Curiosidades

Stalker persegue celebridade observando o reflexo do olho em foto

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Com o advento das redes sociais, não é preciso muito para descobrirmos algumas informações a respeito da vida das pessoas. Cada vez mais, as pessoas têm exposto o que acontece em suas vidas privadas a milhares de outras pessoas. Muitas vezes, elas compartilham coisas a completos desconhecidos. E é aí que mora o perigo.

Se não bem equalizada, a relação entre privacidade e redes sociais, pode abrir espaço para pessoas mal intencionadas. Se abrimos muito de nosso cotidiano para o mundo, basta que alguém se interesse por isso, para descobrir tudo sobre nós. Incluindo nossas vulnerabilidades.

De fofoqueiros de plantão a stalkers profissionais, as informações, que compartilhamos na internet, podem servir como um verdadeiro banquete para alimentar aqueles que não necessariamente desejam fazer bom uso do que descobriram. Recentemente, no Japão, uma série de crimes foi cometido por um homem, com a ajuda das redes sociais.

Identificado pela polícia como Hibiki Sato, o japonês foi acusado de perseguir e abusar sexualmente de uma famosa cantora pop do país. De acordo com a imprensa local, Sato conseguiu reunir informações suficientes para localizá-la por meio do reflexo dos olhos da jovem em uma foto. Posteriormente, o homem, de 26 anos, acabou sendo preso pela polícia.

Sato, que se declarou muito fã da artista japonesa, contou que analisou detalhadamente uma selfie postada por ela. Ao ampliar a imagem, ele conseguiu identificar, em seus olhos, uma estação de trem onde a foto havia sido capturada. Isso, utilizando um recurso do Google Maps chamado Google Street View. Em suma, este permite que os usuários vejam imagens de ruas e pontos de referência de algumas regiões do mundo.

Detalhes perigosos

Sato ainda informou que analisava os vídeos feitos por ela em seu apartamento. Neles, ele procurava certos detalhes, como a posição das cortinas e direção da luz natural. Isso a fim de conseguir determinar o andar exato em que ela morava.

Em suma, Sato passou a frequentar a estação de trem, identificada por ele, até encontrar a estrela pop japonesa de 21 anos. De acordo com a polícia, em 1º de setembro, ele a seguiu até a sua casa e a molestou. O caso acendeu longas discussões nas redes sociais a respeito da “perseguição virtual”. Ademais, isso se deu devido ao hábito das pessoas compartilharem em fotos de alta resolução seu cotidiano.

“Imagens com uma qualidade maior permitem identificar mais detalhes que podem ajudar na geolocalização, e quanto mais imagens de referência houver em serviços como o Google Street View, maior a chance de encontrar um local”, explicou Eliot Higgins, da Bellingcat, site de investigações especializado em técnicas de investigação online à BBC.

“Mesmo os mínimos detalhes podem revelar muitas informações sobre onde uma foto foi tirada, além de informações sobre os indivíduos na fotografia. Nunca publique nada online que você não gostaria que seu chefe, parceiro ou pior inimigo visse. Mesmo o que parece ser o cenário mais privado pode ser exposto (…)”, acrescentou.

Para Shuichiro Hoshi, professor da Universidade Metropolitana de Tóquio e especialista nos riscos das redes sociais, conforme a qualidade das imagens nas câmeras de smartphones aumentou, o mesmo ocorreu em relação aos riscos de informações privadas “vazarem”. “Em outras palavras, o perigo do ‘stalker digital’ está aumentando”, disse ele ao Tokyo Reporter.

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