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Seu amigo psicopata: a ciência começa a desvendá-lo

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“De 1 a 3% da população são psicopatas”, é o que afirmam especialistas. Ou seja, isso significa que uma em cada 30 pessoas pode ser diagnosticada com psicopatia. Contudo, ao contrário da crença popular, nem todo psicopata é um assassino.

Como por exemplo, Guilherme. Desde quando ele tinha quatro anos de idade, sua mãe, Norma (nome fictício), achava que ele não era uma criança normal. O problema dele ficou claro aos nove anos. Guilherme, atualmente com 28 anos, roubava os colegas da escola, os vizinhos e dinheiro em casa, além de também ter uma enorme capacidade de fazer os outros acreditarem no que inventava.

Buscando uma solução para o filho, Norma passou 15 anos o levando em psicólogos, psiquiatras, pediatras e até benzedeiros. Mas quando ela leu uma entrevista sobre psicopatia, ela resolveu procurar psiquiatras especializados no assunto.

Psicopatas

Psicólogo online

Foi então que ela descobriu que seu filho sofre com a mesma doença de alguns assassinos em série e também de certos políticos, líderes religiosos e executivos. “Apenas confirmei o que já sabia sobre ele. Dói saber que meu filho é um psicopata, mas pelo menos agora eu entendo que problema ele tem”, disse ela.

Embora Guilherme não seja um assassino, como por exemplo o Maníaco do Parque, eles sofrem do mesmo problema. No caso, uma ausência total de compaixão, nenhuma culpa pelo que fazem ou medo de serem pegos, além de inteligência acima da média e habilidade para manipular as pessoas ao seu redor.

Quem exibe esses traços, para a Organização Mundial da Saúde (OMS), têm uma doença, ou melhor, uma deficiência. Se conhece mais como psicopatia, mas também usa-se os termos sociopatia e transtorno de personalidade anti-social.

Independente do nome dado, o fato é que essa condição não é uma raridade. “De 1% a 3% da população tem esse transtorno. Entre os presos, esse índice chega a 20%”, afirmou a psiquiatra forense Hilda Morana, do Instituto de Medicina Social e de Criminologia do Estado de São Paulo.

A porcentagem mostra que uma a cada 30 pessoas pode ser diagnosticada como psicopata. Por conta disso, existiram seis milhões de pessoas com o transtorno apenas no Brasil. De todos os psicopatas, somente poucos seriam violentos. A maior parte deles não comete crimes, mas desaponta as pessoas com quem convive.

“Eles andam pela sociedade como predadores sociais, rachando famílias, se aproveitando de pessoas vulneráveis e deixando carteiras vazias por onde passam”, disse o psicólogo canadense Robert Hare, professor da Universidade da Colúmbia Britânica e um dos maiores especialistas no assunto.

Convívio

Psicólogo Emilson Lúcio

Normalmente, um psicopata que não é assassino pode estar em escritórios, muitas vezes ganhando promoções enquanto puxa o tapete dos colegas. Também é possível encontrar pessoas assim entre os políticos que desviam dinheiro de merenda escolar, médicos que deixam seus pacientes morrerem por descaso e até mesmo amigos que pedem dinheiro emprestado e nunca devolvem.

A característica-chave da mente de um psicopata é a cabeça fresca. Ou seja, nada consegue deixar essas pessoas com um peso na consciência. Por mais que todas as pessoas façam coisas erradas, a diferença do psicopata é que o erro dele não o fará sofrer. Ele sempre terá uma desculpa. E justamente por achar que não fizeram nada de errado, eles repetem seus erros.

Mas por que o psicopata não consegue sentir emoções? “A crença de que tudo é causado por famílias instáveis ou condições sociais pobres nos faz fingir que o problema não existe”, disse o psiquiatra Robert Hare, que estudou por 30 anos características comuns de psicopatas até montar sua escala Hare.

Na visão da neurologia, o mais objetivo é que circuitos do cérebro de um psicopata são fisicamente diferentes dos de uma pessoa normal. Mesmo assim, os cientistas buscam uma causa genética. Até porque, a psicopatia pode surgir independentemente do contexto ou educação.

O que fazer?

Mundo deportivo

Os psicopatas, tecnicamente, são incapazes de frear os seus instintos sacanas. No entanto, na visão dos psiquiatras, a limitação não significa que eles não devem ser responsabilizados pelo que fazem.

“Psicopatas têm plena consciência de que seus atos não são corretos. Apenas não dão muita importância para isso”, concluiu Hare.

Fonte: Superinteressante

Imagens: Psicólogo online, Psicólogo Emilson Lúcio, Mundo deportivo

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