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7 mulheres duronas que lutaram contra o sistema

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A história da humanidade está repleta de figuras ocultas. Principalmente de mulheres que lutaram bravamente para conquistar direitos que hoje em dia nos parecem tão comuns. Essas mulheres rejeitaram e lutaram contra a imposição de normas e condutas sociais que as aprisionavam e marcharam rumo ao futuro através de suas lutas, traçando seus próprios caminhos até seus objetivos.

Muitas foram consideradas rebeldes por defender ideias anarquistas e os direitos individualistas. Algumas até mesmo foram presas por se juntarem à grupos libertários. Hoje, trouxemos algumas mulheres que viveram sua vida em prol de um mundo revolucionário e igualitário. Confira!

1 – Hellen Keller

Muitas pessoas conhecem a escritora e educadora Helen Keller por sua história de superação. Com um pouco mais de um ano de vida, Keller ficou gravemente doente e perdeu sua visão e audição. Entretanto, a estadunidense era uma forte ativista nas questões da igualdade de gênero e no respeito aos indivíduos. Keller compartilhava uma visão crítica ao capitalismo e ao comércio, como produtores da miséria individual a um nível extremo. Ela se posicionava contra a escravidão e ao processo político onda a “voz do dinheiro” era maior do que a do povo.

2 – Voltairine De Cleyre

A escritora nasceu em 1866 e foi uma das primeiras anarquistas a escrever livros. Ela teria se inspirado no caso das revoltas de Haymarket e se tornou extremamente crítica em relação à ordem social da época, governo etc. De Cleyre ainda era contra o casamento e as ideias sociais de que homens e as religiões podiam controlar a sexualidade das mulheres. Em 1902, um ex-aluno chamado Herman Helcher atentou contra a vida da escritora.

De Cleyre sobreviveu, entretanto, teve de conviver com sequelas pelo resto de sua vida. A luta contra os padrões de beleza impostos às mulheres era uma de suas grandes bandeiras. Ela era anti-Estado e lutava pelo individualismo, se engajando firmemente na luta pelos direitos do indivíduo por quase toda sua vida.

3 – Alexandra David-Neel

Nascida em 1868, Alexandra era uma anarquista francesa, budista e pesquisadora. David-Neel escreveu cerca de 30 obras, viajou o mundo, definitivamente rejeitando todas as normas sociais que a sociedade francesa, em que ela cresceu, impunha. Entre 1914 a 1916, Alexandra viveu em uma caverna, enquanto buscava elevar-se espiritualmente através dos ensinamentos dos monges tibetanos.

Quando ela viajou para o Japão, a Primeira Guerra Mundial a impediu de voltar para a Europa. Foi então que ela conheceu um monge japonês e juntos, disfarçados como monges, eles viajaram cerca de 3.200 km, alguns deles a pé, até a sagrada cidade tibetana de Lhasa, em 1924. Alexandra foi responsável pela tradução de várias obras sagradas do Tibete para o francês. A francesa morreu aos 100 anos.

4 – Ursula Le Guin

Ursula lutou por um mundo melhor através de seus romances. A maioria deles de ficção cientifica e fantasia. Porém, sua mensagem e as críticas à sociedade estavam presentes. O questionamento sobre os sistemas de poder, o consumismo cego e passivo, além da rejeição às normas sociais eram constantes. Ursula faleceu em janeiro de 2018 aos 88 anos de idade.

5 – Lucy Parsons

Lucy Parsons foi a primeira ativista não branca nos Estados Unidos. Parsons nasceu em 1853, no estado do Texas. Ela se juntou a movimentos políticos durante um período em que os EUA estavam passando por uma guerra civil racialmente carregada. Parsons ainda enfrentou a era de Jim Crow. Ela acreditava que o Estado precisava ser desmantelado e o capitalismo completamente destruído.

Injustiças raciais e de classe, igualdade de gênero e economia eram algumas de suas pautas. Em 1886, em Chicago, Parsons e seu marido, Albert, organizaram um protesto que teria inspirado Emma Goldman. Parsons lutou até o fim de sua vida pela liberdade e escrevendo obras sobre o anarquismo e a igualdade racial nos Estados Unidos.

6 – Marie-Louise Berneri

Marie-Louise nasceu em 1918, na Itália, em uma época de mudanças e agitação politica. Sua família foi exilada em 1926 devido a resistência e oposição à ascensão do fascismo de Mussolini. A família de Berneri então fez de Sorbonne, na França, seu novo lar. Na década de 1930, Berneri fez publicações de artigos sobre o anarquismo em francês e editou um artigo em sua língua mãe, o italiano.

Quando a guerra começou na Espanha, seu pai foi convocado a se juntar as tropas. Marie-Louise continuou a publicar seus artigos, mas naquela época em mais línguas como o espanhol e o inglês. Depois da Guerra Civil Espanhola, após a publicação de um artigo chamado War Commentary, Berneri e outros três editores foram presos e julgados por incitação. No entanto, por questões técnicas, a italiana foi liberada. Marie-Louise morreu em 1949, aos 31 anos, por uma infecção.

7 – Margaret Sanger

Margaret nasceu em 1879, em Nova York e se tornou ativista. A estadunidense enfrentou a opressão e desafiou a ordem social da época. Em 1910, ela se juntou a Emma Goldman, e juntas elas realizaram diversos protestos e travaram batalhas pelos direitos trabalhistas e pelo controle da natalidade, que na época era uma ideia ilegal. Um mandato de prisão foi expedido por obscenidade devido as suas publicações. Em 1916, as acusações contra Sanger foram retiradas. O movimento pelo controle de natalidade e direitos das mulheres foram algumas de suas bandeiras mais fortes.

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