Ciência e Tecnologia

O mamute está vivo atualmente?

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Você já deve saber que muitos animais estão perto de serem ou já até foram extintos da Terra, e isso se deu principalmente pela ação humana sobre o planeta. Isso é tão sério que, atualmente, uma em cada cinco espécies vivas, hoje, correm o risco de serem extintas no futuro. Pesquisadores acreditam que isso deve piorar 50% até o final do século se não mudarmos a nossa maneira de viver no planeta.

Contudo, e se você soubesse que às vezes a extinção não é tão definitiva como parece? Graças à evolução da nossa ciência, estamos quase revivendo espécies perdidas.

Lembra do animal mais famoso da Era do Gelo? Com chifres gigantes, um tamanho incrível e parecido com o elefante? Estamos tão acostumados com o mamute que ele parece até estar vivo ainda, mas a verdade é que ele foi extinto há milhões de anos.

Dessa forma, pesquisadores acreditavam que a espécie foi extinta na última Era do Gelo, mas descobriram que a última colônia de mamutes, com cerca de 500 a 1.000 indivíduos, viveu só quatro mil anos atrás perto do oceano ártico!

Diferente dos elefantes que conhecemos hoje que habitam a África e partes da Ásia, os mamutes eram encontrados nas regiões de tundra. Assim, elas estão por todo o norte da Ásia, várias partes da Europa e América do Norte.

A biologia do mamute

As orelhas menores, rabos mais curtos e pelos mega grossos protegeram eles das condições climáticas dessas regiões congeladas. Inclusive, o mamute foi tão essencial nesse ambiente de tundra que cientistas chamaram seu papel de pisada de mamute.

Infelizmente, os mamutes começaram a morrer quando a Terra esquentou, fazendo a cadeia alimentar mudar. Também acredita-se que a extinção pode ter tido uma influência humana pela caça exagerada. Mas será que seria possível ver mamutes em um futuro próximo? A possibilidade é maior do que você pensa!

Mamutes conservados

Mamute conservado

Pichi Chuang/Reuters

Ao longo dos anos, vários exemplares de mamutes bem conservados foram encontrados no gelo da Sibéria e esses exemplares podem ser a chave para reviver essa espécie há muito tempo perdida.

Então, pode parecer loucura, mas cientistas defendem que trazer animais da extinção se torna cada vez mais possível, isso com os avanços nas áreas de acasalamento seletivo, genética e clonagem.

No final do século 19, cientistas conseguiram isolar e analisar o DNA do osso, pelo e outros materiais de animais congelados, como os mamutes. O principal responsável por esse avanço é a ferramenta conhecida como Crispr-cas9, que pode ser usada para isolar características específicas do mamute e depois entregar esses traços em outro animal, como um copia e cola.

Isso pode ser especialmente útil para trazer de volta o mamute, já que seu parente mais próximo ainda está vivo: o elefante asiático. Quando for possível criar um genoma híbrido, ele será colocado em uma elefanta ou até mesmo sem uma mãe, no sistema ex-vitro, imitando o ambiente do útero em um laboratório. 

Um novo animal

Isso não significa que teríamos o mamute de volta 100%, e sim que teríamos uma versão moderna, alterada para parecer e se comportar como o animal original. O resultado final seria uma mistura de elefante com mamute, bem adaptado para viver em condições climáticas do norte do planeta, com orelhas menores e pelos espessos. Mas porque isso deveria ser feito?

Pode ser que ter mamutes atualmente teria impactos positivos no meio ambiente. O pesquisador George Church defende que a presença de mamutes pode reverter o tundra ártico de volta para terras com pastos, como era na Era do Gelo.

Esses mamíferos gigantes, como o mamute, ajudavam a manter o ambiente de tundra derrubando árvores e plantas altas e espalhando fezes com semente de grama. Quando eles desapareceram, o habitat ficou cheio de musgo, com uma camada de gelo que derrete cada dia mais, liberando dióxido de carbono para a atmosfera.

O geofísico Sergey Zimov já fez pesquisas extensas que mostram que é possível sim transformar a tundra em pastos como era originalmente com a reintrodução de animais de pastagem. Com uma horda de mamutes, isso poderia ser posto em prática.

Contudo, afinal, estamos em que pé nessa pesquisa? Em 2017, George Church disse que poderíamos ver mamutes vivos em alguns anos. Já o doutor Tom Ellis, que coordena pesquisas de biologia sintética na Universidade Imperial de Londres, diz que deve demorar pelo menos 10 anos. No entanto, as pesquisas avançam todos os anos.

Em 2019, cientistas de ponta no Japão fizeram um avanço incrível, foi quando células de um exemplar de mamute preservado de 28 mil anos mostraram sinais de vida! Então, no ponto em que estamos, a pergunta é quando vamos ver esse gigantes entre nós e não se vamos ver.

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