História

A origem intrigante de símbolos que usamos diariamente no cotidiano

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Charles Sanders Pierce desenvolveu uma classificação geral dos signos. Sendo um signo, “símbolo” é sempre algo que representa outra coisa (para alguém). O símbolo é um elemento essencial no processo de comunicação, encontrado-se difundido pelo nosso cotidiano e pelas mais variadas vertentes do saber humano. Embora existam símbolos que sejam reconhecidos internacionalmente, outros só são compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto.

A representação específica para cada símbolo pode surgir como resultado de um processo natural ou pode ser convencionada de modo que o receptor consiga fazer a interpretação do seu significado implícito e atribuir-lhe determinada conotação. Pode, também, estar mais ou menos relacionada fisicamente com o objeto ou ideia que representa, podendo não só ter uma representação gráfica ou tridimensional como também sonora ou mesmo gestual.

Agora que entendemos o que é símbolo, vocês já se perguntaram alguma vez na vida qual a origem dos símbolos mais comuns? Como, por exemplo, a seta ou o coração? Nós da Fatos Desconhecidos vamos dizer para vocês hoje qual a origem dos símbolos mais usados, e temos a certeza que vocês vão se surpreender, confiram:

A direção da seta

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A utilização do símbolo da seta para indicar direção foi precedida pelo símbolo grego de “pegada” e o “dedo apontando” medieval. A primeira pode ser vista na antiga cidade grega de Éfeso, onde uma pegada esculpida na calçada indicava a direção para um bordel local. O dedo estendido foi utilizado na sinalização medieval e nos primeiros textos impressos, onde eram por vezes referidos como “punhos de impressor”. Este remonta provavelmente ao século 12, tornando-se popular na Itália nos séculos 14 e 15.

A seta não foi adotada como uma forma de instrução pictórica até o século 18 e, mesmo assim, as primeiras mantiveram pontas e corpos de flechas visíveis. Elas aparecerem pela primeira vez em tratados de engenharia e mapas cartográficas que mostravam o fluxo dos rios.

O coração

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Alguns estudos indicam que o coração surgiu na Idade Média, mas o uso do coração não era associado necessariamente ao amor ou romantismo, e é claro que a figura está longe de ser semelhante ao coração real. Essa forma já foi encontrada em pictogramas da última idade do gelo, mas provavelmente não ganhou seu significado moderno até a Idade Média. Alguns afirmam que o símbolo foi baseado em uma planta norte-africana do gênero Silphium, que era popularmente usada para controle de natalidade até ser extinta. A cidade-estado do Cirene até mesmo cunhou moedas com a imagem da planta, que se assemelhava muito a forma do coração, o que pode ter ajudado a associar o formato com sexo e amor.

Outros reivindicam uma inspiração mais divina, dizendo que o símbolo do coração moderno é descendente do símbolo medieval do Sagrado Coração, que representava o sacrifício de Jesus Cristo. A Igreja Católica ensina que o símbolo foi revelado em uma visão a Santa Margarida Maria Alocoque o século 17, onde apareceu cercado de espinhos. Historiadores apontam que o símbolo era conhecido e usado muito mais cedo do que nos anos 1600.

Símbolo da radiação

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Conhecido também como “trevo radioativo”, este símbolo foi criado em agosto de 1946 por Cyrill Orly, um engenheiro mecânico que trabalhou no Drpartamento de Radiação UC Berkeley. Originalmente, o símbolo era impresos em magenta com um fundo azul, porém eles achavam que magenta era uma cor apropriada porque “era distintiva e não entrava em conflito com qualquer código de cor com o qual já estávamos familiarizados”.

A cor azul foi escolhida pelo fato da cor ser raramente usada. Em 1948, experimentos com combinações de cores no Laboratório Nacional de Oak Ridge levou à padronização de magenta em amarelo. No entanto, variações de preto em amarelo são permitidas, e aliás são mais comuns fora dos Estados Unidos.

Ponto de interrogação

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Existe uma série de explicações para o ponto de interrogação. Uma delas é que o símbolo deriva da palavra latina “quaestio”, ou “inquérito”, que era escrita como “qo” e, eventualmente, tornou-se sinal que usamos hoje. Outros acreditam que o ponto de interrogação poderia ter derivado de um neuma musical usado na época medieval chamado “interruptus punctus”, que indicava a entonação no final de uma pergunta.

Outra teoria para a origem do símbolo é que ele foi inventado pelo estudioso inglês Alcuíno de York, enquanto trabalhava na corte de Carlos Magno desenvolvendo um novo sistema de pontuação. Seu ponto de interrogação se assemelhava a um ponto final com um til sobre ele e se tornou amplamente aceito no século 9.

Asterisco e punhal (cruz)

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O asterisco antes era raramente visto e associado com um símbolo subordinado conhecido como punhal. ambos eram tradicionalmente utilizados em notas de rodapé, que indicavam datas de nascimento e morte na tipografia europeia, e também indicavam pausas longas e curtas em canto gregoriano.

Alguns afirmam que as origens do asterisco podem ser traçadas 5.000 anos atrás até a antiga Sumérica, representando “céu” e “divindade”. Porém, essa ligação é dúbia na melhor das hipóteses.

A história mais confiável liga o asterisco e o punhal à Biblioteca de Alexandria e a um centro de aprendizagem chamado de Mauseion. Na época, um funcionário ateniense chamado Pisístrato decidiu pagar pela compilação de versos escritos por Homero, sendo que muitos haviam sido perdidos. Só que isso estimulou a fraude. Logo, um gramático chamado Zenódoto de Éfeso foi encarregado de revisar o corpo e remover versos falsos. Zenódoto usava marcador que mais tarde evoluir para símbolo do punhal.

E aí caros leitores, já sabiam de todas as origens desses símbolos? Comentem!

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