História

5 coisas absurdas que estão acontecendo no Brasil e você não sabe

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Apesar da popularização da Internet no nosso país, que facilitou muito a comunicação e a troca de informações, muitos acontecimentos permanecem desconhecidos. Dificilmente eles são tratados nos jornais ou na TV e, apesar de importantes, quase ninguém fica sabendo. Os motivos para isso podem ser econômicos, políticos ou outros tipos de relação de poder.

Alguns desses acontecimentos chegam a parecer coisas de países em conflito ou do passado, mas estão acontecendo no Brasil e agora, enquanto você olha para a tela do computador. Confira a seguir alguns absurdos que a maior parte dos brasileiros desconhece.

1 – Violência contra povos indígenas

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No início do mês de novembro a líder indígena Kaiowá Marinalva Manoel foi assassinada com facadas na cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, depois de voltar de um protesto em Brasília. A comunidade a qual ela pertencia, Ñu Porã, é formada por 28 famílias que reivindicam  uma área de aproximadamente 1.500 hectares, que estão sendo ocupados quase que totalmente por uma empresa que produz grama.

O processo de demarcação da área, que garante que ela retorne para os povos indígenas, está em processo avançado, mas com a pressão dos fazendeiros da vizinhança e de um projeto de loteamento, os indígenas ainda não conseguiram acesso ao direito a terra. O cacique Vladimir Cáceres declarou ao jornal Folha de S. Paulo que o principal suspeito do assassinato é o namorado de Marinalva, que teria contato com fazendeiros da região.

O assassinato da mulher não é um caso isolado, de acordo com o Ministério da Saúde, 97 índios foram assassinados o ano passado, 39 deles apenas no Mato Grosso do Sul. Além disso, 115 suicídios foram registrados, sendo que 73 deles também ocorreram no estado.

2 – Exploração sexual de meninas quilombolas

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Em abril de 2015 houve uma audiência pública para esclarecer casos de abusos sexuais contra crianças e adolescentes da comunidade Kalunga em Cavalcante, Goiás. Localizada a cerca de 322 km de Goiânia e 300 de Brasília. De acordo com uma série de denúncias, as meninas quilombolas com idade entre 10 e 14 anos estão sendo aliciadas há anos e levadas para Cavalcante, Brasília e Goiânia para serem exploradas sexualmente.

O que torna a questão ainda mais problemática é dificuldade em punir os culpados. Cerca de 10 inquéritos haviam sido concluídos sobre os casos de abuso e exploração até o mês de abril e um acusado foi preso. “Em  outro inquérito, já concluido, temos todos os indícios necessários para a prisão de um político local, mas até agora não obtivemos a autorização judicial”, declarou o delegado Diogo Luiz Barrera a Agência Brasil.

3 – Trabalho escravo

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Em outubro de 2004 o Ministério do Trabalho e Emprego criou um serviço de consulta, por meio de CPF ou CNPJ, de empresas ou produtores que foram autuados por utilizar mão-de-obra escrava e quantos trabalhadores em situação análoga à escravidão foram libertados em cada  propriedade. Em 2011, cerca de 210 pessoas e empresas compunham a lista, sendo 60 deles apenas no estado do Pará. A lista não está mais disponível, no entanto a situação parece não ter mudado de 2011 para cá. De acordo com a organização de direitos humanos Walk Free Foundation, 155 mil pessoas estão em situação de escravidão no Brasil.

4 – Uso de agrotóxicos proibidos e que fazem mal à saúde

Talvez você não saiba, mas o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos. E não para por aí, os alimentos que chegam à mesa do brasileiro podem conter cerca de 14 substâncias proibidas em outros países, como os Estados Unidos e outros países da União Europeia. Dentre as substâncias proibidas, quatro podem causar riscos à saúde humana, como o desenvolvimento de câncer.

5 – Voto de cabresto

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Parece improvável, mas no Brasil algumas pessoas ainda são obrigadas a votar em candidatos específicos nas eleições. O voto de cabresto pode se dar por vários motivos, mas geralmente as causas são ameaças de coronéis, milícias e ação de líderes religiosos. Isso acontece especialmente nas regiões mais afastadas e pobres do país.

Fontes: Folha de S. Paulo, Ministério da Saúde, Agência Brasil, Senado, BBC, Carta Maior, Congresso em foco

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