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Múmia de bispo do século 17 mostra surgimento de doença popular no Neolítico

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Diariamente, diversos estudioso tentam desvendar segredos sobre o mundo no passado. Lugares como Egito, Grécia, Roma e México, por exemplo, escondem vários segredos sobre os povos que habitavam o nosso planeta centenas de milhares de anos atrás. Recentemente, um estudo chamou a atenção de vários especialistas, de vários países. Pesquisadores de instituições da Suécia e Alemanha publicaram uma nova análise do genoma Mycobacterium tuberculosis. Isso, com base em restos encontrados em uma múmia bastante preservada do século 17. O estudo foi publicado no último dia 10 de agosto, na Genome Biology. O mesmo sugere que o patógeno da tuberculose pode ter emergido no período Neolítico, muito antes do que acreditavam os especialistas.

A múmia foi descoberta em 2015 e trata-se do bispo Peder Winstrup. Desde sua descoberta, a múmia tem surpreendido os cientistas devido seu ótimo estado de conservação. Segundo análises de tomografia computadorizada, o religioso faleceu em 1679, aos 74 anos. O bispo apresentava doenças como arterosclerose e artrose, e provavelmente foi vítima da “peste branca”. Essa foi uma pandemia de tuberculoso que atingiu a Europa após o período medieval.

Os cientistas desconfiaram que a amostra poderia trazer novas informações após se depararem com calcificações bem preservadas no pulmão da múmia. Os estudiosos do Museu de História Natural Sueco buscaram informações sobre a Mycobacterium tuberculosis. “Suspeitamos que fossem resquícios de uma infecção pulmonar anterior”, disse Caroline Archini, pesquisadora e coautora da análise. “A tuberculose estava no topo de nossa lista de candidatos. A análise de DNA foi a melhor maneira de provar isso”, completou.

Origem da doença estudada na múmia

Estima-se que mais de um quarto da população mundial tenha sido exposta ao Mycobacterium tuberculosis. Esse é um grupo de microrganismos que causam a tuberculose. Por causa dessa distribuição global, acredita-se que as bactérias tenham evoluído para infectar humanos há dezenas de milhares de anos. Estima-se que ao mesmo tempo em que os primeiros hominídeos emigraram da África para outros continentes. Mas não é exatamente isso que apontam os estudos recentes.

Em 2014, um estudo de antigos genomas encontrados na América do Sul indicou uma antiga linhagem de bactéria. Essa, semelhante à que circula hoje em dia. Segundo o estudo, teria emergido há apenas 6 mil anos. Com essa descoberta da múmia de Winstrup, seria possível encontrar mais informações que confirmassem ou não esse achado. Os estudiosos, então, reconstruíram o genoma da tuberculose a partir dos restos encontrados no nódulo calcificado.

“O genoma é de uma qualidade incrível – a preservação nessa escala é extremamente rara em DNA antigo”. Essas foram as palavras de Kristen Bos, uma das líderes do estudo e pesquisadora de paleopatologia molecular do Instituto Max Planck de Ciências da História Humana, na Alemanha. Após as análises da múmia, estima-se que, de fato, a tuberculose existe há mais tempo do que acreditávamos.

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