História

O que essa igreja do século 15 escondia em seus cômodos vai te deixar assustado

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Durante a Idade Média, grande parte dos territórios europeus eram liderados por governos extremamente religiosos. Por causa disso, não é raro encontrar igrejas e templos construídas nessa época por todos lados. Também por isso, várias autoridades católicas e protestantes do período se uniram contra crenças que classificavam como feitiçaria. As bruxas condenadas eram acusadas de pacto com o demônio e executadas com base em escrituras bíblicas.

Em uma capela localizada na cidade de Aberdeen, a terceira mais populosa da Escócia, no Reino Unido, historiadores encontram indícios de que o local nem sempre foi utilizado somente para orações. Um anel de ferro encontrado numa coluna de pedra pode ter revelado que o local funcionava como uma prisão para pessoas acusadas de bruxaria e feitiçaria na cidade.

Por si só, o anel não é tão espetacular, mas ele permite que os historiadores tracem com melhor precisão o passado da igreja e da região. A descoberta foi realizada durante o projeto OpenSpace, que trabalha na restauração da capela, parte da Igreja de São Nicolau.

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O anel de ferro pode parecer simples, mas os pesquisadores acreditam que ele é a ligação direta com o passado negro da cidade. Aberdeen é famosa por ter um organizado sistema de julgamento de bruxas e, em 1597, julgou e executou 23 mulheres e um homem por crimes e crenças em estudos de feitiçaria.

Caça às bruxas

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De acordo com o historiador Chris Croly, da Universidade de Aberdeen, a onda de perseguição às bruxas começou no século 15, na Europa, e chegou na Escócia por volta da década de 1590. Anos mais tarde, a tendência chegou até mesmo nos Estados Unidos, onde aconteceu o famoso julgamento das bruxas de Salem.

Na Escócia, o hábito de caça às bruxas não era normalmente feito por populares exaltados e revoltados com as atitudes das supostas feiticeiras. Por ali, existiam comissões reais, que agiam sob o comando do rei. Por conta disso, os arquivos da cidade de Aberdeen, ainda hoje, mantém uma organizada e detalhada documentação dos julgamentos e execuções realizados. Dentre os documentos, é possível encontrar até mesmo comprovantes de pagamento a um ferreiro local, responsável pela forja de anéis e algemas utilizados na prisão das bruxas.

Escavações

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Além da prisão para bruxas, um outro projeto, realizado de 2006 a 2007 no mesmo local, revelou corpos de mais de 2 mil pessoas enterradas ao lado da igreja. Os historiadores conseguiram muitas informações sobre a vida da população da região dos séculos 11 ao 18, mas não conseguiram confirmar restos mortais de nenhumas das bruxas ou feiticeiras acordadas. Acredita-se que os corpos das bruxas condenadas tenham sido levados para terrenos mais distantes, não considerados sagrados, ou acabaram desaparecendo após serem queimadas em fogueiras.

Segundo o líder do projeto OpenSpace Trust, mesmo que o lugar tenha sido utilizado como uma prisão no passado, será mantido como uma área aberta ao público. “O espaço vai continuar sendo uma área de paz e tranquilidade, sendo respeitado pela capela que já foi e continuará sendo”, explicou.

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