Ciência e Tecnologia

A China já está vendendo drones programados para matar

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Sim, é verdade. Os empreiteiros militares chineses já começaram a produzir e vender drones assassinos autônomos, para clientes no Oriente Médio.

Em suma, a empresa chinesa Ziyan já está, oficialmente, comercializando ativamente o Blowfish A3 para compradores internacionais. Basicamente, o Blowfish A3 é um drone de tipo helicóptero autônomo, armado com uma metralhadora.

Vários países vêm trabalhando com protótipos, nesse sentido, há anos. Entretanto, a comercialização de tais drones significa que, finalmente, estamos vivendo a era dos robôs assassinos.

Exportações Mortais

Analogamente, ao que parece, o governo chinês já está entrincheirado no comércio de robôs assassinos. Afinal, a empresa chinesa Ziyan já vendia drones autônomos, para a Arábia Saudita e para o Paquistão.

“O governo chinês já está exportando alguns dos seus drones aéreos militares, mais avançados, para o Oriente Médio. Além disso, se prepara para exportar seus veículos aéreos não tripulados furtivos da próxima geração quando ficarem online. Os fabricantes chineses de armas estão vendendo drones anunciados como capazes de ter total autonomia. Ou seja, isso inclui a capacidade de realizar ataques letais direcionados”, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper.

Atualmente, muitos países apoiam a proibição de armas totalmente autônomas. Entretanto, os principais líderes militares, como, por exemplo, a Rússia e os Estados Unidos, trabalham para desenvolver seus próprios robôs assassinos.

Em síntese, caso a Ziyan esteja dizendo a verdade sobre a comercialização de seus drones de tipo helicópteros autônomos, isso significa que a China está adiante na corrida.

Venda para governos do Oriente Médio

Nesse ínterim, é importante ressaltar que o Blowfish A2 já vinha sendo comercializado pela Ziyan. Em suma, o modelo anterior ao Blowfish A3 já estava sendo vendido aos governos do Paquistão e da Arábia Saudita.

A informação foi divulgada por Greg Allen, chefe de estratégia e comunicação do Centro de Inteligência Artificial do Departamento de Defesa norte americano. A comercialização foi apontada por um documento da Center for a New American Security, organização independente.

“Apesar de expressar preocupação com a corrida armamentistas de inteligência artificial (IA), a maioria das lideranças na China vê um inevitável aumento do uso militar da IA ​​e vem seguindo isso agressivamente. A China já exporta plataformas autônomas armadas e IA de vigilância”, disse Allen.

Além disso, no ano passado, Zeng Yi, executivo sênior da Norinco, terceira maior empresa de defesa da China, previu que “nos futuros campos de batalha, não haverá pessoas brigando”. Para Esper, o secretário de defesa americano, as redes chinesas de software e hardware de vigilância estão ajudando a China a desenvolver a IA.

“Todos os sinais apontam para a construção de um estado de vigilância do século XXI destinado a censurar a fala e negar os direitos humanos básicos em uma escala sem precedentes. Pequim tem todo o poder e ferramentas necessárias para coagir a indústria e a academia chinesas a apoiar os esforços liderados pelo governo”, alerta.

Os Estados Unidos proibiram voos de drones fabricados na China ou com componentes chineses. De acordo o governo americano, os dispositivos podem representar um risco à segurança nacional.

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