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Maior espécie de tubarão luminoso do mundo foi encontrada

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tubarão ou cação é o nome dado vulgarmente aos peixes de esqueleto cartilaginoso e um corpo hidrodinâmico, pertencente à superordem Selachimorpha. Esse tipo de animal é temido por todos e tem mais de 300 espécies.

Sabe-se que os tubarões estão vivos no planeta Terra há muitos anos, mais ou menos há 400 milhões de anos. E ainda assim conseguem surpreender os pesquisadores. Três espécies de tubarão que vivem nas profundezas crespusculares do oceano são bioluminescentes o tempo todo.

Foi descoberto que o tubarão kiefin, o tubarão-lanterna-barriga-preta e o tubarão-lanterna do sul tem um padrão azul brilhante suave na sua pele. Isso é uma coisa inédita para os tubarões que são encontrados na Nova Zelândia.

Tubarões

Desses três animais, o tubarão kitefin, que cresce até 180 centímetros de comprimento, agora é o maior tubarão bioluminescente conhecido no mundo. A bioluminescência não é uma coisa incomum na evolução dos seres vivos. Até mesmo os humanos brilham, mesmo que muito fraco para ser realmente visto.

Essa habilidade parece ser mais útil para os seres vivos que vivem no escuro e nas profundezas do oceano. Lugares tão profundos que os raios de sol não conseguem penetrar na água.

No local chamado mesopelágico, ou zona crepuscular, que está entre 200 e mil metros abaixo da superfície, a bioluminescência é praticamente um modo de vida. Acredita-se que mais de 90% de todos os animais dessa região do oceano tem alguma forma de bioluminescência que é usada de formas diferentes.

Contudo, nos tubarões essa bioluminescência não é documentada. E nem muito estudada. Por conta disso, os  biólogos marinhos Jérôme Mallefet e Laurent Duchatelet, da Université catholique de Louvain, na Bélgica, estão trabalhando para mudar esse cenário.

“A bioluminescência tem sido frequentemente vista como um evento espetacular, porém incomum no mar. Mas considerando a vastidão do mar profundo e a ocorrência de organismos luminosos nesta zona, é agora cada vez mais óbvio que a produção de luz em profundidade deve desempenhar um papel importante na estruturação do maior ecossistema do nosso planeta”, escreveram os pesquisadores.

Bioluminescência

Os dois biólogos marinhos se juntaram com Darren Stevens, do Instituto Nacional de Pesquisa Hídrica e Atmosférica (NIWA) da Nova Zelândia, para fazer um estudo a respeito dos tubarões mesopelágicos que foram encontrados nas águas locais.

Por conta do trabalho feito por eles é sabido que o tubarão kitefin é de fato bioluminescente. Antes desse estudo os cientistas apenas suspeitavam desse fato, desde a década de 1980.

Para fazer essas observações os cientistas capturaram espécies com uma rede de arrasto, em janeiro de 2020. Dentre as centenas e tubarões capturados estavam, 13 tubarões kitefin,  sete barrigas-pretas e quatro tubarões-lanterna do sul. Todos eles foram usados para o estudo a respeito da bioluminescência.

Os cientistas encontraram na pele dos três fotóforos, que é um órgão emissor de luz visto nos animais bioluminescentes. Nos tubarões, essa emissão de luz é controlada hormonalmente. O que faz eles serem a única espécie onde isso é visto.

Observações

Os pesquisadores descobriram que, nas três espécies de tubarão, a melatonina ativa o brilho. O alfa-melanócito estimula esse brilho e os hormônios adrenocorticotrópicos desligam ele.

Mesmo sabendo tudo isso, o motivo pelo qual os tubarões brilham não é uma coisa fácil de determinar. Até porque, os animais mesopelégicos podem brilhar por vários motivos. Seja para atrair um parceiro, atrair uma presa, educar ou se camuflar.

Contudo, os cientistas acham que o brilho dos tubarões pode ser para a sua camuflagem. Até porque o brilho está concentrado em volta da barriga deles e na parte inferior. Isso pode fazer com que eles fiquem invisíveis de determinados ângulos.

“Este primeiro estudo experimental de três espécies luminosas de tubarões da Nova Zelândia fornece uma visão sobre a diversidade da bioluminescência dos tubarões e destaca a necessidade de mais pesquisas para ajudar a entender esses habitantes incomuns do fundo do mar: os tubarões brilhantes”, concluíram os pesquisadores.

 

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