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16 imagens do massacre da Praça Tiananmen que a China tentou apagar da História

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04 de junho de 2019 marcou o trigésimo aniversário da repressão sangrenta do Partido Comunista Chinês em um protesto pró-democracia na Praça Tiananmen, em Pequim. A manifestação começou em abril de 1989, como uma ocupação liderada por estudantes pedindo a liberalização política e econômica. Entretanto, quando os manifestantes e o governo não conseguiram negociar, oficiais do Partido Comunista enviaram uma coluna de tanques e tropas armadas. Subsequentemente, os soldados abriram fogo, fazendo com que a noite terminasse com o derramamento de sangue de centenas de pessoas. E, como as memórias não foram feitas para serem esquecidas, lhe mostraremos 16 imagens do massacre da Praça Tiananmen que a China tentou apagar da História.

A China faz questão de não mencionar o incidente nos livros de história. Assim sendo, os órgãos públicos banem rotineiramente mensagens e palavras-chave para que a verdade não venha a tona. Isso acontece quando estamos cerceados por um regime que não promove a plena democracia entre os cidadãos.

Na madrugada de 4 de junho de 1989, o Partido Comunista Chinês enviou uma coluna de tanques e tropas armadas para o centro de Pequim. A instrução era a de “usar qualquer meio” para eliminar os manifestantes que ocupavam o local.

O episódio se transformou em uma noite de derramamento de sangue que continuou até a manhã seguinte. Milhares de soldados atiraram contra a multidão, matando e ferindo centenas de pessoas. O número exato ainda não fora divulgado até hoje. Confira, a seguir, imagens do massacre da Praça Tiananmen que a China tentou apagar da História.

#1

Os protestos começaram em abril de 1989, após a morte do ex-líder do Partido Comunista Hu Yaobang. Dezenas de milhares de estudantes e cidadãos foram para o Monumento aos Mártires, na Praça Tiananmen, em Pequim.

#2

Os manifestantes demandaram uma longa lista de queixas, pedindo maior liberdade de expressão, salários mais altos e controles sobre a inflação. Após o memorial de Hu em 22 de abril, os estudantes apresentaram uma lista de exigências para o governo. Todas foram rejeitadas.

#3

Em 13 de maio, a multidão na Praça da Paz Celestial cresceu para cerca de 300 mil pessoas, com muitos passando suas noites lá. Na foto acima, dois estudantes não identificados da Universidade de Pequim dormem em meio a caixas de refrigerantes.

#4

Muitos jovens atacaram abertamente o governo. O cartaz deste manifestante diz: “Não confiamos mais em funcionários públicos sujos. Confiamos na Sra. Democracia”.

#5

Adiante, o Partido Comunista decidiu agir. Em 2 de junho, altos funcionários do partido impuseram a lei marcial para permitir que “a ordem fosse restaurada na capital”. Na foto, é possível ver um manifestante estudantil pró-democracia mostrando sinais de vitória para a multidão quando as tropas do Exército Popular de Libertação se retiraram da Praça Tiananmen (3 de junho de 1989).

#6

Cerca de 250.000 tropas começaram a se mobilizar no dia seguinte. As ordens eram claras: entrar na praça às 1 da manhã do dia 4 de junho e liberá-la às 6 da manhã.

#7

3 de junho de 1989. Os soldados também receberam permissão para “agir em defesa própria e usar quaisquer meios para eliminar os impedimentos”, segundo o historiador Wu Renhua. Na foto: uma jovem é pega entre civis e soldados chineses, que estavam tentando removê-la de uma assembléia perto do Grande Salão do Povo em Pequim.

#8

O primeiro relatório de fogo vivo contra civis ocorreu às 10 da noite de 3 de junho, a cerca de 10 quilômetros a oeste da Praça Tiananmen. O exército chegou à praça às 1h30 do dia 4 de junho. As informações são da ABC News.

#9

Os manifestantes resistiram quando as tropas entraram pela primeira vez na praça. A maioria dos ocupantes estava desarmada, mas alguns tinham pedras e armamento. Na foto, um homem tenta afastar um soldado chinês de seus companheiros, quando milhares de cidadãos de Pequim bloquearam milhares de soldados a caminho da Praça Tiananmen.

#10

4 de junho de 1989. A violência teve início. Os veículos blindados começaram a se aproximar dos estudantes, atirando neles para impedi-los de entrar na praça. Na foto: um manifestante estudantil elabora barricadas no caminho de um tanque do Exército em chamas.

#11

5 de junho de 1989. As tropas chinesas marcharam pela Avenida Chang’an, em Pequim, disparando indiscriminadamente para “limpar a rua” dos manifestantes. Depois de uma noite de derramamento de sangue, a praça foi “higienizada”. Na época, o Partido Comunista disse que 241 pessoas, incluindo soldados, morreram. Ao menos 7.000 ficaram feridas. Essa é uma das imagens do massacre da Praça Tiananmen que a China tentou apagar da História.

#12

Muitas mortes ocorreram fora da praça, com soldados atirando diretamente em manifestantes desarmados. Na foto: um caminhão leva soldados chineses pelo Chang’an Boulevard, em Pequim, no dia 5 de junho de 1989.

#13

Os soldados continuaram a dirigir pelas principais estradas de Pequim, com alguns deles disparando esporadicamente contra manifestantes que continuavam bloqueando o caminho. Na foto: tanques do exército chinês bloqueavam um viaduto na Avenida Chang’an, em Pequim.

#14

Enquanto uma coluna de tanques descia o Boulevard Chang’an, perto da Praça da Paz Celestial, um homem entrou na frente deles. De acordo com a PBS Frontline, em vez de atropelá-lo, o primeiro tanque tenta dar a volta, mas o jovem confronta novamente. Eles repetem essa manobra várias vezes antes que o tanque pare e desligue o motor. O jovem sobe em cima do tanque e fala com o motorista antes de pular para baixo novamente. Logo, é levado para o canto da estrada por um grupo não identificado de pessoas e desaparece na multidão.

#15

A identidade e o paradeiro do manifestante – chamado “Tank Man” – permanece desconhecido. Jeff Widener, o fotógrafo americano que tirou a foto, recebeu uma indicação ao Prêmio Pulitzer em 1990.

#16

10 de junho de 1989. Dezenas de milhares de pessoas foram presas após os protestos, e um número desconhecido foi provavelmente executado, de acordo com a PBS. Na foto: os ciclistas pedalam pelas ruínas do confronto entre o Exército Popular de Libertação e os manifestantes pró-democracia.

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