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Joias encontradas revelam mais sobre a destruição babilônica de Jerusalém

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A destruição do templo do Rei Salomão é um dos eventos mais significativos do Antigo Testamento. Assim como a queda de Jerusalém, citada diversas vezes na Bíblia. Agora, em seu aniversário, descobertas arqueológicas feitas no local anunciam novas informações sobre o evento trágico. Ao escavar o Monte Sião, arqueólogos descobriram cinzas dos incêndios que queimaram grande parte da cidade. Junto a essas cinzas, eles encontraram ainda flechas dos invasores e um brinco deixado para trás. A joia é a segunda peça de joalheria encontrada na cidade de Jerusalém e nos arredores.

O ataque à Jerusalém, pelas forças babilônicas, foi um evento importante, tanto que foi descrito repetidamente na Bíblia. Durante o cerco, boa parte da população de Judá foi assassinada e os sobreviventes levados para a Babilônia, como prisioneiros. As torturas, sofridas por eles, estão registradas em detalhes, que amedrontam qualquer um. A destruição do templo de Salomão continua, até hoje, sendo lembrada pelo jejum de Tisha BeAv. O dia do calendário judaico do luto, devido aos trágicos acontecimentos.

Escavações no Monte

Embora a Bíblia seja um documento histórico muito importante, ela não é muito confiável. No entanto, em 2017, escavações no Monte Sião revelaram que o livro sagrado estava certo sobre a destruição de Jerusalém. Embora tenha exagerado quanto à proporção da cidade, que foi queimada.

Estudos aprofundados revelaram uma camada de cinzas, provenientes da destruição da cidade, e acabou por trazer junto alguns artefatos. As cinzas foram encontradas fora das muralhas da cidade, contendo pontas de flechas do estilo cita, conhecidas por terem sido usadas pelos povos babilônicos e também pedaços de panelas quebradas. Mas o que mais intrigou os pesquisadores, foram outros itens mais caros, como um brinco feito de ouro, prata e lâmpadas.

É claro que um estudo, desse nível, não é feito de um dia para o outro. A escavação arqueológica é um processo que leva tempo, e até agora, apenas uma parte da antiga cidade foi escavada até esse ponto. Shimon Gibson, pesquisador da Universidade da Carolina do Norte, acredita que o local possa ser uma das “casas do grande homem”, mencionada no Livro dos Reis Bíblicos. No relato, essas propriedades teriam sidos queimadas pelo exército babilônico, que cercou a cidade.

Novas evidências

As camadas de cinzas poderiam ser de uma lixeira das sobras de fogos da lareira, mas, para Gibson, isso não faz sentido e não se encaixa com as outras descobertas já feitas. “Ninguém abandona joias de ouro e ninguém tem pontas de flechas em seu lixo doméstico”, disse ele, em um comunicado, marcado para o lançamento de Tisha BeAv.

“É o tipo de desordem que você esperaria encontrar em uma casa arruinada após um ataque ou batalha”, acrescentou Gibson . “Objetos domésticos, lâmpadas, pedaços quebrados de cerâmica que haviam sido derrubados e quebrados. Francamente, jóias são um achado raro em locais de conflito, porque isso é exatamente o tipo de coisa que os atacantes vão saquear e depois derreter”.

Vários períodos da história intrigam os pesquisadores, tanto que escavações de muitas épocas diferentes estão acontecendo, simultaneamente, em Jerusalém. Tudo isso para tentar explicar com mais clareza e certeza como se deram todos esses eventos.

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