Natureza

Idoso morre ao cair em vulcão no Havaí

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Um idoso de 75 anos morreu ao cair em um vulcão na cidade de Hilo, no Havaí (Estados Unidos). O vulcão Kilauea fica localizado dentro do Parque Nacional dos Vulcões do Havaí. O idoso faleceu no dia 2 de janeiro, primeiro domingo de 2022. 

Membros da família do homem reportaram o desaparecimento dele para as autoridades na madrugada de segunda-feira, 3. Assim, os guardas florestais e os bombeiros começaram a busca pelo idoso, que não teve a identidade revelada. O corpo foi recuperado aproximadamente às 8 horas da manhã de segunda-feira, após horas de buscas com o auxílio de um helicóptero. 

vulcão

Pixabay

O corpo do homem foi recuperado a cerca de 30 metros abaixo de uma das borda da cratera, que é uma área frequentada por pessoas que desejam observar o cume do vulcão. Após encontrar o idoso, o Serviço Nacional de Parques local confirmou que ele havia falecido no dia 2, antes mesmo da família reportar o sumiço. 

Em 2019, um caso semelhante foi reportado. Um homem de 32 anos caiu cerca de 20 metros dentro do vulcão. O turista, que foi resgatado com vida, chegou a escalar uma grade para ver o vulcão mais de perto antes de cair.

O vulcão Kilauea

O Kilauea tem uma grande caldeira cúpula, com paredes de até 120 metros de altura e duas zonas ativas, uma com 125 quilômetros de extensão a leste e outra com 35 quilômetros a oeste. Em havaiano, a palavra “kilauea” significa “cuspindo” ou “espalhando”, em referência às recorrentes descargas de lava ocasionadas pela cratera.

Além de ser o vulcão mais ativo do mundo, em 2018 o Kilauea foi considerado o mais perigoso dos Estados Unidos. Em setembro de 2021, a grande cratera entrou em erupção, causando massas de fumaça na região. As atividades vulcânicas registradas em 2021 não apresentaram perigo aos moradores, mas aqueles que vivem na direção do vento que vem do vulcão foram alertados para uma possível exposição a dióxido de enxofre e outros gases vulcânicos, que podem irritar o sistema respiratório.

USGS

Desde então, o local tem recebido turistas no período da noite, interessados em ver o brilho da lava. No entanto, o vulcão tornou-se uma atração turística muito antes, a partir de 1840. Vários hotéis foram construídos próximo à região por empresários locais. Muitos interessados em ver de perto o vulcão ativo se hospedam nesses locais.

Especificidades da cratera

O Museu Thomas A. Jaggar, localizado na borda da caldeira, possui um deck de observação que oferece a melhor vista abrigada da cratera. Pelos investimentos direcionados ao turismo da região, o vulcão tornou-se, também, a cratera ativa mais visitada do mundo.

Reuters

Cerca de 90% do vulcão é coberto por lava de menos de 1.000 anos de idade. Esse é um indicador da atividade vulcânica constante da cratera já que, se tratando de vulcões, 1.000 anos compreende um período muito recente. Na tradição local, existe a lenda de que o vulcão é habitado pelo deusa dos vulcões, Pele. Sendo assim, o povo da região alimenta a lenda de que, toda vez que a deusa se encontra irritada, o vulcão entra em erupção.

Apesar da visitação no local ser permitida, autoridades locais pedem que visitantes não ultrapassem as barreiras de segurança, “especialmente em torno das bordas de penhascos perigosos e desestabilizados”. As áreas de observação são demarcadas e, caso não sejam respeitadas, o menor deslize pode ser fatal.

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