Fatos Nerd

Quatro filmes da DC já ganharam o Oscar e o Coringa está em todos eles

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Depois de se esforçar para sair do papel, sofrer um boicote por parte do estúdio e do público, quebrar recordes de bilheteria e ser aclamado pela crítica, Coringa encerra essa temporada de premiações da melhor forma possível, com duas estatuetas da Academia. Embora sua indicação ao Oscar já tenha sido um grande marco para a cultura nerd, o filme de Todd Phillips olhou pro infinito e foi além. Como resultado de suas 11 nomeações, a produção alcançou a vitória nas categorias Melhor Ator e Melhor Trilha Sonora Original. Sendo assim, Joaquin Phoenix teve sua performance como Arthur Fleck aclamada. Porém, além dele, Hildur Guðnadóttir foi reconhecida mundialmente por compor as músicas responsáveis por proporcionar nossa imersão na sombria Gotham. Sendo assim, Coringa se torna agora, o quarto filme da DC a ganhar um Oscar.

Para aqueles que não se lembram, em 1990 o Batman de Tim Burton levou o prêmio de Melhor Direção de Arte. Em seguida, dezenove anos depois, Batman: O Cavaleiro das Trevas foi contemplado nas categorias Melhor Edição de Som e Melhor Ator Coadjuvante. Por fim, apesar de todas as avaliações negativas, Esquadrão Suicida saiu vencedor do Oscar de Melhor Maquiagem e Penteados em 2017. Pois bem, agora, integrando o Hall da Fama da Warner, Coringa chega com mais duas estatuetas para a galeria de troféus. No entanto, o que todos esses filmes tem em comum? Bom, se pararmos para observar, o Coringa está em todos eles. No Batman de 1989 temos Jack Nicholson como o vilão, em seguida temos Heath Ledger, Jared Leto e Phoenix, respectivamente, vivendo o Príncipe Palhaço do Crime. Coincidência ou potencial?

Ah, antes que você nos acuse de ignorar Superman (1978), nos adiantamos em dizer que, naquela época, Efeitos Visuais não era considerado uma categoria competitiva.

O “elemento X” de Coringa

Assim como dissemos acima, inicialmente, o filme boicotado pela própria Warner. Foi preciso mais de um ano de insistência de Phillips para que o filme recebesse o sinal verde. Contudo, apesar do mesmo ter sido concedido, a distribuidora forneceu um orçamento limitadíssimo. Vivemos em uma era onde produções de super-heróis, geralmente, contam com um mínimo de 200 milhões de dólares investidos. Só para ilustrar, podemos citar Vingadores: Ultimato usufruiu de um orçamento de 356 milhões. Em contrapartida, Coringa teve de ser realizado com vinte por cento desse valor. Ademais, a descrença da Warner no longa era tamanha que a empresa dividiu os custos da produção com outros dois estúdios.

Sendo assim, é mais que preciso reafirmar que Coringa superou todas as expectativas. Ademais, o mais engraçado é que todo esse receio por parte da Warner foi, na verdade, o maior propulsor do filme. Sim, estamos falando da polêmica. Afinal, em tempos onde as maiores referências de filmes de super-heróis pertencem à franquia VingadoresCoringa chegou como um soco no estômago. Apresentando um conteúdo maduro, repleto de críticas sociais e problematizações, a produção do palhaço provocou um súbito estranhamento no público.

Como resultado disso, no começo, o vimos ser sondado pelo risco de censura. Contudo, com o passar do tempo, o choque deu lugar a percepção de que aquilo era simplesmente cinema. Todo o debate em torno do filme é válido, afinal, esse é exatamente o intuito da sétima arte. Inclusive, foi assim que o descreditado filme da Warner alcançou um lucro estratosférico e aclamação crítica. Eis aqui a chave do sucesso da DC. Estamos falando de sair da bolha, não ter medo de ousar e investir o máximo possível em autenticidade. Se o estúdio busca sucesso, ele precisa aprender a se arriscar.

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