Ciência e Tecnologia

Um cometa 14 vezes maior do que a Terra acabou de entrar no Sistema Solar

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Em 2017, os astrônomos detectaram o cometa Oumuamua, um objeto de outra galáxia que, pela primeira vez, passava pelo Sistema Solar. Recentemente, no fim de agosto, os especialistas detectaram outro cometa. Entretanto, apenas agora, os cientistas puderam confirmar que o objeto também é um viajante interestelar.

Além de confirmarem a natureza do objeto, os astrônomos conseguiram também capturar a melhor e mais próxima imagem do cometa interestelar. Intitulado como 2I/ Borisov, o novo visitante, atualmente, está passando por aqui. De acordo com os especialistas, este é o segundo objeto interestelar a atravessar nosso Sistema Solar, desde o ‘Oumuamua.

Registros

A imagem do cometa interestelar 2I/ Borisov foi registrada por astrônomos da Universidade de Yale. Para tal, os especialistas utilizaram um espectrômetro de baixa resolução. O espectrômetro pertence ao Observatório WM Keck, cuja sede é no Havaí. A foto foi tirada em 24 de novembro.

Além de fornecer a visão mais próxima do cometa, os astrônomos, com o auxílio do espectrômetro, também criaram uma simulação para mostrar o tamanho do cometa. Em relação à Terra, a imagem revela que o cometa é 14 vezes o tamanho da planeta.

O astro, além disso, possui uma cauda que, segundo os especialistas, se estende por quase 160 mil quilômetros. O cometa interestelar foi descoberto em agosto, pelo astrônomo amador russo, Gennady Borisov.

O astrônomo o descobriu o objeto, utilizando um telescópio de 650 centímetros de diâmetro e, acredite ou não, fabricado por ele mesmo. Os cientistas acreditam que o cometa se originou em outro sistema estelar, conhecido especificamente como Kruger 60.

O sistema estelar Kruger 60 encontra-se na constelação de Cepheus. Para os especialistas, o 2I/ Borisov foi repelido ao espaço interestelar, como consequência de uma quase colisão com um planeta.

Trajeto

O cometa passará a 305 milhões de quilômetros da Terra, no dia 08 de dezembro. Estima-se que essa é a distância mais próxima que o objeto estará do nosso planeta. “Os astrônomos aproveitam a visita do Borisov, usando telescópios como o Keck, para obter informações sobre a formação de planetas em sistemas diferentes dos nossos”, disse Gregory Laughlin, astrônomo de Yale.

Desde agosto, sua primeira observação, os astrônomos seguem descobrindo novos detalhes sobre o astro. Gregory Laughlin descobriu, por exemplo, que o 2I/Borisov está evaporando à medida que se aproximava de nosso planeta. O astro, por esse motivo, deixa um rastro de gás e pó por onde passa.

Ao que parece, o fato do Barisov ser um cometa dominado por poeira é, para os especialistas, bastante comum. Além da questão da poeira, descobriu-se que seu núcleo possui 1,6 quilômetro de largura e, à medida que reage ao calor do nosso Sol, ganha um caráter mais “fantasmagórico”. Foi observado também que o cometa possui um tom avermelhado.

“O objeto terá seu pico de brilho em meados de dezembro e continuará observável com telescópios de tamanho médio até abril de 2020”, disse Dave Farnocchia, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. “Depois disso, ele só será observável com telescópios profissionais maiores até outubro de 2020”.

O cometa é muito semelhante com os que são encontrados em nosso próprio Sistema Solar. Agora, as observações futuras pretendem definir sua rotação e trajetória exata.

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