Por Um submarino desapareceu na Geleira do Juízo Final e pesquisadores tentam entender o que aconteceu.
Um submarino autônomo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, sumiu de forma misteriosa na Antártida, após identificar uma série de estruturas desconhecidas na geleira Thwaites, conhecida como “Geleira do Juízo Final”.
Durante 27 dias, o submarino não tripulado chamado Ran percorreu mais de 1.000 quilômetros sob a geleira, alcançando 17 quilômetros dentro da cavidade.
O principal objetivo da missão era coletar informações sobre o derretimento das geleiras na região e mapear a topografia sob o gelo.
Excursão
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O submarino Ran, com seis metros de comprimento, foi lançado em 2020 por uma equipe internacional de pesquisadores. Sua missão era explorar a cavidade e analisar o gelo na região da Antártida Ocidental.
Após detectar diversas estruturas desconhecidas sob o gelo, a comunicação foi perdida. Diversas hipóteses foram levantadas para explicar o desaparecimento do submarino, como o encalhe no gelo, um possível ataque biológico ou uma falha mecânica.
No entanto, até o momento, não há evidências concretas que confirmem nenhuma dessas teorias.
Durante a ativação do sinal, Ran conseguiu adquirir mapas de alta resolução da parte inferior da plataforma de gelo, revelando informações cruciais sobre a elevação do nível do mar devido às mudanças climáticas.
No entanto, a descoberta mais surpreendente foi a presença de uma paisagem subglacial complexa, com picos, vales e outras formações semelhantes a dunas de areia, possivelmente moldadas por fluxos de água influenciados pela rotação da Terra.
Agora, os pesquisadores aguardam ansiosamente o retorno de outro submarino, que possibilitará a conclusão do estudo.
O que é a ‘Geleira do Juízo Final’ onde o submarino desapareceu
A maior geleira do mundo, conhecida como “Geleira do Juízo Final”, recebe esse apelido devido ao risco de um colapso que poderia resultar em um aumento catastrófico do nível do mar.
Além disso, é a mais extensa do mundo, com dimensões aproximadas ao estado americano da Flórida.
Já a plataforma de gelo Dotson se compõe por um bloco de gelo flutuante com 50 quilômetros de largura, sete vezes maior que a cidade de Nova York, e está situada na costa da Terra de Marie Byrd, na região da Antártida Ocidental.
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Não tinha como monitorar o submarino?
Quando o submarino desapareceu na Geleira do Juízo Final, muitos podem ter se perguntado se não tinha uma forma de monitorar as atividades.
Tradicionalmente, tem como. Mas isso envolve uma combinação de tecnologias e procedimentos para garantir que ele não desapareça. Primeiro, os submarinos possuem sistemas de comunicação via rádio de baixa frequência ou comunicação por satélite, que permitem manter contato regular com a base.
Além disso, o uso de sonares ativos e passivos, tanto no submarino quanto em navios de superfície ou em boias sonar, é crucial para rastrear a localização do submarino.
Boias flutuantes ou balões submersos ajudam como marcadores posicionais que transmitem sinais de localização.
Ainda, sistemas de navegação inercial também são essenciais para o submarino calcular e reportar sua posição. Em casos de perda de comunicação, sistemas de localização automática, como transponders subaquáticos, podem se ativar para emitir sinais que ajudam a localizar o submarino.
Externo
Além disso, monitoramento por satélite, usando técnicas como o rastreamento de ondas acústicas ou de perturbações por conta de grandes objetos no oceano, também pode ajudar a detectar a presença e a movimentação do submarino.
Procedimentos operacionais rigorosos, como check-ins regulares e protocolos de emergência, garantem que a tripulação siga padrões estritos de comunicação e navegação.
Por fim, em missões críticas, navios de apoio ou veículos subaquáticos não tripulados podem acompanhar o submarino para fornecer assistência imediata em caso de emergência.
Dessa forma, essas medidas combinadas garantem um monitoramento eficaz e reduzem significativamente o risco de eventos estranhos, como o submarino desapareceu no oceano.
