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Pell: o morador mais antigo do Zoológico de São Paulo

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O pelicano rosa, Pell, é o morador mais antigo do Zoo de São Paulo. O animal possui um bico cor-de-rosa claro de 35 centímetros desbotado pelo tempo, uma bolsa amarela no pescoço que pode armazenar até 12 litros de água e 63 anos de idade. Vale dizer que a expectativa de vida da espécie é de 25 anos no ambiente selvagem.

O pelicano sexagenário foi transferido de um instituto da Alemanha para o Brasil em 1963, cinco anos depois da abertura do Zoo, em 1958. Por causa disso, muitas informações sobre o seu passado acabaram se perdendo. Na sua ficha contém somente seu nome, espécie e data de entrada.

A longevidade de Pell é tão impressionante quando consideramos que a ave silvestre mais velha conhecida da história, no mundo, completou 70 anos em 2021. Wisdom, uma anilha vermelha, é quem carrega o título.

Vale dizer que ao longo das décadas de 1960 e 1970, os pelicanos quase foram extintos por causa dos pesticidas lançados por humanos na água. Eles contaminavam os peixes, que passavam para as aves, o que comprometeu toda uma cadeia alimentar. Hoje em dia, os pesticidas são proibidos.

Além disso, considerando que os pelicanos são grandes pescados, eles já foram perseguidos por humanos por causa da concorrência com a pesca comercial e recreativa.

Conheça Pell

Reinaldo Canato/UOL

Pell é uma ave aquática de plumagem branca com algumas penas pretas que pesam 10 kg. Ele possui um longo pescoço e uma cabeça com um pequeno topete de penas. Devido a idade, ele já não voa, mas flutua no ar batendo as grandes asas, e limpa suas penas com o bico.

Ele mora em um lago do tamanho de um estádio de futebol. Pell é solteiro e sem filhos, por isso vive acompanhado de outras aves. Entre elas estão dois cisnes negros, urubus e garças, que não estão sob os cuidados do zoo, mas que chegam naturalmente ao local.

Vale dizer que alguns animais que vivem no zoo foram comercializados ilegalmente e recuperados pela polícia. Entre eles estão os répteis e a arara-azul-de-lear.

Pell possui um companheiro pelicano, outro macho, que não tem nome e é nove anos mais novo. Ele chegou ao Zoo em 1972 através de uma permuta. Devido ao tempo, as informações sobre ele também são desconhecidas.

A ave ainda carrega cicatrizes resultantes de disputas por comida. Uma vez, sozinho, tentou caçar a comida de um grupo de quatis. Ele apanhou tanto que foi parar no veterinário, que afirmou que Pell só recuou após apanhar pela segunda vez. No entanto, o veterinário responsável afirmou que os dois pelicanos não brigam entre si.

Uma curiosidade sobre Pell é que ele é mais velho que a estátua de São Francisco de Assis, conhecido como o santo protetor dos animais, que foi colocada no zoológico em dezembro de 1975.

A alimentação da ave

Reinaldo Canato/UOL

Os pelicanos costumam almoçar às 11 horas. Adriana Reis, a responsável pela alimentação das aves, contou que Pell chega a comer 1 kg de peixe por dia e brincou que os idosos gostam de almoçar cedo.

Enquanto o colega de Pell come bastante sardinha, o pelicano prefere os dias de manjubinhas. Além disso, ele gosta de pescar bem cedo o seu alimento nas nascentes do histórico riacho do Ipiranga.

A saúde do pelicano está em dia, mesmo com alguns momentos de falta de apetite. Vale ressaltar que nenhum outro animal do zoológico viveu mais de seis décadas igual a Pell.

Fonte: UOL

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