Ciência e Tecnologia

O que aconteceu com os clones da ovelha Dolly?

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Em 5 de julho de 1996, a ovelha Dolly se tornou um dos animais mais famosos do mundo ao se tornar o primeiro mamífero clonado a partir de uma célula adulta. A descoberta possibilitou novos rumos para a ciência e permitiu um futuro – agora presente – com animais de estimação ou de competição gerados a partir de manipulação genética e clonagem de outras espécies. Apesar disso, os cientistas demonstraram preocupação com a saúde da ovelha.

Após apenas um ano de vida, Dolly já apresentava sinais de velhice, conforme revelado em testes em seu DNA. Aos cinco anos, ela foi diagnosticada com inflamações nas articulações e problemas comuns de criaturas no fim da vida. Para se ter uma noção de comparação, ovelhas comuns vivem de 10 a 12 anos. Aos seis anos, ela foi sacrificada depois de contrair uam virose nos pulmões, bem mais nova do que o esperado para sua espécie. Apesar disso, nunca ficou claro que os problemas apareceram porque Dolly era um clone.

Na época, a clonagem da ovelha gerou discussões sobre ética no mundo inteiro. Preocupados com efeitos sobre a saúde, as Nações Unidas proibiaram a clonagem humana até 2005 e diversos países também fizeram o mesmo para animais. Ainda que tenha causado polêmica, Dolly chegou a gerar outros clones a partir de suas células.

Novos clones

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Vinte anos depois do nascimento da ovelha Dolly num laboratório, quatro ovelhas geradas a partir de seu DNA estão vivas, envelhecendo normalmente e muito saudáveis, de acordo com um estudo recente, publicado em julho. As informações foram apresentadas na publicação Nature Communications e respondeu algumas dúvidas geradas a partir da preocupação com a saúde das criaturas, já que o clone original, Dolly, apresentou problemas.

De acordo com o estudo, nenhum dos novos animais clonados apresentou os mesmos problemas que Dolly. Conforme publicado no New York Times, pesquisadores da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, conduziram uma série de testes em 13 ovelhas clonadas – incluindo quatro derivadas do DNA de Dolly. O que eles encontraram foram criaturas extremamente saudáveis, sem grandes problemas para a idade das criaturas. Pressão sanguínea, funções do coração, metabolismo e articulações não apresentaram nenhum sinal de envelhecimento prematuro, mesmo que algumas tivessem mostrado leve artrite.

Dollies de Nottingham

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Conhecidas como Dollies de Nottingham, as quatro descendentes do clone de 1996 são as únicas sobreviventes de uma linhagem de dez ovelhsa clonadas em 2007. Elas foram criadas ao lado de outros novos clones de origens diferentes e algumas ovelhas geradas por reprodução normal. Frequentemente, todo o grupo passava por exames de medição de atividades metabólicas, cardiovasculares e físicas, para análise da saúde das criaturas. Apenas uma das descendentes de Dolly, Debbie, apresentou sinais de artrite.

“Em questões metabólicas e cardiovasculares, nenhuma apresentou distinção em comparação com outras ovelhas da mesma idade”, explicou a veterinária e pesquisadora Sandra Corr. Ela faz parte do projeto que analisa a saúde dos clones e declarou que a maioria dos animais foi declarado saudável para a idade que apresentam.

Esse é o maior estudo no campo de saúde de clones ao longo de sua vida, de acordo com o líder da pesquisa, Kevin Sinclair. O cientista assumiu a liderança do projeto depois que Keith Campbell, responsável pela clonagem das ovelhas nove anos atrás, morreu em 2012. Até agora, a saúde das descendentes de Dolly ajudaram a indicar que animais clonados podem viver vidas normais e saudáveis, eliminando dúvidas que a saúde de Dolly inseriu no campo científico.

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