Por A história do cinema é composta por vários filmes que também deixam uma marca bem grande na vida das pessoas. Por exemplo, Crepúsculo é um filme que marcou uma geração. A saga norte-americana dirigida por Catherine Hardwicke foi adaptada dos livros de mesmo nome da autora Stephenie Meyer. A história de Crepúsculo se passa na cidade de Forks e mostra Isabella Swan, uma garota apaixonada por Edward Cullen, um vampiro.
Por mais que a história tenha se tornado sensação desde o seu lançamento, muitas pessoas podem achar que Forks existe somente no universo de Crepúsculo. No entanto, a realidade não é essa. E se essa cidade realmente existe, é de se esperar que o turismo seja uma grande fonte de renda e os moradores apreciem toda a atenção. Contudo, esse é outro fato que não é realidade.
Isso porque, uma concentração alta de pessoas pode acabar interferindo no dia-a-dia de quem mora em determinado local e acabe virando um verdadeiro incômodo. É justamente isso que acontece com Forks, uma pequena cidade localizada em Washington, nos Estados Unidos.
Forks, a cidade de Crepúsculo
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Desde 2005, a cidade viu o número de visitantes aumentar por conta do lançamento de Crepúsculo. E isso não parou com o passar do tempo. Para se ter noção, em 2023, quando “Amanhecer – Parte 2”, o último filme da saga foi lançado, Forks teve aproximadamente 66 mil turistas, sendo que em 2005 foram cinco mil. E o número de habitantes da cidade, conforme dados de 2022, era de 3.379.
O número de turistas não é a única coisa que incomoda quem vive em Forks. Os moradores também ficam incomodados com as manias dos fãs de Crepúsculo. “Você vê alguns personagens estranhos vagando por aí”, disse Leslie Graham, de 44 anos.
Ainda conforme a moradora, é possível ver pessoas com dentes afiados no Sully’s Drive-In e a loja de ferramentas da cidade fica sem suas lanternas o tempo todo porque as pessoas as compram para ir a caça de vampiros na floresta. “Eu fico tipo, ‘querida, isso é ficção. E se não fosse, eles te matariam’”, acrescentou.
Para Dora Maxfield, de 53 anos, é algo “meio assustador” ver as pessoas andando pela cidade e tentando invadir casas que foram usadas como cenário para os filmes. “Eu trabalho na escola local — onde os personagens de Crepúsculo ‘estudaram’ — e eles ficavam lá, chorando sobre o quanto amavam esse vampiro. Às vezes, eles tentavam entrar na escola. Não é seguro para as crianças”, disse.
Turismo
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Mesmo trazendo alguns incômodos e, às vezes, até ser assustador, não são todos os moradores de Forks que acham ruim todo o movimento que Crepúsculo trouxe para a cidade. Por exemplo, Lissy Andros era tão fã da saga que se mudou do Texas para começar sua vida novamente em Forks. Atualmente, ela é diretora-executiva da câmara de comércio.
“Os livros foram uma bênção incrível para a cidade. Há pessoas que não apoiam isso, nem o turismo. Há uma visão equivocada de que a cidade prosperaria sem isso. Mas somos muito afortunados por ter esse presente”, pontuou ela.
Já na visão de Leslie Graham, toda a atenção que os vampiros de Crepúsculo trouxeram para Forks é negativa. “Não sou contra o progresso, nem contra o turismo, mas me incomoda que as ruas estejam congestionadas de carros. Meus filhos nunca conhecerão a cidadezinha tranquila em que cresci”, disse.
Se a tranquilidade depender do governo local, ela realmente não irá voltar. Até porque, no site oficial de Forks tem uma área dedicada para o fãs de Crepúsculo para que eles saibam o que fazer quando visitarem a cidade, indo desde museu a uma seção de roupas e artigos licenciados.
Fonte: IG
Imagens: Instagram
