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Como era a vida de Maria Bonita e Lampião no cangaço?

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Quando ouvimos falar sobre cangaceiros, logo nos lembramos dos dois mais famosos cangaceiros da história, e que são lembrados até hoje, Lampião e Maria Bonita. Mas, como era a vida de Lampião e Maria Bonita no cangaço? A história, por trás do cangaço, vai muito além do romance entre o rei e a rainha do cangaço. O cangaço foi um movimento cercado por violência, roubos e assassinatos. Em uma época cercada por injustiças, surgem os cangaceiros.

O cangaço foi um fenômeno social que aconteceu no sertão brasileiro, do final do século XIX até a década de 1930. O movimento foi criado a partir da insatisfação dos sertanejos, que sofriam com as injustiças sociais da época. O nome cangaço faz referência ao esqueleto do boi, quando era morto pela fome no sertão nordestino.

Em suma, nos grupos organizados, cada um com seu líder, os cangaceiros praticavam saques, atos de violência e terror. Do mesmo modo, tinham suas próprias regras e leis. E para impor essas regras, andavam armados com cartucheiras, aterrorizando quem quer que ficasse em seu caminho, em todo o sertão.

Vida no cangaço

Os cangaceiros não tinham residência fixa, e ficavam de um lado para o outro, pelo sertão. O grupo vivia basicamente dos saques que realizavam, e de doações que recebiam. Os cangaceiros espalhavam o medo por onde passavam, eram temidos, e constantemente travavam confrontos com a polícia.

Os cangaceiros viviam as margens da sociedade, com suas próprias leis, regras de conduta, e características próprias. Para facilitar em suas andanças, eles usam chapéus e roupas de couro, que serviam para protegê-los da vegetação cheia de espinhos, que encontravam pelo caminho.

José Gomes, o Cabeleira, ficou conhecido como o primeiro homem a realizar práticas de cangaço. No entanto, ele agia sozinho, levando terror ao sertão de Recife, durante o século XVIII.

Durante o período em que o cangaço durou, dois grupos se destacaram o primeiro, foi liderado por Jesuíno Brilhante. Jesuíno era de família aristocrática. Em 1871, após a morte humilhante de seu irmão, Jesuíno virou bandoleiro. Posteriormente, começou a roubar dos coronéis e distribuir entre os mais pobres. Por esse motivo, era amado pela população. Morreu com dois tiros, na Paraíba.

O segundo grupo de cangaceiros era liderado por Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião e por sua companheira, Maria Bonita. O seu grupo atuou entre os anos de 1920 e 1930, por todo o nordeste brasileiro, e ficou conhecido como o rei do cangaço. Para a população nordestina, Lampião foi considerado como um herói, honrado e corajoso. Já para a polícia, ficou conhecido como um homem cruel e sedento de sangue. Ou seja, Lampião deixou uma imagem bastante contraditória. 

Lampião e Maria Bonita

Lampião nasceu em 1900, em Pernambuco. Nesse ínterim, seu pai foi assassinado em uma briga por terras, quando era criança, fato que incentivou sua entrada no cangaço, algum tempo depois.

A primeira mulher a fazer parte de um grupo de cangaceiros foi Maria Gomes de Oliveira, a Maria de Déa, que ficou conhecida depois como Maria Bonita. Lampião e Maria Bonita se encontraram pela primeira vez em 1929, em Malhada de Caiçara (BA), na casa dos pais de Maria, quando ela tinha 17 anos.

Posteriormente, um ano depois, separada de seu antigo marido, o sapateiro José Miguel da Silva, Maria largou a família para viver ao lado de seu amado Lampião, no cangaço. Maria Bonita foi a primeira mulher a fazer parte do bando.

Antes de sua entrada para o grupo, apenas homens faziam parte. Quando Lampião a recebeu como sua companheira, outras mulheres começaram a fazer parte do cangaço também.

Porém, ao contrário de Maria Bonita, que havia entrado para o grupo por escolha própria, o mesmo não aconteceu com outras mulheres. Muitas das mulheres foram raptadas e forçadas pelos cangaceiros, a viver com eles no cangaço.

Fim da história

A vida no cangaço era difícil e perigosa, principalmente para mulheres. Em suma, essas eram constantemente, vítimas de violência, eram estupradas e mortas. Os cangaceiros viviam em acampamentos, onde as tarefas de cozinhar e lavar eram dos homens.

A chegada das mulheres coincidiu com o período de decadência do cangaço. Com Maria Bonita a seu lado, Lampião trocou a vida de nômade. E assim, procurou ficar mais tempo em um lugar só, especialmente em Sergipe. Em síntese, a influência de Maria Déa sobre o cangaceiro era visível.

Maria Bonita era considerada a rainha do cangaço, ao lado de seu companheiro Lampião, o rei do cangaço, com quem viveu e lutou.

Lampião e Maria Bonita, juntamente com seu bando, foram executados em 1938, em Sergipe. Foram decapitados e suas cabeças foram expostas em uma praça pública. Isso foi feito para que servisse como exemplo para os demais grupos de cangaceiros.

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