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7 mentiras mais encobertas da História

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Nem tudo o que sabemos da História aconteceu exatamente da forma que está relatado nos livros. Às vezes, a realidade não é tão atrativa, e alguém tem a magnífica ideia de “florear” um pouco as coisas. O que você faria nessa situação? Usaria a oportunidade de curar a versão ideal da nossa história coletiva ou aceitaria a realidade como realmente é?

Para algumas pessoas, uma pequena mentirinha não significa bem um problema. Afinal, o que de tão ruim poderia acontecer se alguém descobrisse? Para os mais destemidos, essa poderia ser uma chance de escrever a sua própria versão dos fatos, ser o autor da história. Mas nem todo mundo tem essa oportunidade. Pensando nisso, confira a seguir 7 pessoas tão ousadas que aproveitaram a chance e deram uma nova versão de certos fatos da história.

1 – Charles Dawson

O arqueólogo amador Charles Dawson afirmou ter encontrado o “elo perdido” entre o macaco e o homem em 1912. Segundo Dawson, ele havia encontrado o tal elo em uma pedreira em Piltdown, em Sussex, no Reino Unido. No entanto, conforme a descoberta de fósseis de hominídeos aumentava naquela região, ficava cada vez mais claro que algo estava errado sobre as alegações feitas por Dawson.

Em 1953, com o advento de novas técnicas de datação por flúor, os cientistas da Universidade de Oxford conseguiram dar mais precisão aos ossos encontrados por Dawson. Isso comprovou que as idades dos ossos não eram consistentes. Além disso, o crânio humano de 50 mil anos e uma mandíbula de orangotango foram cuidadosamente esculpidos e manchados para se encaixarem. Depois disso, houve muita especulação sobre a falsificação das provas. Em 2009, uma análise de DNA e datação por carbono foram aplicadas nos ossos. Assim, concluiu-se que o próprio Charles Dawson teria sido o responsável pela fraude científica.

2 – Mina de diamantes

Em 1849, a Califórnia Gold Rush atraiu mineradores, banqueiros e empresários do mundo todo. Dispostos a fazer fortuna, várias pessoas investiram na mineradora de diamante. Phillip Arnold e John Slack eram primos e tinham o interesse de obter lucro em cima da ingenuidade desses investidores. Os dois tinham um esquema próprio para fazer os investidores acreditarem que haviam encontrado uma mina de diamantes.

William Ralston, um dos diretores de um banco de São Francisco, ouviu falar sobre os homens que “encontraram” diamantes e resolveu comprar a suposta mina. Ele só não contava que tudo não passava de uma farsa. Animado com o negócio, ele fundou a Companhia de Mineração Comercial de Nova York. Ele investiu um total de US$ 600 mil no negócio dos primos.

Anos depois, o geólogo Clarence King começou a investigar a tal mina e descobriu que o solo já havia sido perfurado anteriormente. Além disse, ele confirmou que os diamantes e rubis encontrados ali não eram naturais. Ralston não conseguiu ressarcir completamente os investidores, e os primos desaparecem do mapa levando os seus US$ 600 mil.

3 – A Guerra dos Mundos

Em 1938, véspera do Halloween, o escritor americano Orson Welles lançou no rádio a transmissão da sua versão de A Guerra dos Mundos, de HG Wells. Então, às 20 horas, a transmissão do programa começou como de costume. Mesmo que no início da transmissão Welles tenha feito uma breve introdução sobre a temática ficcional da sua história, muitos espectadores pegaram o programa já em andamento. Nesse ponto da transmissão, o noticiário foi interrompido afirmando que uma invasão alienígena estava acontecendo naquele momento nos Estados Unidos.

Os moradores perto de Princeton, onde o suposto meteoro carregando os marcianos teria pousado, foram os primeiros a entrar em pânico. O caos se instaurou e milhares de pessoas tentaram fugir, acreditando que sua cidade estava sob ataque alienígena. Sabendo da histeria em massa, Welles interrompeu a transmissão para assegurar a população que tudo não passava de uma história fictícia. O programa foi um fracasso, mas Welles foi convidado para trabalhar em Hollywood.

4 – Archaeoraptor

Outro “elo perdido” que acabou sendo uma fraude, foi o Archaeoraptor, supostamente descoberto em 1999. Outra que poderia ter sido uma das mais significativas descobertas da paleontologia, era o elo fossilizado entre dinossauros e pássaros. Mas, desde a divulgação do artigo que noticiava a descoberta, o fóssil já levantava muitas dúvidas acerca da sua autenticidade. Pouco tempo depois, o paleontologista chinês Xu Xing encontrou um fóssil semelhante à cauda da criatura apresentada inicialmente. Foi quando ele descobriu a fraude, já que a cauda não se encaixava corretamente aos ossos do Archaeoraptor. Na verdade, alguém tinha juntando os fósseis de um pássaro primitivo e de um dinossauro não-voador para forjar o tão procurado elo perdido entre eles.

5 – O gigante de Cardiff

Em 1869, dois homens descobriram um corpo grande e petrificado de um homem antigo enterrado em Cardiff, Nova York. Acreditando que aquele corpo poderia ser de um ancestral do povo Onondaga, os homens espalharam a notícia sobre o gigante.

O corpo petrificado acabou se tornando atração turística e as pessoas chegavam a pagar para olhar o gigante em sua cova. William Newell, como proprietário do poço onde foi encontrado o gigante, assumiu os lucros pela atração. Com o aumento da popularidade, Newell, vendeu o “homem petrificado” para empresários que o levaram para uma turnê pelo país. Nessas viagens, muitas pessoas alegaram se tratar de uma estátua e não um homem petrificado. Com a notícia sobre a possível falsificação se espalhou, as pessoas começaram a duvidar e querer investigar o tal gigante.

Depois das investigações feitas por repórteres, foi confirmada a fraude. Newell teria pagado um artista de Chicago para esculpir um gigante de 305 centímetros de altura, parecido com os gigantes mencionados na Bíblia. Essa, acabou por se tornar uma das maiores fraudes da América do século XIX.

6 – A Grande Farsa Lua

Os anos de 1800 tiveram muitas fraudes criativas. A Grande Farsa da Lua de 1835 foi uma das mais bem sucedidas daquela época. Naquele ano, o jornal York Sun, liberou o primeiro capítulo de uma séria de seis partes de ficção científica, mas não revelou que se tratava de uma obra de ficção.

O conto era baseado em uma expedição real do astrônomo Sir John Herschel. No entanto, a série relatou que Herschel tinha encontrado humanos meio-morcegos, um castor bípede, cabras com chifre, pirâmides e outros detalhes surreais. Levando em consideração que, naquela época, eram feitas diversas descobertas, o público foi bastante receptivo ao artigo. E a repercussão do artigo ultrapassou fronteiras e chegou à Europa. Foi quando o autor, que havia usado um pseudônimo, admitiu que a sua história não passava de ficção.

7 – A cura de Constantino

Uma das maiores fraudes já descobertas da história é a cura do imperador Constantino pelo papa Silvestre I, no século IV. O documento forjado só foi encontrado no século VIII e acabou influenciando grande parte da política medieval. Segundo a lenda, o imperador Constantino sofria muito com a lepra e foi milagrosamente curado pelo papa Silvestre. Como forma de retribuir o gesto, Constantino se converteu ao cristianismo. E além disso, declarou a autoridade papal sobre Roma e todas as igrejas do mundo.

Já na Europa medieval, quando a igreja e o estado eram um só, o documento em questão sempre era citado para reivindicar autoridade da Igreja Católica em assuntos seculares. Até que, em 1440, o padre católico Lorenzo Valla descobriu que o latim usado no documento não era exato para o latim usado naquela época. Ou seja, o documento foi falsificado posteriormente. Desde então, o documento não faz mais parte do cânone oficial da Igreja.

E para você, qual foi a mentira mais chocante? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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