Não é só Tesla: motorista engana Ford e viaja a 135 km/h no banco de trás

Recentemente, um vídeo viralizou nas redes sociais mostrando um momento de extrema imprudência em uma estrada dos Estados Unidos, com um homem dirigindo um Ford F-450 Platinum a 130 km/h.

No entanto, o mais surpreendente é que o motorista estava deitado no banco traseiro enquanto os sistemas autônomos do veículo assumem o controle da direção.

Para manter o sistema ativo, o condutor colocou dois sacos sobre o volante, simulando o peso das mãos ali.

O vídeo retrata o proprietário de uma F-450 deitado no banco traseiro, enquanto o sistema autônomo do veículo opera sem supervisão no banco do motorista.

O sistema autônomo da Ford, conhecido como BlueCruise, é projetado para desativar-se se detectar que o motorista não está prestando atenção, contando com um sistema de monitoramento para garantir isso. No entanto, esse sistema não está disponível na F-450.

O modelo oferece uma combinação de controle de cruzeiro adaptativo e assistência de permanência na faixa, mas esses recursos são destinados a serem utilizados por um motorista que esteja no controle do veículo com as mãos no volante.

Nesse caso, o indivíduo recorre a sacos para simular a presença das mãos no volante, aproveitando-se dos sensores de pressão ali presentes.

Via UOL

Não faça isso em casa

É crucial abordar a extrema imprudência envolvida em comportamentos como o mostrado no vídeo.

Deitar-se no banco traseiro de um veículo em movimento, confiando inteiramente nos sistemas autônomos para controlar o carro, é não apenas irresponsável, mas também altamente perigoso.

A segurança nas estradas depende da atenção e da responsabilidade dos motoristas. Ao delegar completamente o controle do veículo aos sistemas autônomos, sem qualquer supervisão adequada, coloca-se em risco não só a vida do próprio condutor, mas também a de outros usuários da estrada.

Os sistemas autônomos ainda estão em desenvolvimento e não são infalíveis. Embora sejam projetados para melhorar a segurança nas estradas, eles não podem substituir completamente a vigilância e a capacidade de resposta humana.

Depender exclusivamente desses sistemas, ignorando as orientações e os requisitos de segurança do fabricante, é temerário.

Além disso, usar artifícios para enganar os sistemas de segurança, como colocar sacos no volante para simular a presença das mãos, é uma violação flagrante da confiança e da segurança.

Isso não só compromete a integridade do sistema, mas também expõe a riscos desnecessários todos os que compartilham a estrada.

Popularidade do Tesla e do F-450

Via Motor

Parte dessa imprudência, como a vista no F-450, vem do crescimento dos carros elétricos e autônomos, particularmente os da Tesla.

Essa revolução também trouxe consigo uma preocupação crescente em relação à segurança e à responsabilidade dos motoristas.

Os sistemas de direção autônoma, como os encontrados nos veículos da Tesla, principalmente, tornaram-se mais acessíveis e, consequentemente, mais populares entre os consumidores.

Com recursos como o Autopilot e o Full Self-Driving (FSD), os motoristas são tentados a confiar cada vez mais na automação do veículo, muitas vezes em detrimento da vigilância e do bom senso.

Contudo, essa popularização dos sistemas autônomos pode acabar gerando mais acidentes. Vídeos nas redes sociais mostram motoristas confiando cegamente nos sistemas de direção, assumindo comportamentos perigosos, como assistir a filmes, dormir ou até mesmo sair do banco do motorista enquanto o carro está em movimento.

É importante destacar que, embora os sistemas autônomos dos carros ofereçam assistência avançada ao motorista, eles não são projetados para operar de forma completamente autônoma em todas as situações.

Ainda é fundamental que os motoristas permaneçam atentos, com as mãos no volante e prontos para retomar o controle a qualquer momento.

Dessa forma, evita-se uma confiança excessiva que os montadores, como Elon Musk, incentivam nos sistemas autônomos, gerando menos ameaça à segurança rodoviária.

A tecnologia é uma ferramenta poderosa para melhorar a segurança e a eficiência no trânsito, mas seu uso irresponsável pode ter consequências graves e até fatais.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, Motor

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