Os trovões além de assustar, são objetos de muita especulação e investigação ao longo dos séculos. Muitas explicações de cunho religioso, mitológico e científico já foram dadas para esse fenômeno da natureza. A primeira explicação de caráter científico que se conhece foi escrita pelo filósofo grego Aristóteles, no século III a.C. Ele atribuía o ruído à colisão entre nuvens. Após essa hipótese, foram sendo produzidas diversas teorias com base na explicação aristotélica. Essas teorias tinham muita força até o século XIX.
As nuvens ao atritar com a atmosfera se carregam de eletricidade. Durante a chuva estas cargas elétricas sofrem o que se chama de descarga elétrica, formando um arco voltaico, que é visível. Isto se chama de raio. O raio propriamente dito é a passagem da corrente elétrica, que ao passar aquece a atmosfera produz um aquecimento quase instantâneo.
As moléculas do ar se afastam com o calor produzido e rapidamente esfriam. Estas moléculas aquecidas e resfriadas bruscamente, afastam as camadas de ar e depois se contraem devido a pressão atmosférica. Esta pressão ao retornar à condição normal produz um choque de camadas de ar, este choque mecânico é o trovão.
O poder do trovão
Apesar de apenas cerca de 1% da energia dissipada no raio que se transforma em som (90% é dissipada como calor e o restante como radiação electromagnética), nas proximidades do ponto de contato do raio com o solo já foi registado um nível sonoro superior a 120 decibéis. Nessas condições, o trovão pode produzir surdez temporária e até mesmo romper a membrana do tímpano e causar consequentemente, surdez permanente. A onda de choque é suficientemente poderosa para causar ferimentos em pessoas de má sorte que estejam próximas a queda de um raio.
O processo de geração do trovão pode durar de 0,2 a 2 segundos. O atraso entre a visão do relâmpago e a audição do trovão se por as ondas de som viajarem através do ar a uma velocidade muito inferior à velocidade da luz. A diferença entre os tempos de chegada do relâmpago e do trovão possibilita fazer um cálculo estimado da distância entre o observador e o ponto mais próximo do raio.
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