceiro homem, mas explicou que, com as pesquisas que realizou, soube que ele estava vivo até o ano de 2015.

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