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HMS Terror, o navio onde a tripulação praticou canibalismo

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O HMS Terror partiu da Inglaterra, em 1845, rumo a uma missão histórica, que nunca chegou a ser concretizada. Sob o comando de John Franklin, um veterano das Guerras Napoleônicas, os navegadores tinham um único objetivo: explorar o Ártico até encontrar a elusiva Passagem do Noroeste. No entanto, a missão foi por água a baixo (literalmente), quando o lendário navio afundou no Canadá.

O navio foi avistado, pela última vez, em 1845, logo depois que partiu. A tal expedição no Ártico terminou com a morte de todos os 128 homens da sua tripulação. Surpreendentemente, eles morreram antes mesmo de completar um quinto do caminho. Posteriormente, depois de cinco anos, em 1850, é que 11 navios britânicos e 2 americanos encontraram os primeiros vestígios da expedição que afundou. Nos anos seguintes, exploradores encontraram objetos dos marinheiros e ouviram relatos de Inuítes, que afirmavam terem testemunhado o acidente. No entanto, maiores detalhes do naufrágio só foram revelados, muito tempo depois. Uma segunda expedição, feita na década de 1980, começou a revelar o verdadeiro horror que foi essa viagem. Em suma, a tripulação faminta chegou a devorar a si própria até morrer de fome e frio.

O navio

Em síntese, a trágica expedição do navio HMS Terror terminou com a morte de toda a sua tripulação, em 1845. Mas os detalhes da tragédia ainda estão sendo revelados até hoje. Recentemente, foram apresentadas novas informações sobre o que realmente aconteceu com o navio.

Segundo informações de agências internacionais, exploradores especialistas usaram uma embarcação, guiada remotamente, para analisar os destroços do navio. Eles conseguiram observar 20 cabines em outros compartimentos da embarcação.

E as fotos e imagens, registrados nessa expedição, revelaram que, mesmo depois de mais de um século, o navio permanece relativamente conservado, em meios as águas geladas do Terro Bay, na província canadense de Nunavut. Todo o gelo e o lodo preservaram vários artefatos, como mapas e toras. Grande parte dos móveis também permaneceram intactos, por todos esses anos.

“A impressão que testemunhamos quando exploramos o HMS Terror é como se o navio tivesse recentemente sido abandonado por sua tripulação”, afirmou Ryan Harris. O pesquisador é também um dos navegadores que participou da expedição para explorar o naufrágio.

O terror

Na sua última expedição, o HMS Terror partiu da Inglaterra rumo ao Ártico à procura de uma rota para atravessar a Passagem do Noroeste. Para isso, eles teriam que passar pelo Norte da América, bem acima do Círculo Polar Ártico. No entanto, antes mesmo de completar metade da rota, o navio acabou colidindo com o mar congelado e a tripulação foi obrigada a abandonar o navio. Foi nesse ponto que o verdadeiro terror estava para começar.

Primeiro foram encontradas relíquias da expedição e três túmulos de membros da tripulação, em 1850. Porém, estudos mais conclusivos, para decifrar o mistério do que aconteceu com a tripulação, só foram possíveis mais de cem anos depois. Em 1981, uma nova expedição, na ilha de Beechey, e em King William, concluiu que muitos dos membros da tripulação morreram de pneumonia, escorbuto e fome. De acordo com relatos da tradição oral Inuíte, houve vários casos de canibalismo entre os tripulantes do navio. Dada a situação extrema em que eles estavam, não era de se espantar tal tática de sobrevivência.

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