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Porque nem todo mundo é tão inteligente quanto Einstein?

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Perguntinha complicada. Só de você não sabe responder, talvez não seja tão inteligente quanto Einstein também. Mas, afinal, por que isso? Sabemos que o alemão, morto em 1955, era assustadoramente inteligente. Ainda que ele nunca tenha, aparentemente, feito um teste de QI, muitos cientistas acreditam que sua pontuação teria sido superior a 160 – maior que 99% da população. Seu cérebro não era maior que o dos outros humanos; ele apenas funcionava melhor, de alguma maneira.

De acordo com o neurocientista da Universidade de Cambridge, Edward Bullmore, “Nós temos duas linhas de pesquisa que se convergeram pela primeira vez para propor uma resposta para isto”. E esta resposta pode ser mais simples do que você imaginava (e também bastante desanimadora).

Seus estudos afirmam que, ao longo de todo o desenvolvimento, o cérebro humano não evoluiu apenas para minimizar o custo de energia ou se tornar o mais inteligente possível; ele evolui de forma a se chegar a um equilíbrio entre ambas as coisas. Isto porque, apesar do cérebro ocupar só 2% da massa corporal, ele, sozinho, queima 20% de nossa energia. Ao longo da evolução humana, o cérebro não aumentou por esta razão. Quanto menor ele é, menos energia ele gasta.

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Uma outra linha de pesquisa, realizada de forma independente pelo neurobiólogo Simon Laughlin, também de Cambridge, tem utilizado diversos exemplos na biologia para mostrar que o cérebro humano, no decorrer de sua evolução, tem ajustado seu design para tornar-se mais barato para ser executado.

Bom, mas isto tudo ainda não explica porque algumas (poucas) pessoas são capazes de desenvolver ideias a um nível inconcebível para os reles mortais, e com o cérebro de um tamanho parecido. E isso se deve, simplesmente, à eficiência neural de cada um. “Dados de neuroimagem mostram que um indivíduo com alta eficiência neural têm um QI mais elevado“, disse Bullmore. Isso significa que são as conexões que o cérebro fazem que medem o nível de inteligência de cada um.

Então, assim como acontece com todo mundo que possuí um QI alto (e não é preciso que seja um cientista ou um pesquisador para isto), o cérebro de Einstein muito provavelmente fazia conexões de longo alcance entre regiões cerebrais diferentes em um tempo absurdamente curto. Estes saltos, no entanto, necessitam de uma grande quantidade de energia, e o cérebro de uma pessoa comum simplesmente não é capaz de fazer isto – pelo menos não na mesma intensidade e velocidade.

Portanto, definitivamente não é uma questão de estudar uma biblioteca inteira e passar horas a fio estudando. Infelizmente, nem todo mundo nasce com a aptidão biológica necessária para se tornar um novo Albert Einstein.

Fonte: LiveScience

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