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O projeto dos EUA de usar morcegos como bombas na 2ª Guerra que quase funcionou

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O ataque japonês à base militar de Pearl Harbor, em 1941, foi o suficiente para que os Estados Unidos entrassem com tudo na Segunda Guerra Mundial. Então, já era de se esperar que eles iriam contar com um bom plano de vingança, e isso eles fizeram. E no meio desse planejamento de vingança, eles até bolaram um plano um tanto quanto peculiar. Em meio às várias tecnologias inovadoras, algumas mirabolantes e outras até idiotas, os americanos decidiram ir além. Eles deram início a uma oficina de experimentos bizarros que envolvia o uso de morcegos como armas de guerra.

Com a ideia de que morcegos poderiam transportar bombas, o projeto nomeado de Bat-Bomb (morcego bomba) foi aprovado pelo próprio presidente dos Estados Unidos e quase foi usado na guerra. Por fim, os estrategistas militares optaram por usar um outro experimento, já testado e aprovado anteriormente: a famosa bomba atômica.

O projeto

Como sabemos, não é bem uma novidade o uso de animais para fins militares. Há milhares de anos, o homem pega esses bichos para lhe servirem dos mais diversos propósitos. Elefantes, cachorros, cavalos, pombos, javalis, golfinhos e tantos outros animais já foram usados em experimentos. Alguns deles até chegaram a participar de guerras e tudo mais. Os morcegos também entraram nessa lista graças ao dentista Lytle S. Adams, que criou o Projeto X-Ray.

A ideia era tão simples quanto bizarra. Eles iriam bombardear as cidades japonesas usando bombas cheias de morcego, que estariam carregando bombas-relógio. O presidente dos Estados Unidos na época, Franklin Roosevelt, enxergou potencial no projeto e autorizou o desenvolvimento do mesmo. No fim das contas, o projeto todo teria custado dois milhões de dólares e nem chegou a ser usado.

Possivelmente, essa foi a arma mais bizarra do arsenal americano, durante a Segunda Guerra Mundial. Ela nada mais era do que um pequeno artefato incendiário, acoplado ao rabo do morcego. Para tal projeto, eles escolheram a espécie Tadarida Brasiliensis, muito comum nas Américas Central e Latina. Adams escolheu essa espécie, justamente pela sua capacidade de percorrer longas distâncias. Do mesmo modo, pela razão de que eles poderiam aguentar o peso dos explosivos. Para ele, era o plano perfeito.

O plano

Adams enviou a sua proposta diretamente à Casa Branca, onde afirmava que o seu plano iria aterrorizar os japoneses. “Milhões de morcegos habitam nossos túneis e cavernas há muito tempo, eles foram colocados lá por Deus para quando este momento chegasse”, dizia a carta. “Por mais fantasiosa que essa ideia pode parecer, estou convencido de que ela irá funcionar”.

Os animais seriam colocados em cápsulas e levados até a zona de impacto, ou seja, para as cidades japonesas. Cada uma dessas cápsulas abrigaria cerca de 40 morcegos. Depois de lançadas, um paraquedas seria acionado a 300 metros de altura. Nesse momento, as cápsulas seriam abertas e a carga viva poderia voar livremente carregando os explosivos.

Essas bombas presas aos morcegos, teriam um temporizador que daria tempo suficiente para os animais se abrigarem entre as edificações das cidades. Assim, todos eles explodiriam ao mesmo tempo. O que resultaria em vários incêndios simultâneos, em diversos pontos da cidade. O plano envolvia, a liberação de milhões de morcegos no Japão.

Porém, mesmo com todos os detalhes acertados e a aprovação do presidente, o projeto de Bat-Bomb foi abortado em 1944. Os militares optaram por lançar sua bomba nuclear com mais precisão. Até porque, a arma já tinha sido usada antes com sucesso. Sem contar que, como eles queriam deixar um recado aos tais “inimigos da América”, uma bomba seria o mais apropriado nesse caso. Mas foi por muito pouco que o projeto dos morcegos não foi usado na guerra. Sorte dos bichinhos.

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