Lucy: 50 anos da descoberta que transformou a história da evolução humana

Avatar for Bruno DiasBruno DiasCuriosidadesnovembro 28, 2024

evolução humana ainda é um assunto a ser amplamente estudado pelos cientistas. As descobertas, ao longo do tempo, fizeram com que a ciência por diversas vezes alterasse seus registros e conceitos sobre como viviam nossos antepassados. Uma descoberta feita há meio século na Etiópia reescreveu os capítulos da evolução humana: nossa ancestral Lucy.

Até essa descoberta era acreditado que os ancestrais humanos evoluíram de forma linear, ou seja, ficaram mais mais altos, ganharam cérebros maiores e aprenderam a andar em duas pernas chegando ao Homo sapiens.

Essa é uma visão simplista que acabou sendo popularizada pela imagem “Marcha do Progresso”, que mostra a evolução dos macacos até os humanos modernos. Contudo, no dia 24 de novembro de 1974 foi descoberto um esqueleto de 3,2 milhões de anos que desafiou o conceito estabelecido. Esse esqueleto foi chamado de Lucy.

Quem liderou esse estudo foi o paleoantropólogo Donald Johanson e um artigo de 1978 o descreveu trazendo detalhes que mudaram o entendimento a respeito de como nos tornamos humanos.

Lucy mudou tudo

Olhar digital

No momento que Johanson descobriu os ossos de Lucy eles pareciam normais no começo. Contudo, o formato do joelho sugeria que ela andava ereta, assim como os humanos modernos. E até o momento era acreditado que o bipedalismo tinha aparecido somente com os cérebros maiores.

“Isso mostrou, sem dúvida, que ela andava ereta. Foi um divisor de águas para nossa compreensão da evolução humana”, afirmou Johanson.

De acordo com o paleoantropólogo, como Lucy tinha um cérebro parecido com o tamanho de um chimpanzé isso acabou com a ideia de que a capacidade de caminhar ereto e o aumento da inteligência surgiram de forma simultânea.

“Lucy solidificou o argumento de que nossos ancestrais aprenderam a andar antes de desenvolver cérebros grandes e habilidades cognitivas mais avançadas”, pontuou ele.

Evolução humana

Olhar digital

Outro ponto que Lucy mudou na compreensão da evolução humana foi a de que ela era uma linha reta. Atualmente, os cientistas fazem a comparação com uma “árvore espessa”, com muitos galhos que representam diferentes espécies. Sendo que alguns dos galhos cresceram e outros acabaram sendo cortados e extintos.

Além da árvore, o paleoantropólogo Andy Herries propôs a metáfora de um “rio trançado” onde as populações primitivas cruzavam entre si, evoluíam ou desapareciam. Isso explica o cruzamento dos Homo sapiens e neandertais e a extinção de algumas espécies como o Homo floresiensis.

Como dito, o entendimento da evolução humana ainda está em progresso. E com cada novo fóssil encontrado o conhecimento a respeito de como chegamos até o Homo sapiens é aumentado. Na visão de Johanson, Lucy é um símbolo dessa busca. “Ela se tornou um mascote da evolução, ajudando a construir uma visão mais rica e detalhada de nossas origens”, concluiu.

Fonte: Olhar digital 

Imagens: Olhar digital 

Seguir
Sidebar Buscar
Carregando

Signing-in 3 seconds...

Signing-up 3 seconds...