Vários asteroides já passaram perto do nosso planeta e a maioria deles causa uma certa curiosidade nos pesquisadores, como por exemplo, o asteroide Bennu, que tem o formato de um pião, com largura aproximada de 300 metros. Embora ele esteja no espaço, a missão OSIRIS-REx da NASA coletou uma amostra dele. Agora, essas amostras do asteroide revelaram coisas surpreendentes.
Uma das descobertas feitas pelos pesquisadores é que vários fragmentos trazidos da superfície desse asteroide tinham minerais de um mundo oceânico do passado. Os minerais que foram identificados foram fosfato de magnésio e de sódio, que podem ser vistos na crosta do nosso planeta e são característicos de mundos oceânicos.
Por conta disso, as amostras do asteroide revelaram que ele pode ter se separado de um mundo oceânico primitivo há muito tempo atrás.
Além disso, estudos mais recentes sugerem que ele, atualmente classificado como um planeta anão, deve vir de uma família grande relacionada com o asteroide 142 Polana, de aproximadamente 55 quilômetros de diâmetro.
Normalmente, esses aglomerados de rochas que são produzidos pela fragmentação catastrófica de um corpo parental maior acontecem em locais determinados do cinturão principal de asteroides entre Marte e Júpiter.
Por conta disso que as famílias de asteroides são uma evidência palpável de que os corpos maiores realmente foram destruídos por conta de grandes impactos no passar das eras.
De acordo com os pesquisadores, descobrir esses materiais nas amostras do asteroide é uma coisa fundamental para que sejam desvendados os processos iniciais de hidratação dos primeiros mundos formados no sistema solar.
Além disso, as amostras do asteroide também podem dar pistas a respeito das propriedades catalíticas dos compostos orgânicos dos minerais que o formam e como eles podem ter ajudado no surgimento da vida no nosso planeta.
Outro ponto importante de analisar as amostras do asteroide é que ao fazer isso é visto a importância de se criar missões de volta de amostras para a Terra e não esperar que elas cheguem até aqui por conta própria. Até porque, alguns minerais que elas tem podem acabar não sobrevivendo aos milhões de anos que determinado corpo celeste teria que passar até chegar na Terra.
Fonte: Olhar digital
Imagens: Olhar digital