Por A Terra já foi o lar de várias espécies que, com o passar do tempo, acabaram sendo extintas pelas mais variadas razões. No entanto, isso não quer dizer que elas não tenham sua importância até porque muitas são ancestrais de animais conhecidos atualmente. Esse é o caso do auroque, conhecido como o ancestral do gado doméstico.
Essa foi uma espécie de animal bovino selvagem que habitou a Europa, Ásia e norte da África e acabou sendo extinto em 1627. Compreender mais a respeito dele é importante porque ele foi um tipo de animal fundamental para o desenvolvimento da humanidade. Por mais que pesquisas tenham sido feitas, ainda existe muito o que descobrir a respeito do auroque.
De acordo com um novo estudo sobre os genomas de auroques antigos, foi possível saber mais a respeito dos laços profundos que unem o animal com o gado doméstico.
Auroque
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Os auroques tinham chifres curvos característicos e chegavam a pesar até 700 quilos. Conforme os relatos históricos, esse ancestral do gado doméstico era bem perigoso por ser agressivo, veloz e forte e, ao que parece, não ter medo de nada. Ainda segundo o estudo, o auroque não era somente grande, ele também foi bem sucedido como espécie, visto que se espalhou pela Europa, Ásia e Norte da África.
O estudo foi feito com 38 genomas de restos pré-históricos datados de aproximadamente 20 mil anos. Segundo Mikkel Sinding, pesquisador no departamento de biologia da Universidade de Copenhague, o trabalho deles mostrou “uma história super complexa em que temos várias camadas de gado selvagem ao longo do tempo na Europa”. Essas alterações aconteceram devido a mudança de ambiente e a interação com os humanos.
Contudo, quando as camadas de gelo atingiram a maior extensão, no Último Máximo Glacial, a diversidade genética dos auroques europeus diminuiu de forma drástica. Consequentemente a população, também, teve uma grande redução ao perderam seu habitat.
Outro ponto visto pelo estudo foi que nos genomas de auroques europeus mais recentes foi identificado uma ancestralidade de auroques asiáticos. Isso sugere que, conforme o degelo foi acontecendo, eles se locomoveram para outras regiões.
Domesticação
A domesticação do auroque aconteceu aproximadamente 10 mil anos atrás e impactou sua variedade genética. Segundo Benjamin Arbuckle, arqueólogo e professor de antropologia da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, restos desses animais, domesticados no período neolítico, puderam ser encontrados em comunidades agrícolas da região do Crescente Fértil do Sudoeste da Ásia.
Ainda conforme Arbuckle, cerca de 8.000 a.C. “esses restos ficam cada vez menores”. Isso sugere que os humanos estavam criando de forma seletiva esses animais em cativeiro e a domesticação pode ter tido várias funções.
“Eles são poderosos, são trabalhadores, são produtores de leite e são visualmente impressionantes e simbolicamente importantes, com seus grandes chifres, seus grandes corpos e suas peles coloridas interessantes”, pontou Arbuckle.
O estimado é que o último auroque tenha morrido em 1627, na Polônia. Por mais que ele tenha sido extinto, a espécie tem seu significado cultural marcado na história.
Fonte: Mega curioso
Imagens: Wiki index
