História

JonBenét Ramsey: a miss de 6 anos encontrada morta no porão de casa

JonBenét
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Uma tragédia acometeu a família de JonBenét Ramsey em 1996, quando a pequena miss foi raptada e morta. Com seis anos, JonBenét, que morava com seus pais e seu irmão em Boulder, Colorado (Estados Unidos), já havia conquistado prêmios em concursos de misses. No entanto, nos anos seguintes tudo mudou quando a criança foi retirada dos pais e morta de forma trágica.

Em 25 de dezembro de 1996, a família inteira estava reunida comemorando o Natal na casa de amigos. Todos chegaram cansados de viagem e, assim, os pais colocaram JonBenét e o irmão para dormir. De madrugada, a mãe da menina, Pattsy Ramsey, acordou de sobressalto e se deparou com um bilhete que havia sido deixado no final da escada.

Wikimedia Commons

A carta era um pedido de resgate no valor de 118 mil dólares para a pequena voltar ao lar. Em pânico, a mulher subiu as escadas e foi até o quarto dos filhos e, de fato, não encontrou a garotinha no cômodo. Assim que percebeu o sumiço, Pattsy ligou para a polícia.

Naquele momento, a mulher passou a acreditar que JonBenét havia sido sequestrada. As autoridades chegaram rapidamente ao local e perceberam que os Ramseys haviam chamado diversos familiares também, algo incomum para uma cena de crime, pois podem contaminar o local e perder evidências.

USA Today

O crime

A partir do momento em que a polícia iniciou as investigações, o caso se tornou cada vez mais conflituoso. Ao analisar a mensagem deixada pelos criminosos, que tinha duas páginas e meia escritas à mão, os investigadores perceberam que as folhas e a caneta utilizada pertenciam a Pattsy.

Eles também notaram que a letra mudava do meio para o fim e que o valor cobrado era bem específico: tratava-se da quantia que John Ramsey, o pai de JonBenét, havia ganhado como bônus de final de ano. Partindo disso, a polícia suspeitou que alguém próximo da família (ou os próprios pais da criança) estava por trás do sequestro da garota.

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No entanto, após oito horas de buscas policiais, John decidiu revistar a casa mais uma vez e encontrou o corpo da filha no porão da própria casa, que já estava morta e apresentava a boca tampada e os pulsos amarrados. A autópsia feita na menina de seis anos revelou que a morte foi causada por uma batida forte na cabeça, seguida de estrangulamento.

Agora, a investigação girava em torno de um homicídio e, quando o DNA dos pais da criança não foi encontrado no local em que o corpo estava, eles foram retirados da lista de suspeitos. Na época, alguns erros no curso da investigação fizeram com que o assassino não fosse encontrado.

Com todos os deslizes da investigação, várias teorias haviam sido criadas para tentar explicar o que aconteceu com a pequena miss. Alguns diziam que o irmão, Burke, havia matado a irmã por ciúmes e a mãe acobertou seu crime. Outros diziam que foram os próprios pais da criança que a mataram e elaboraram o plano para que a culpa não recaísse sobre eles.

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Suposto autor do homicídio

Anos após o incidente, um professor de 41 anos, chamado John Mark Karr, afirmou que ele era o autor do assassinato de JonBenét. Em seu julgamento ele alegou ter drogado, abusado e matado a garota. No entanto, uma investigação derrubou a confissão: os exames realizados no corpo da vítima não apontaram nada além de comida em seu organismo. O caso foi reaberto, mas acabou não apontando suspeitos.

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No entanto, mais de duas décadas após o crime, um detento do presídio de Limon, no Colorado, parece ter confessado o crime em carta para um antigo amigo do colégio. Gary Oliva, hoje com 57 anos, foi condenado a uma década de prisão por posse de pornografia infantil e outras fotos de crianças (que incluíam imagens da autópsia de JonBenét).

Na carta, ele teria dito ao amigo que havia deixado a garota dormir após raptá-la e que em um acidente ela acabou ferindo a cabeça mortalmente. “Nunca amei ninguém como amei JonBenét. Eu a deixei dormir e sua cabeça bateu e eu assisti ela morrer. Foi um acidente. Por favor, acredite em mim. Ela não era como as outras crianças”, escreveu.

Daily Mail

Michael Vail, o amigo em questão, tinha Oliva como suspeito do crime, já que havia recebido uma ligação do criminoso soluçando e dizendo que havia machucado uma menina no mesmo dia do assassinato. Vail acredita que a carta é uma evidência suficiente para provar a culpa do ex-companheiro de colégio.

Em 2002, ele esteve entre os vários suspeitos, mas nenhuma pessoa foi acusada formalmente pelo crime. Um representante da polícia de Boulder emitiu um comunicado sobre as novas informações: “Encaminhamos as cartas recebidas aos investigadores. Não comentaremos nenhuma ação ou o andamento desta investigação”.

Em nenhum trecho das cartas o detento reconhece por completo ter cometido o crime, mas os indícios reunidos, juntamente com o fato dele morar a uma distância de apenas dez quarteirões da casa da família de JonBenét, podem levar a uma conclusão do caso. Até o momento, no entanto, o caso não foi solucionado e o autor do sequestro e homicídio da pequena criança não foi apontado pelo crime.

Fontes: Aventura na História e Revista Monet

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