Ah, os EUA são a terra da Beyoncé, do James Dean e do Elvis. Onde tudo é barato e todos são ricos e felizes. Onde até quem feio é bonito, e até mendigo fala inglês, não mesmo? E se te disséssemos que não, e que lá não passa de um lugar como qualquer outro, com miséria, desigualdade, alta criminosidade e um Estado corrupto? Pois é, acontece que infelizmente todo conto de fadas tem seu lado de realidade, e não podia ser diferente com a maior potência-império de nossa era, os EUA. Pra ir além do senso comum, conheça alguns fatos que o “american dream” (sonho americano) não conta:

22% das crianças americanas são miseráveis

Para esse que esse adjetivo seja coerente, é preciso explicar: 16 milhões de crianças estadunidenses não tem famílias capazes de suprir o considerado “essencial alimentar”, o que – de acordo com pesquisas e estatísticas – as leva a terem menores notas, e consequentemente piores empregos. Quando adultos, provavelmente vão presos, ou seja, todo o ciclo é fomentado pela falta de uma infância digna.

Os EUA têm a maior população prisional do mundo

Desde os anos 80, a população carcerária dos EUA só cresce, em especial com negros e pessoas de baixa renda, movimentando uma real indústria de lucro e controle social. As prisões, no país, são particulares, e os donos delas pagam aos presos salários inferiores a 50 centavos por hora pelos empregos dentro da prisão.

O Estado, por sua vez, ajuda a manter essas prisões, de forma que há cidades que dependem de seus presídios para a movimentação econômica, o que, por sua vez, faz com que leis cada vez mais severas para prisão sejam criadas, angariando mais escravos detentos. Os negros, como citado, representam apenas 13% da população dos EUA, mas compõem 40% da população carcerária, o que mostra uma clara política de segregação social e econômica desumana.

Os EUA são pró-guerra

De 1890 a 2012, 149 países foram bombardeados. Nos últimos dez anos, vimos os EUA atacarem diversos países árabes sob a suposta procura de armamentos que jamais foram encontrados – mas, em seu lugar, muito petróleo. Estima-se que mais de 8 milhões de pessoas tenham morrido nos conflitos até 2012, e, apesar disso, chefiam a ONU. Obama, por sua vez, investiu mais na guerra do que Bush e num nível sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial. Ou seja, não é meramente uma impressão, e sim dados que comprovam que cada vez os EUA mais tentam dominar o planeta – ou deveríamos dizer “continuar dominando”?

O sistema de saúde pública do país é péssimo

125 estadunidenses morrem por dia pela falta de planos de saúde, um problema que 50 milhões de americanos têm, já que a estadia pernoite em hospitais custa em torno de 500 Reais e uma viagem de ambulância, o equivalente a R$1.300,00. As cirurgias podem custar dezenas de milhares de dólares, ou seja, não queira envelhecer por lá.

E as Universidade, caríssimas

Para conseguir um diploma por lá, você terá que desembolsar nada menos que U$ 80 mil, o que gera dívidas em bancos que, em média, levam 15 anos para serem pagas. Além disso, os bancos podem comprar e vender as dívidas dos estudantes entre si, ou seja, você pode ter juros baixos hoje, e gigantescos amanhã. Animador, não é mesmo?

Os “descobridores” cometeram genocídio

Assim como no Brasil, para “descobrir” o novo continente, que já era bem conhecido pelos índios que nele moravam há séculos, os europeus mataram milhares de índios, e isso não parou até hoje. Entre 1940 e 1980, 40% das mulheres indígenas foram esterilizadas contra sua vontade pelo governo.

Populações são movidas para solos contaminados e lixeiras nucleares, ou seja, como os europeus que distribuíram roupas contaminadas para os índios latinos, os americanos oferecem uma morte lenta e cruel para a população que originalmente ocupava a terra.

O país ainda vive a Guerra Fria

Até hoje, é preciso jurar que você não é nazista, criminoso, usa drogas, comunista ou terrorista para entrar no país, seja nas fichas de visto ou na própria imigração de entrada. Caso positivo, seu visto será negado automaticamente por “prova de fraco caráter moral”.

O lugar com mais armas do mundo

Para cada 10 americanos, há 9 armas. Se isso já parece muito, fica ainda pior ao constatarmos a média no resto do mundo: 1 arma para cada 10 habitantes. Estatisticamente, isso significa que os EUA têm apenas 15% da população mundial, mas 30% de todas as armas do mundo. Assustador, certo?

Impressionante, não é mesmo? Confira aqui mais alguns fatos sobre o país, tão popular mas ainda tão desconhecido em sua realidade pelo resto do mundo.