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5 culturas exóticas que irão desaparecer em breve

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Existem culturas que estão desaparecendo, assim como espécies em extinção, e é possível que não existam mais nos próximos 50 anos. Com costumes bastante exóticos, como dotar animais órfãos ou morar em árvores, essas sociedades representam uma real resistência à cultura ocidental e seus costumes, e por isso mesmo deveriam ser preservadas. Ao contrário disso, entretanto, são perseguidas e vistas com preconceito, o que afeta determinantemente sua sobrevivência histórica e causa muito sofrimento às populações.

Korowai

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Esse povo primitivo vive em casas construídas sobre troncos de uma ou mais árvores, mas, mais do que moradias, essas casas representam a cultura e o estilo de vida dos Korowai. Vivendo no sudeste da Indonésia, constróem casas de de folhas e vegetais a até 12 metros do solo, pelo medo dos Korowai de ataques de cadáveres e necromantes, que aconteceriam durante a noite. Ainda nesse tema do macabro e da magia negra, os Korowai também têm costumes canibais.

Mas, de volta às casas e o seu sistema de medição de tempo: eles não têm dias, semanas, meses ou anos. Aniversários e datas comemorativas, assim como períodos de passagem de tempo, são marcados por locais e casas que o povo habitou. Por isso, existem “eras” marcadas pela construção e destruição de uma ou mais casas, que, no geral, não duram mais de um ano.

San

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Os San, também chamados de “homens das moitas”, são talvez a cultura tribal mais antiga da África. Têm um sistema de crenças próprio, uma linguagem e até uma dança típica, a dança da girafa. As pessoas dessa tribo foram expulsas de onde viviam por exploradores de diamantes, que destruíram os parques de reserva onde viviam, o Parque Central de Kalahari.

Assim como um deles explicou, “a polícia veio e nos jogou nas traseiras de caminhões, com nossas coisas, e nos deixou aqui (em abrigos) pegando AIDS e outras doenças; jovens estão bebendo álcool, e garotas estão tendo bebês”.

Além disso, as autoridades proibiram a caça na maior parte dos locais naturais da reserva, o que impede a manutenção do estilo de vida caçador dos Sans. “Nossas taxas de morte estão aumentando, e eles querem nos erradicar. Os nossos morem de AIDS e tuberculose, e isso não acontecia antes, quando estávamos sozinhos. Os velhos morriam de velhice, e agora vamos a funerais o tempo todo. Em 20 anos, será ‘até mais, homens das moitas'”, afirma o sobrevivente.

Awa

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Antes de ter seu território invadido, os Awa viviam em uníssono com as florestas amazônicas brasileiras, e tinham o costume de adotar animais órfãos, às vezes até mesmo amamentando mamíferos como porcos e macacos.

Mas, em 1967, geólogos acidentalmente encontraram um depósito gigante de ferro no local onde viviam, as montanhas Carajás, o que se transformou num extenso projeto de mineração que, como no caso dos San, acabou desalojando os indígenas. A seguir, madeireiras, latifundiários e outros tipos de criminosos de terras invadiram o local – como aconteceu com grande parte da Amazônia – deixando apenas 350 Awas vivos. Apesar de recentemente terem finalmente sido agraciados com uma lei de proteção, fica a dúvida se isso vai adiantar alguma coisa, na prática

Mursi

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Conhecidas pelos alargadores que usam nos lábios inferiores, as mulheres dessa tribo vêem o adereço como um símbolo de maturidade, algo que faz parte da cultura da tribo. Com em torno de 10 mil pessoas, esse povo etíope é provavelmente o responsável pela popularização dos alargadores, que seguem o mesmo processo gradual, aumentando cada vez mais os tamanhos dos objetos. São alvo da violência de autoridades, que os estupram, batem e matam quando agem contra seus interesses.

Ladakhis

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Esse lugar idílico tinha mandamentos que faziam com que se assemelhasse ao paraíso: todos eram honestos, tolerantes, pacientes e justos, de forma que a desigualdade social praticamente inexistia, assim como a violência.

Todos eram incrivelmente felizes, morando no alto do Himalaia. O local, incrivelmente seco e estéril, ficava completamente isolado até 1962, quando uma estrada foi construída passando pelo local.

Mas foi só na década de 70 que a modernização realmente impactou o local, especialmente culturalmente: vendo os turistas e sua ostentação, logo os costumes mudaram, e os simples e felizes moradores da cidade passaram a se achar pobres. E a ganância, como sempre, acabou com o sonho e tornou esse povo um pouco mais parecido conosco.

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