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Os 9 navios fantasma mais famosos da história

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Navios fantasmas foram repopularizados pela franquia “Piratas do Caribe”, também responsável por dar uma atualizada no folclore dos piratas para a nova geração, mas a verdade é que histórias sobre embarcações à deriva, piratas espectrais e tesouros amaldiçoados é bastante comum, ainda mais quando falamos desses cães do mar e diabos da tempestade.

Seja congelados, naufragados, assassinados ou até queimados, os mortos dessa lista provavelmente passarão a eternidade viajando sem destino, atrás de vingança ou amaldiçoados, como o holandês voador, que inspirou o personagem Davy Jones no filme da Disney, mas é muito mais ameaçador no conto real, logo abaixo.

O Holandês Voador

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Esse é tão clássico que aparece até em filmes como “Piratas do Caribe” e desenhos como “Bob Esponja”, provavelmente sendo um dos mais famosos navios pirata lendários. Sua história roda em torno do tal holandês, Hendrick Van Der Decken, que era seu capitão e fazia uma viagem no Cabo da Boa Esperança, com destino a Amsterdã. Durante uma tempestade severa, o holandês se recusou a desviar o curso do navio, não importando quanto a tripulação lhe pedisse. Rindo do perigo, o holandês bebia cerveja, fumava seu cachimbo e cantava músicas de piratas com letras obscenas, o que fez com que seu marujos começassem um motim. Pirata experiente, o holandês matou o líder do motim e jogou seu corpo no mar. A partir daí, a lenda se torna…lenda.

Com o corpo afundando no mar, as nuvens se abriram e uma voz disse ao holandês: “você é um homem muito teimoso!”. O capitão, sem se abalar, respondeu: “eu nunca pedi uma viagem tranquila, eu nunca pedi nada, então caia fora antes que eu atire em você também”, ameaçou. Mas, ao tentar disparar, a pistola explodiu em suas mãos. “Você está condenado a navegar pelos oceanos pela eternidade, com uma tripulação fantasma de cadáveres, trazendo a morte a todos que avistarem seu navio espectral, jamais tendo um momento de paz. Bílis será sua bebida, e ferro quente sua carne”, amaldiçoou a voz divina.

Depois disso, múltiplos relatos de avistamentos do Holandês Voador, algumas delas feitas por navegadores experientes e figuras influentes, como o Príncipe George, de Gales, e seu irmão. Um dos relatos, de 1941, conta sobre um dia em que uma multidão na praia de Glencairn viu um navio preste a se estraçalhar contra rochedos, que magicamente desapareceu logo antes do impacto.

Octavius

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Descoberto a oeste da Groelândia, em 1775, a história do Octavius já começa digna de um filme de terror. Quando um grupo de pessoas entrou na embarcação, descobriram toda a tripulação morta e preservada no gelo. O capitão, em sua cabine, escrevia algo em seu diário, ainda com uma caneta na mão. Ao seu lado, uma mulher morta, uma criança coberta com uma manta e um homem segurando um barril de pólvora.

O grupo pegou o diário e deu o fora de lá bem rápido, mas, como estava congelado, só foi possível ler a primeira e a última páginas. A última anotação, que o capitão fazia, era de 1762 – 13 anos antes da data em que havia sido descoberto – revelava que a rota do navio, britânico, era o Oriente. Entretanto, tentando pegar a Passagem do Noroeste, que era um atalho, o capitão acabou ficando preso no gelo do Alasca. Entretanto, depois de algum se libertou e ficou à deriva, até ser encontrado, 13 anos depois. Provavelmente tendo sido o primeiro barco a utilizar o caminho, hoje bastante popular, depois desse dia, nunca mais foi visto.

Baychimo

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Esse navio sueco é de 1911 e tinha como finalidade servir rotas de comércio passando pelo noroeste canadense. Foi um presente da Alemanha para a Inglaterra após a 2ª Guerra, e sua viagem fatídica teve início em outubro de 1931, quando carregava uma carga de peles, que facilmente se congelaram ao passar pelas regiões geladas de Barrow, ao ponto da tripulação decidir abandonar o navio para se manter viva.

Depois de um mês tentando tirar o navio da situação, os marinheiros restantes acabaram construindo um acampamento improvisado perto do local onde o Baychimo havia ficado preso, mas, para sua surpresa, ele havia desaparecido do local onde o deixaram. Pra melhorar as coisas, uma tempestade de neve atingiu suas cabanas. Mas também uma notícia boa: um caçador hava avistado o Baychimo, e, seguindo suas coordenadas, a antiga tripulação conseguiu encontrá-lo.

Já desistentes de recuperar a embarcação, apenas retiraram as peles de lá e voltaram para seu acampamento. Já o Baychimo continuou à deriva por mais de 40 anos, sendo visto repetidamente nas costas do Canadá, a última vez em 1969, preso em um gigantesco iceberg. Não se sabe seu paradeiro atual, nem se ainda há algo nele ou se é apenas uma grande carcaça abandonada flutuando pelo Ártico.

Carrol A. Deering

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Essa escuna construída em 1911 fez sua última viagem partindo do Rio de Janeiro, em dezembro de 1920. Com 5 mastros e uma tripulação de 10 escandinavos, esse pequeno barco era comandado pelo capitão William Merrit e seu filho Sewall, que adoeceram, sendo substituídos por WB Dormell e McLennan.

Assim que pararam para abastecer, em Barbados, McLennan (então primeiro-marinheiro e logo abaixo do capitão, Dormell) ficou bêbado e começou a falar mal do capitão para um outro marinheiro (por acaso, amigo do capitão). Com ofensas como “incompetente” e “incapaz”, McLennan achava que sem ele o navio não funcionaria, e acabou sendo preso após cantar uma música que dizia “Eu vou pegar o capitão antes de se chegar a Norfolk, eu vou”. Apesar disso, o capitão não só o perdoou, como pagou sua fiança e o colocou de volta no navio.

Depois disso, o navio só voltou a ser visto em janeiro de 1921, 10 anos depois de sua partida do Rio, quando um oficial de um farol viu um ruivo, que o cumprimentou e comunicou que o Derring havia perdido sua âncora, mas não havia sido capaz de dizer isso antes por problemas no rádio. Três dias depois, o Deering foi encontrado em Diamond Shoals, no Cabo Hatteras.

Abandonado, sem os equipamentos para navegação e com dois botes salva-vidas perdidos, o navio tinha a comida do dia seguinte preparada na cozinha. Ah, o desaparecimento da tripulação se deu num lugar chamado “Triângulo das Bermudas”, que teve vários outros casos semelhantes relatados no período, a maioria deles com o mesmo final que esse – inexplicáveis.

MV Joyita

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De 1931, esse iate de luxo foi construído para Roland West, diretor de filmes de Los Angeles. Entretanto, com a explosão da 2ª Guerra Mundial, foi emprestado como barco de patrulha para a costa do Havaí. Em uma de suas missões, saiu com apenas um motor funcionando e um problema na embreagem. 25 pessoas estavam a bordo, incluindo um funcionário do governo, duas crianças e um cirurgião, que iria realizar uma amputação.

Apesar disso, essa amputação nunca aconteceu, já que o Joyita só foi encontrado mais de um mês depois, à deriva a mil km de seu destino. Parcialmente submerso, com 4 toneladas de carga faltando e nenhum dos tripulantes, os rádios estavam na frequência internacional de socorro enquanto a embarcação rodava em um motor só. Os relógios, parados às 10:25, as luzes acesas, um kit médico com bandagens manchadas de sangue no chão. O diário de bordo, o cronômetro e três balsas salva-vidas desaparecidas.

Eliza Battle

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Esse navio foi lançado em 1852, e era parte da realeza da época, sendo frequentado por presidentes e personalidade de igual calão social. Entretanto, como o Titanic nos ensinou, não é só porque algo é caro que é bom.

No caso do Battle, foi com 6 anos de vida, quando um incêndio começou em fardos de algodão e logo se alastrou para toda a estrutura do navio, matando muitas pessoas queimadas e afogadas. Com 100 passageiros, “apenas” 26 morreram, e foram levados para o fundo junto com o Battle, que teve o mesmo fim calcinado de seus tripulantes.

Hoje em dia, essa grande tumba pode ser vista durante as enchentes, que acontecem na Primavera, quando a Lua cheia deixa a maré alta e se diz que o Battle volta a navegar, com fogos de artifício sendo lançados da proa e música tocando. Pescadores da área dizem que vê-lo é um mau presságio. Faz sentido.

Lady Lovibond

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Quando Simon Reed e sua esposa Annette comemoravam seu casamento, em 13 de fevereiro de 1748, a bordo do Lady Lovibond. Entretanto, seja pela data escolhida ou por se dizer que dá azar levar uma mulher recém-casada a bordo, o fato é que a noite acabou de maneira trágica: o primeiro marinheiro, John Rivers, amava Annette, e matou Reed. Em seguida, levou o Lovibond para a direção do Goodwin Sands, um canal inglês célebre por naufragar embarcações, que não falhou com o Lovibond como alvo.

Entretanto, o inquérito apontou o naufrágio como acidental, e o Lovibond continuou a ser avistado navegando nas águas de Goodwin Sands, na verdade em 2 ocasiões bem específicas: 13 de fevereiro de 1848, quando pescadores viram um barco naufragando, mas, indo ao local, descobriram não haver nada, e 13 de fevereiro de 1948, quando o capitão Bull Prestwick viu o Lovibond, coberto por um estranho brilho verde. Se você já fez as contas, a próxima aparição deverá ser em 13 de fevereiro de 2048, já que ele aparece a cada cem anos.

Ourang Medan

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Junho de 1947. Mensagens frenéticas eram transmitidas em código morse, vindas do cargueiro holandês Ourang Medan, dizendo “todos os agentes, incluindo o capitão, estão mortos e deitados na casa de navegação e na ponte. Possivelmente tripulação toda morta”. Várias pessoas tentaram responder, mas não receberam uma tréplica. Momentos depois, uma voz no rádio: “eu morro!”.

Através das ondas de rádio, o navio foi localizado, depois de várias horas, e realmente tinha todos seus tripulantes mortes, além de um cachorro congelado. Entretanto, todos os corpos estavam congelados olhando para cima, para o Sol provavelmente, com os braços estendidos e as bocas abertas numa expressão de terror.

Na máquina de mensagens, o cadáver de um homem com olhos escancarados e dentes arreganhados. Todos os corpos em perfeito estado, mas não por muito tempo, já que em pouco tempo uma explosão de origem desconhecida abalou o navio, que logo começou a afundar e precisou ser abandonado, em poucos minutos sendo arrastado para o solo marítimo.

Pra ajudar, não existem registros marítimos oficiais com o nome da embarcação, nem qual era a carga que transportava. Cientificamente, a explicação é atribuída à bolhas de metano e gases venenosos que podem ter subido do mar, mas por que os cadáveres olhavam para cima? E o que o transmissor da mensagem queria fazendo o contato?

Mary Celeste

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Era 13 (de novo) de dezembro de 1872, quando essa pequena embarcação de dois mastros entrou na Baía de Gibraltar, depois de sair de Nova York em novembro do mesmo ano. O destino era entregar 1.701 barris de álcool em Genoa, tarefa executada pelo capitão Briggs, uma tripulação de 8 pessoas e 2 passageiros. Quando avistado em alto mar, o capitão Morehouse tentou contato com a embarcação, que além de não responder, dava guinadas bastante estranhas e aparentemente sem direção. Tentou se comunicar com ele por duas horas, sem sucesso.

Como Morehouse sabia que Briggs era um bom marinheiro e não podia estar fazendo aquilo, decidiu abordar o navio, que estava sem nenhum documento presente, a não ser o diário do capitão. Lendo-o, Morehouse descobriu que o navios havia passado dos Açores em 25 de novembro, último registro de navegação.

Apesar disso, os estoques de comida e água fresca para seis meses ainda estavam lá. Sem entender, Morehouse navegou o Celeste até Gibraltar, quando um inspetor marinho descobriu manchas de sangue na cabine do capitão e um facão ornamental, uma faca e um corte profundo numa grade, que parecia ter sido feito com um machado.

Durante 13 anos, navegável e sem explicações, o Celeste passou pela mão de 17 proprietários, vários deles morrendo de forma trágica, e hoje há quem diga que está encalhado, que foi destruído para um golpe de seguro por seu último proprietário ou que ainda esteja navegando por aí.

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