Natureza

Palmeira de 40 anos floresce pela primeira e última vez, no Ceará

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Uma árvore plantada em meados de 1980 em Fortaleza, no Ceará, começou a florescer pela primeira vez. A palmeira foi plantada junto com outras duas da mesma espécie, cujo nome científico é Corypha umbraculifera, no jardim da sede do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O plantio foi realizado como parte do projeto do paisagista Burle Marx.

Chamada popularmente de talipot, a palmeira floresce apenas uma vez na vida e, depois disso, morre. É comum que esse processo ocorra, geralmente, quando a palmeira atinge entre 40 e 70 anos de idade. O tempo de vida depende muito da região onde ela é cultivada. No Brasil, local em que o clima tropical é predominante, o processo de amadurecimento ocorre mais rápido, segundo Mário.

Nativa do Sul da Índia e do Sri Lanka, a palmeira pode chegar a 30 metros de altura e tem folhas de cinco metros de diâmetro. A florada consiste em flores minúsculas, que nascem no topo da árvore. O processo de floração dura cerca de seis meses.

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Fernando Cavalcante/BNB

De acordo com Mario Fraga, da célula de gestão ambiental do BNB, esta é a segunda árvore do tipo a florescer desde a chegada delas, há cerca de 40 anos. “A primeira floresceu em 2014. Como esse processo é o que antecede a morte da árvore, nós plantamos algumas mudas pelo jardim para garantir as próximas gerações”, afirmou Mario Fraga.

Ele também explicou sobre o processo de florescimento dessas palmeiras, que dura seis meses. “Em um primeiro momento nascem as flores e depois ela começa a frutificar, momento em que nascem os coquinhos. Depois disso ela começa a morrer”, explicou.

Mario Fraga também ressaltou que é importante arrancar a árvore após todo o florescimento e frutificação. “Durante o processo de morte ela vai perdendo as flores, os frutos e começa a murchar. Por isso cortamos e removemos o tronco, para não cair em cima de alguém”, destaca. A terceira árvore da leva de 1980 ainda não floresceu, mas a expectativa é que isso aconteça nos próximos cinco ou dez anos.

TV Globo

A palmeira talipot

A talipot é uma das maiores espécies de palmeiras do mundo, podendo chegar a 30 metros. Ela é caracterizada como uma palmeira-leque, com folhas grandes e palmadas de até 5 metros de diâmetro. Suas hastes chegam a 1,3 metros de diâmetro. Por florescer uma única vez ao longo da vida, a talipot é chamada de monocárpica.

Os frutos produzidos por ela são redondos e possuem de 3 a 4 centímetros, além de uma cor amarelo-esverdeada. Cada um contém apenas uma semente. Além da Índia e do Sri Lanka, a palmeira é cultivada em países como o Camboja, Mianmar, Tailândia e Ilhas Andaman. Em menor incidência, também é cultivada na China. 

No Brasil, a espécie ganhou destaque com os projetos do paisagista Roberto Burle Marx. Além do Ceará, a planta foi introduzida no Rio de Janeiro e, em 2019, se tornou atração ao florescer no Aterro do Flamengo. 

Agência O Globo

Nas Filipinas, a seiva das folhas da talipot é aproveitada para fazer vinho de palma. Já no sul da Índia, as folhas da palmeira são usadas para fazer guarda-chuvas para trabalhadores agrícolas. Na atualidade, as folhas maduras também são utilizadas na fabricação de esteiras e chapéus.

No passado, as folhas também foram utilizadas para manuscritos religiosos, principalmente no Camboja. O fruto, por sua vez, ainda é usado pelos pescadores de algumas regiões para entorpecer os peixes e, assim, tornar mais fácil capturá-los.

Fonte: G1

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