Ciência e Tecnologia

O que aconteceria se o livro de ‘O Mágico de Oz’ fosse transformado em sequências de DNA?

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Recentemente, cientistas da Universidade de Harvard conseguiram transformar o livro ‘O Maravilhoso Mágico de Oz’, escrito por L. Frank Baum, em sequências de DNA. Você pode conhecer a história do livro, lançado em 1900, pela adaptação do clássico ‘O Mágico de Oz’, de 1939. No entanto, eu aposto que você nunca leu um livro em sequências de DNA.

Por meio da pesquisa, é possível ler a obra completa utilizando um sequenciador de DNA desenvolvido pela equipe. Dessa forma, o algoritmo consegue “traduzir” as informações de uma versão digital do livro.

Como ler um livro codificado convertido em “A, C, G e Ts”?

De acordo com Stephen Jones, um dos cientistas que participou da pesquisa, o estudo possibilita guardar dados para além do que os livros durariam. “Começamos com a versão digital do texto”, afirma Jones. “Enviamos a informação para o programa, que entrega um monte de sequências de DNA, feitas de A, C, G e Ts. Cada sequência é utilizada para fazer pedaços de DNA de verdade. Esses pedaços podem ser guardados mesmo em condições ruins por milhares ou até milhões de anos, como o que vimos com sequenciamento de DNA de dinossauros. […] Então, basicamente, os zeros e uns do computador são transformados em As, Cs, Gs e Ts de DNA para armazenamento, e então o processo é revertido quando você estiver pronto para ler”, completa.

Pode parecer um cenário um tanto quanto incomum, mas não é a primeira vez que esse tipo de conversão acontece. Entretanto, em casos anteriores, era comum encontrar partes do DNA que haviam sido acidentalmente deletadas ou adicionadas durante a codificação. Desse modo, o que temos aqui representa um grande avanço no sistema de algoritmo. Esse novo algoritmo, que é desenvolvido pelos pesquisadores da Universidade de Harvard, leva em consideração partes que podem ter sido perdidas ao longo da conversão. Além disso, também consegue evitar repetição de letras ou perca de informações. “Já faz muito tempo que acadêmicos e grandes empresas como Google e Microsoft vêm tentando uma forma de contornar isso”, afirma Jones. “Dessa forma, as pessoas usam várias cópias para que, se uma se confundir, podem comparar as informações em outra. No entanto, isso torna o processo bastante ineficiente”, completa.

É possível economizar armazenamento de dados com a conversão

Segundo Jones, o armazenamento pode ser útil em situações que buscam guardar dados antigos. Mas, que, mesmo que sejam importantes, não são usados com muita frequência. Nesse tipo de situação, transformar os dados em DNA poderia ser uma alternativa para economizar dinheiro e não precisar de pagar a manutenção servidores de dados, por exemplo. “Um dos principais usos [no mundo real] seria para armazenamento de longo prazo, quando você deve manter as informações, mas as usa com pouca frequência“, afirma Jones. Para citar um exemplo, Jones cita dados bancários históricos. “As empresas de tecnologia veriam valor em contas inativas que ninguém está usando, mas não que não querem excluir”, continua. Além disso, também poderia “haver uma grande economia de custos durante o armazenamento. Armazenar DNA quase não consome energia, especialmente em comparação a servidores de dados”, completa.

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