A arqueologia é a ciência responsável por estudar culturas e civilizações do passado. E é através das descobertas arqueológicas que vestígios de antigas sociedades e culturas são descobertos. Assim, pode-se compreender melhor como viveu determinado povo, quais eram seus hábitos e costumes e até mesmo o que levou ao seu fim. Contudo, algumas descobertas não tem o seu significado decifrado, como no caso dessa tábua de pedra.
A tábua de pedra foi encontrada por pescadores que trabalhavam no Lago Bashplemi, na Geórgia, em 2021. Desde essa época ela continuou sem poder ser traduzida pelos pesquisadores.
De acordo com os autores do estudo, “a maioria dos símbolos usados ali se assemelham aos encontrados nas escritas do Oriente Médio, bem como nas de países geograficamente remotos, como Índia, Egito e Península Ibérica Ocidental”.
Conforme o Daily Mail, essa tábua de pedra é do tamanho de um livro, 15,5 x 23 centímetros, e tem 39 símbolos chamados de “únicos” pelos pesquisadores. “Embora o basalto no qual ela se baseia seja conhecido por ser de origem local, seu significado é desconhecido e ainda há um longo caminho a percorrer para decifrá-lo”, pontuaram.
Ao contrário dessa tábua de pedra não traduzida, existe uma tábua de mármore conhecida como “tábua de Nazaré” que é bastante curiosa. Isso por causa de sua história e sua principal função.
A tábua de Nazaré ficou bastante famosa entre os arqueólogos por um motivo único. Segundo eles, ela teria sido utilizada para guardar túmulos logo após desaparecimento do corpo de Jesus. De acordo com a Bíblia, seria por causa de sua ressurreição. No entanto, segundo uma análise feita recentemente, provavelmente não foi isso que aconteceu, visto que o objeto é proveniente da Grécia, não do Oriente Médio. Depois de muitos estudos, novas informações sobre essa pedra foram trazidos à tona. Isso surpreendeu ainda mais os estudiosos do mundo inteiro.
De acordo com um artigo publicado no Journal of Archaeological Science, essa pedra contém uma inscrição. Nela, roubar corpos é um crime e a consequência disso é a pena de morte. No entanto, diferentemente do que se acreditava até hoje, essa tábua nunca esteve em Nazaré. Ela estava, na verdade, no túmulo de um tirano grego que morreu alguns décadas antes de Cristo. A antiga crença surgiu quando um ex-curador do Museu do Louvre, Wilhelm Froehner, adquiriu a tábua. Isso aconteceu em 1878. Ele conseguiu por meio de, provavelmente, um negociante de antiguidades da Grécia ou do Oriente Médio.
Quando morreu, as investigações sobre o artefato levaram o arqueólogo francês Franz Cumont a propor, em 1930, que o objeto estivesse relacionado ao desaparecimento de Jesus. Isso, porque Froehner deixou um bilhete junto da tábua. Esse dizia: “veio de Nazaré”.
Para desvendar o mistério, uma equipe de especialistas analisou o pó da tábua. Após isso, usou um método com laser para liberar o gás dos minerais do mármore.
Após medir as proporções de isótopos de carbono e oxigênio, eles então capturaram a “impressão digital” química única do mármore. Isso levou a concluir que esse material veio de uma pequena pedreira na ilha grega de Kos, na costa da Turquia. Essa descoberta prova que a tábua “não é de Nazaré”.
Fonte: R7,Aventuras na história
Imagens: R7, Aventuras na história