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Praticamente desde que o ser humano existe na Terra as doenças também estão presentes e fazem mal à saúde no geral. Uma bastante comum é a sinusite, uma inflamação dos seios paranasais que pode ser causada por uma infecção bacteriana. Mesmo sabendo o que ela é, existem várias dúvidas a respeito dela, ainda mais em épocas de clima instável como essa.
A doença volta a ser um foco de discussão porque casos de sinusite aumentam significativamente. Para se ter uma ideia, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), no estado de São Paulo foram registrados 51.154 atendimentos ambulatoriais para tratar a sinusite aguda e crônica entre janeiro e junho desse ano.
Em 2022, nesse mesmo período, foram feitos 26.124 atendimentos ambulatoriais. Isso mostra que houve um aumento de mais de 95% de um ano para outro. De acordo com Rita de Cássia Soler, otorrinolaringologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, esse aumento pode ser explicado pelas condições climáticas.
“Tivemos um outono atípico, sem chuva, e também estamos tendo o inverno bem diferente, seco, com bem menos umidade e chuvas. A secura altera muito a mucosa respiratória. Os indivíduos acabam apresentando muito mais gripes e alergias, o que favorece o desenvolvimento da sinusite”, disse ela.
Além disso, a covid-19 também seria um fator que influenciou o aumento de casos. Isso porque, depois da pandemia, os atendimentos depois de sintomas de gripe estão mais comuns.
“Os pacientes ficaram muito atentos a procurar os médicos com medo do coronavírus. Então, hoje, por uma gripe, resfriado, sinusite, tosse, dor de garganta, eles nos procuram muito mais”, contou Soler.
O que é sinusite?
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A sinusite é quando acontece a inflamação dos seios paranasais, que são as cavidades nos ossos da face, que são preenchidas com ar. Essa cavidades ficam na região frontal, dos maxilares, na próxima aos olhos e posterior. O que causa essa inflamação são principalmente vírus ou bactérias.
E existem tipos da doença. A sinusite viral é mais leve e é causada por vírus que infectam as membranas mucosas do seios paranasais. Consequentemente, eles inflamam. Os sintomas dessa condição podem ser: coriza, dor facial, congestão nasal, dor de cabeça e, em alguns casos, febre.
No caso da sinusite bacteriana, assim como o próprio nome diz, ela é causada por uma colônia de bactérias dentro dos seios paranasais. Ela pode acontecer depois de uma infecção viral. Nesse tipo, os sintomas já são mais intensos, como por exemplo, obstrução nasal, dor facial, febre, dor de cabeça e secreção nasal purulenta esverdeada ou amarelada.
É transmissível? Quando ir ao médico?
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A sinusite é desencadeada por infecções de vírus ou bactérias, por conta disso elas podem sim ser contagiosas e transmissíveis através da saliva, gotículas nasais, espirros e tosse. Justamente por isso que usar máscara quando estiver com essa doença é importante.
A avaliação médica é sugerida quando a pessoa está com secreção purulenta, mau cheiro nasal, dores intensas de cabeça, tosse persistente e febre. Nesses casos, o profissional irá fazer uma avaliação e irá indicar qual é a forma certa de tratamento. Até porque, a sinusite pode evoluir para casos mais graves.
“Podem ocorrer complicações maiores na visão, meningites ocasionadas por sinusite e complicações sérias crônicas. Nem toda sinusite pode evoluir para uma sequela grave, mas é muito importante procurar um otorrinolaringologista para que um diagnóstico correto seja feito”, concluiu Soler.
Gravidade
Ricmais
Como dito, a sinusite pode evoluir para casos mais graves, como por exemplo, o de Natasha Gunther Santana, instrutora de artes marciais, de 26 anos, da Califórnia, nos Estados Unidos. No caso, uma sinusite fez com que ela tivesse parte do seu crânio removida, já que a doença pode se espalhar para o cérebro.
A jovem teve cinco infecções sinusais durante 2021 e todas foram tratadas com antibióticos. No entanto, umas delas foi bastante grave e por conta disso uma parte do cérebro de Natasha teve que ser retirada para que a bactéria que estava causando a sinusite fosse eliminada.
Até que os médicos chegassem a uma decisão de remover ou não parte do crânio dela, a jovem continuou tomando antibióticos para que os sintomas, como enxaquecas fortes, vômitos e mudanças de humor repentinas, fossem diminuídos.
Como seu caso estava bem grave, ela fez uma varredura do cérebro. Com isso, os médicos descobriram uma mutação de um gene que dificultava a produção de uma proteína que consegue defender o organismo de invasores.
Depois do procedimento que retirou parte do crânio de Natasha, ela ficou com uma cicatriz na cabeça. E por conta da cirurgia, ela teve que usar um capacete para se proteger durante cinco meses. Contudo, mesmo depois da cirurgia as consequência da sinusite não terminaram.
Isso porque ela sofreu uma convulsão e desenvolveu trombose venosa profunda aguda. Isso acontece quando um coágulo acaba se formando nos grandes vasos sanguíneos. Se ele não for tratado, ele pode migrar pela corrente sanguínea e acabar nos pulmões, o que causa a conhecida embolia pulmonar. Isso pode ser fatal.
Segundo Natasha, todo o apoio que ela teve da família e dos amigos foi importantíssimo para ela no pós-cirurgia. “Eu tenho um lindo menino chamado Raiden, meu marido e eu estamos prestes a comemorar nosso aniversário de um ano de casamento. Estou ensinando artes marciais novamente. A vida é bela”, disse ela.
A instrutora também fez terapia intensiva para conseguir voltar a falar e andar. E mesmo dizendo sentir dores de cabeça bem fortes todos os dias desde a cirurgia, Natasha se mantém otimista. “Cheguei à conclusão de que este é o meu novo normal e estou feliz por estar viva”, concluiu.
Fonte: VivaBem, Metrópoles
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