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Tudo que se sabe sobre o runner’s high pode estar errado

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A prática de exercícios de maneira constante é importante para a saúde. Isso porque essa rotina produz melhorias, não somente estéticas, como também condicionamento para o praticante. Várias pessoas já experimentaram diminuição do estresse, da dor e da ansiedade, e às vezes até euforia depois do exercício. Então, o que será que está por trás desse chamado runner’s high?

O runner’s high, ou “onda de corredor” em português, é associado há muito tempo com as endorfinas, que são produtos químicos produzidos de forma natural no corpo humano, e em outros animais, depois do exercício ou como resposta à dor ou estresse.

Contudo, um novo estudo analisou quase duas décadas de trabalho nesse ponto. Como resultado, os pesquisadores descobriram que o exercício aumenta de maneira confiável os níveis de endocanabinóides do corpo. Eles são moléculas que trabalham para manter o equilíbrio no cérebro e no corpo em um processo que se chama “homeostase”.

Runner’s high

Self

É justamente esse impulso químico que pode explicar melhor alguns dos efeitos benéficos que os exercícios têm no cérebro e no corpo. Ademais, esse novo estudo feito tem implicações para todas as pessoas que se exercitam com o objetivo de diminuir o estresse. Além disso, serve como uma motivação para aqueles que não praticam exercícios de forma regular.

Por várias décadas, as pesquisas mostram os benefícios dos exercícios para a saúde física. Com isso, mais recentemente elas começaram a mostrar seus benefícios também para a saúde mental.

Nesse sentido, os pesquisadores também demonstraram que os exercícios aumentam os níveis sanguíneos de endorfina, um opioide natural do corpo. Ele é uma substância química que atua no cérebro e tem uma gama de efeitos, incluindo ajudar no alívio da dor.

Compreensão

Healthline

Na década de 1980, alguns estudos contribuíram para a crença popular de que a liberação de endorfina está associada à sensação euforia conhecida como runner’s high.

Entretanto, os pesquisadores questionam o papel das endorfinas na sensação do runner’s high há muito tempo. Uma parte desse questionamento vem de que as endorfinas não podem atravessar o cérebro através da barreira hematoencefálica. Até porque, ela protege o cérebro de toxinas.

Como resultado, não é provável que as endorfinas sejam o principal impulsionador dos efeitos benéficos dos exercícios tanto no humor, como no estado mental.

Foi então que o novo estudo, e outras pesquisas, apontaram para o papel das versões naturais dos canabinoides no corpo humano, os chamados endocanabinoides.

Algumas pessoas podem conhecer alguns canabinoides como o tetrahidrocanabinol, mais conhecido como THC, o composto psicoativo da cannabis. Ou então, o canabidiol, conhecido como CBD, também provindo dessa mesma planta.

Relação

Active

Contudo, a maioria não sabe que os humanos também criam suas próprias versões desses produtos químicos, os endocanabinoides. Eles são moléculas minúscula feitas de lipídios ou gorduras que circulam no cérebro e no corpo.

Eles atuam como receptores canabinoides no cérebro e no corpo. Além de causarem uma série de efeitos, como por exemplo, alívio da dor, redução da ansiedade e do estresse e aprimoramento do aprendizado e da memória.

Conseguintemente, estudos em humanos mostraram que os endocanabinoides são os protagonistas pelo runner’s high, não as endorfinas.

Os estudos mostram que quando esses receptores de opioides são bloqueados, as pessoas ainda sentem a euforia e diminuem a dor e a ansiedade depois do exercício. Contudo, bloquear os efeitos dos receptores canabinoides diminuiu os efeitos benéficos do exercício para a euforia, dor e ansiedade.

Análises

Colab sports

Os pesquisadores ainda não sabem se todos os tipos de exercícios, como por exemplo, ciclismo, corrida ou exercícios de resistência, como levantamento de peso, têm resultados parecidos.

Embora alguns estudos analisaram a intensidade e a duração do exercício, parece que níveis moderados de intensidade são mais eficazes do que os exercícios de baixa intensidade quando o assunto é elevar os níveis de endocanabinoides.

Tudo isso mostra que é importante manter a frequência cardíaca elevada, entre 70 e 80% da frequência cardíaca máxima, ajustada de acordo com a idade.

Por mais que ainda existam várias questões em aberto, as descobertas dão aos pesquisadores um passo a mais para saber como os exercícios trazem benefícios para o cérebro e para o corpo.

Fonte: Science Alert

Imagens: Self, Healthline, Active, Colab sports

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