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Quantos por cento do cérebro os humanos usam?

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O cérebro é, sem dúvidas, um dos órgãos mais importantes, complexos e incríveis do corpo humano. Além da sua importância, ele vai sofrendo mudanças conforme a idade das pessoas. E independentemente da idade em que se esteja é bem provável que as pessoas já escutaram que os humanos usam somente 10% da capacidade do seu cérebro. Mas será que isso realmente é verdade? E se não, quantos por cento do cérebro os humanos usam?

Por mais que a ideia de que os humanos usam somente 10 por cento do cérebro seja bastante difundida, ela não é verdadeira. Tanto que sites como Scientific AmericanBrainFacts.org, e Snopes sempre abordam o cérebro como tema e falam a respeito do equívoco dos 10 por cento do cérebro usado pelos humanos.

Quantos por cento do cérebro humanos usam

Folha de Londrina

Na verdade, os humanos usam praticamente todas as partes do órgão, mesmo nem todas as regiões estando ativas ao mesmo tempo. Durante o dia, partes diferentes do órgão são usadas para as mais variadas funções, como por exemplo, movimento, fala, processamento sensorial, pensamento e emoções.

Além disso, estudos de neuroimagem mostram que quase todas as áreas do cérebro tem algum tipo de atividade ao longo do tempo. Essas atividades são feitas até nos momentos em que a pessoa está descansando ou dormindo.

Por mais que o órgão tenha áreas diferentes e especializadas para determinadas funções, isso não quer dizer que outras áreas ficam “desligadas” ou não são usadas. Justamente por isso que é errado pensar que somente 10 por cento do cérebro é usado pelos humanos.

Origem do mito

Meteored

Sabendo quantos por cento do cérebro os humanos usam, que é praticamente 100%, é interessante saber de onde surgiu a origem de que somente 10% são usados. Entretanto, essa origem é controversa. Isso porque ele pode ter a origem em mal-entendidos sobre pesquisas neurológicas do início do século XX, que, na época, davam a entender que somente uma parte pequena do órgão parecia ter relação com as funções que eram conhecidas. Mas isso não queria dizer que o resto do cérebro não era usado ou era inútil.

Outro ponto que ajudou a espalhar mais essa ideia foi a cultura popular com livros, filmes e outros tipos de mídia. E ao contrário do que muitos pensam, essa ideia não teve sua origem no livro “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas” de Dale Carnegie. Essa obra de 1936 é um manual de habilidades interpessoais com foco nas técnicas de comunicação eficaz, empatia, e estratégias de persuasão. Ou seja, não faz nenhuma abordagem a respeito do uso do cérebro ou a porcentagem do uso do órgão.

De acordo com algumas pessoas, a origem vem do psicólogo William James, que no começo dos anos 1900 disse a respeito do potencial humano inexplorado. Contudo, ele nunca fez menção aos 10%. O sugerido pelo psicólogo foi que várias pessoas não usavam todo seu potencial mental, mas não era uma afirmação sobre quantos por cento do cérebro os humanos usavam.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Folha de Londrina, Meteored

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