Algumas coisas são tão comuns na vida atual que as pessoas nem têm ideia de como elas surgiram, como por exemplo, os semáforos. Por conta da Revolução Industrial, em 1868, as carruagens invadiram as ruas e avenidas da Europa. Então, os congestionamentos se tornaram um problema, e para solucionar isso, os britânicos tiveram a ideia de criar o semáforo.
Eles funcionaram por um tempo, mas pararam por conta de uma falha na emissão do gás que acendia as luzes. E somente nos anos 1920 que eles reapareceram nos Estados Unidos. Desde então, ele não mudou, ou seja, é colorido e mostra para o motorista se ele deve parar (vermelho), ficar atento (amarelo) ou acelerar (verde).
Agora, depois de 100 anos, os cientistas sugerem a criação de uma quarta luz nos semáforos, a luz branca. Essa ideia vem por conta dos carros autônomos, sem motoristas, que irão conseguir se comunicar entre si e com o sistema de gerenciamento de transporte. Com isso, eles poderão tomar decisões em tempo real e proporcionar um fluxo mais eficaz.
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Por isso que quando os carros inteligentes estiverem nas ruas, essa quarta luz dos semáforos irá se acender para mostrar para o motorista do veículo tradicional que somente siga o carro da sua frente, que é totalmente computadorizado.
De acordo com os pesquisadores, com esses veículos que são capazes de autorregular o vaivém, os atrasos causados pelos congestionamentos podem ser diminuídos em até 99%.
Claro que essa promessa é bastante interessante, mas ela foi testada somente em cenários virtuais. Por isso que a implementação da quarta luz nos semáforos é um motivo de preocupações.
Matematicamente, o modelo funciona, mas não dá para deixar de lado o fator humano.
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A mudança veio por conta do aumento dos carros autônomos, que são os veículos com uma tecnologia avançada e não precisam de uma pessoa dirigindo. Esse tipo de carro é equipado para conseguir perceber o ambiente à sua volta e andar por ele tomando decisões certas. O carro autônomo dirige, faz manobras, acelera e freia sem precisar de uma pessoa.
A implementação da quarta cor se deu através de um estudo feito pelos pesquisadores da North Carolina State University, nos EUA. Em seu estudo, eles queriam que as três cores se mantivessem como são e desempenhando as mesmas funções no trânsito. Ou seja, verde dizendo “siga”; amarelo, “atenção”; e vermelho, “pare”. E no caso do branco, ele iria servir para alertar os motoristas a “seguir o carro à sua frente”.
Na visão dos pesquisadores, essa mudança tem o potencial de diminuir de forma significativa os atrasos no trânsito. Isso porque essa luz branca iria indicar aos motoristas que os AVs estão coordenando seu movimento e também o trânsito. Isso tornaria o tráfego mais eficiente nos momentos de congestionamento.
Essa melhora viria porque a ideia é que os veículos autônomos se comunicassem uns com os outros e também com os semáforos nos cruzamentos que estivessem em seu alcance. Dessa forma, o motorista humano será informado pela luz branca. No caso, se ela apagar, quer dizer “pare”, mas se ela estiver acessa significa “continue”.