Notícias

Terremoto no Japão deixa quatro mortos e 107 feridos

0

O terremoto que atingiu as cidades do Japão, como Fukushima e Tóquio, deixaram mais de cem pessoas feridas e quatro mortos por conta da tragédia. O desastre aconteceu na última quarta-feira (16).

De acordo com as autoridades japonesas, o tremor, que chegou à magnitude 7,4, deixou milhões de casas na costa nordeste e na capital sem luz ou água. Além disso, o terremoto chegou a ativar um alarme de incêndio em uma das usinas nucleares de Fukushima.

Sendo assim, em Ishinomaki, a cerca de 400 km da capital, Tóquio, ondas de tsunami que alcançam 30 centímetros de altura atingiram a costa da cidade. Por sorte, não causaram danos graves. Contudo, na manhã desta quinta-feira (17), a Agência Meteorológica do Japão retirou os alertas de tsunami que havia emitido para a costa de Fukushima e Miyagi na quarta-feira.

Dessa forma, a Agência de Regulação Nuclear do Japão informou que o alarme na turbina de um dos seis reatores de Fukushima que foi acionado pelo terremoto foi feito de forma automática. Além disso, não houve incêndio no local.

No momento que o tremor balançou o Japão, um trem-bala que fazia o trajeto entre Fukushima e Miyagi descarrilou parcialmente por causa do impacto. Contudo, não houve feridos, de acordo com a East Japan Railway Co, que é a administradora da linha. Pouco tempo depois, suspenderam parte dos trajetos de trem como medida preventiva.

Quanto ao acesso à energia elétrica e ao abastecimento de água, o governo japonês informa que foram restabelecidos nesta quinta-feira (17) na maior parte das casas afetadas.

Desastre nuclear de Fukushima

nikkeyweb

O dia 11 de março de 2011 marca a história do mundo, mas principalmente do Japão. Isso porque foi o dia que ocorreu um dos maiores desastres nucleares da história.

O evento aconteceu na Central Nuclear de Fukushima I depois que um tsunami atingiu a usina. Assim, foi provocado por um maremoto de magnitude 8,7.

No momento do terremoto, 11 usinas localizadas na região de Fukushima entraram em processo de desligamento. Como parte do procedimento, as usinas devem ser resfriadas, já que a fissão nuclear segue correndo mesmo depois do desligamento da geração de energia.

Cerca de uma hora depois do terremoto, um tsunami atingiu a usina da Fukushima. Então, o sistema de resfriamento se corrompeu e os técnicos japoneses adotaram medidas alternativas. Por exemplo, injetaram água do mar nos reatores. No entanto, três explosões aconteceram e a última delas ocorreu na manhã do dia 14.

Então, de acordo com o governo japonês, por conta dessas complicações, houve vazamento radioativo, sendo que os reatores ficaram preservados. Como resultado, os níveis de radiação no entrono da usina superaram o limite de segurança em oito vezes.

Logo, foi necessário evacuar a população em um raio de 20 km ao redor da usina comprometida. Laércio Vinhas, diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear, da Comissão Nacional de Energia Nuclear brasileira, aponta que as medidas que o governo japonês tomou estão de acordo com o manual de operações para crises em usinas nucleares.

De acordo com o especialista, as explosões ocorreram quando a água usada para o resfriamento se tornou vapor de alta temperatura. Como consequência, liberou-se hidrogênio, um gás altamente inflamável.

No entanto, Vinhas acredita que o acidente que ocorreu por conta do terremoto em Fukushima não é comparável ao ocorrido em Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. “Naquele caso, as estruturas eram defasadas. E o acidente aconteceu com o reator em funcionamento”, explica o diretor.

“O evento do Japão se assemelha mais com o acidente na usina Three Mile Island, em 1979, nos Estados Unidos”, avalia Vinhas. Nesse caso, não houve vítimas nem vazamento de radiação além dos limites da usina.

Fonte: G1

O brasileiro que viveu 51 anos em um hospital

Artigo anterior

Gato de Schrödinger: físico descontrói a teoria e explica

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido