Curiosidades

Próximo telescópico da NASA será nomeado em homenagem à ”mãe do Hubble”

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O universo sempre foi um tema de grande interesse para nós. Ele é muito maior do que podemos imaginar e tentar idealizar. Sua imensidão e todo o desconhecido que o circunda atiçam a curiosidade de todos os cientistas e até mesmo de pessoas, que são intrigadas para saber o que tem nesse universo.

O telescópio Hubble foi lançado no dia  24 de abril de 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery. Ele é um satélite astronômico artificial não tripulado que transporta um grande telescópio. Ele foi nomeado, na década de 1980, em homenagem a Edwin Hubble. Por conta de suas descobertas astronômicas revolucionárias, como a expansão do universo.

O Hubble fez e ainda faz muitas descobertas a respeito do espaço. E a NASA nomeou agora o seu novo telescópio espacial em homenagem à mulher que planejou a existência dos observatórios em primeiro lugar.

A doutora Nancy Grace Roman ficou 21 anos desenvolvendo e lançando observatórios espaciais que estudavam o sol, o espaço profundo e a atmosfera do nosso planeta, na NASA. O trabalho mais famoso feito por ela foi desenvolver os conceitos por trás do telescópio espacial Hubble, que está em órbita já por 30 anos.

Mãe do Hubble

O apelido de “mãe do Hubble” foi dado a Roman por causa do seu papel na busca por esse telescópio. Quando o Hubble foi lançado ele virou o primeiro dos “grande observatórios” da NASA projetado para avançar o conhecimento humano sobre o cosmos.

Além disso, Roman também foi a primeira chefe de astronomia da NASA. Isso fez com que ela fosse a primeira mulher a ocupar o cargo na agência. E em 2018 Roman faleceu.

De acordo com Thomas Zurbuchen, administrador associado de ciências da NASA, Roman teve uma  influência enorme em toda a astronomia e espaço. E ele disse que foi o trabalho feito pela mulher que levou a astronomia espacial para o lugar que ela está hoje.

“Por esse motivo: essa visão, essa previsão, essa liderança dentro da agência que realmente faz dela, eu acho, o único nome que é apropriado para esse grande telescópio espacial que estamos construindo agora”, disse.

Telescópio

O Telescópio Espacial Nancy Grace Roman era originalmente chamado de Wide Field InfraRed Survey Telescope (WFIRST). E a NASA pretende lançá-lo na órbita da Terra, em meados da década de 2020.

Em seus cinco anos de trabalho o telescópio medirá a luz de um bilhão de galáxias e também fará pesquisas na Via Láctea interna. Isso para que, pensando positivamente, 2.600 novos planetas sejam achados e fotografados.

Esse novo observatório terá um campo de visão 100 vezes maior que o Hubble. E cada foto que ele fizer, equivalerá a aproximadamente 100 imagens do Hubble em pixels. Com essa amplitude, os cientistas vão poder testar a teoria geral da relatividade de Albert Einstein. E também poderão procurar sinais de energia escura, que é uma força misteriosa que compõe 68%  do universo.

“Roman é alguém que eu realmente admiro. Me deixa empolgado e orgulhoso por estar associado a uma missão que leva o nome dela. Isso é algo que eu desfrutarei dia após dia enquanto a missão continua”, disse Julie McInery, o vice-cientista do projeto do telescópio.

Mulher

Roman nasceu no dia 16 de maio de 1925, em Nashiville, Tennessee. Quando ela era criança, gostava de desenhar a lua e sua mãe, professora de música, sempre a levava para passeios noturnos para apontar as constelações e ver a aurora boreal. E seu pai, que era geofísico, respondia as perguntas científicas que a menina fazia.

O amor pelo espaço foi crescendo. E na quinta e sexta série Roman fez um clube de astronomia com as amigas para estudar as constelações. E na sétima série ela já sabia que queria ser uma astrônoma.

“Eu sabia que me levaria mais 12 anos de escolaridade, mas achei que tentaria. E se não conseguisse, poderia ensinar física ou matemática no ensino médio”, disse ela à NASA.

Em 1949, ela se formou na Universidade de Chicago, com um doutorado em astronomia. Na época, ela era uma das poucas mulheres no mundo que tinham esse diploma.

“Eu certamente não recebi nenhum incentivo. Disseram-me, desde o início, que as mulheres não podiam ser cientistas. Meu professor de tese? Houve um período em que ele ficou seis meses sem falar comigo, mesmo quando eu lhe disse olá no corredor. Ele não queria ter nada a ver comigo”, lembrou Roman.

“É difícil decidir como a história decidirá ver minhas realizações. As pessoas geralmente não estão terrivelmente interessadas no que faz as coisas começarem. E por isso não tenho certeza de que elas terão uma ideia do meu papel”, disse ela à NASA.

Mas nomear o próximo telescópio da agência em homenagem à “mãe do Hubble” garante que as contribuições de Roman não desaparecerão.

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