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Por que o Brasil não tem mais ferrovias?

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A ferrovia é um dos meios de transporte que pode ser utilizado para carregar passageiros e cargas pesadas. Para longas viagens, eles são confortáveis, rápidos e compensam o preço a longo prazo. No Brasil, as cargas costumam ser transportadas por caminhões, e o número de pessoas que viaja de trem é irrisório. 

Apesar de ter ferrovias com 30 mil km e estar entre as 15 maiores malhas ferroviárias do mundo, apenas um terço é utilizada e muitas estão sucateadas. No entanto, essa quantidade é pequena comparada ao tamanho do Brasil, um exemplo disso é a Alemanha, que é bem menor e tem mais linhas férreas do que nosso país.

Conheça abaixo a história das ferrovias do Brasil.

As ferrovias do Brasil

Wikimedia commons

No final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, os trens foram muito importantes para o Brasil. Por causa disso, as ferrovias tiveram sua construção iniciadas no Segundo Reinado, com incentivo do governo de Dom Pedro II. Muitos trilhos usados hoje são dessa época.

Esse transporte era utilizado para transportar passageiros, e principalmente para o principal produto de exportação do país: o café. Com isso, muitas linhas privadas operavam devido à ligação com a cafeicultura.

Porém, devido a crise de 1929, que se estendeu pela década de 1930, os consumidores internacionais pararam de comprar e o Brasil de produzir. Por isso, as empresas não tinham mais dinheiro e motivos para continuar operando e fazendo a manutenção nas linhas.

Depois disso, tudo piorou. Um comparativo é que, em 1940, o Brasil tinha mais 30 mil km de ferrovias, porém, nos dias atuais nem um terço é usado.

Nos anos de 1950, as ferrovias eram antiquadas, as concessões para empresas privadas estavam terminando, e ninguém possuía interesse em renovar. Já em 1957, a Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) que iria operar o problemático transporte por trens no país.

Contudo, nessa época, o governo de Juscelino Kubitschek (JK) objetivava crescer 50 anos em 5 e por isso focou na indústria automobilística. O foco recaiu sobre carros e caminhões devido ao fato de ser mais rápido construir rodovias do que as ferrovias.

Motivos para o declínio das ferrovias

Cimento Itambé

No entanto, os 50 anos em 5 não foi o único motivo para as ferrovias serem esquecidas. No Brasil, governos seguintes acreditavam ter mais vantagem em fazer grandes obras rodoviárias (como a ponte Rio-Niterói e a Transamazônica), do que conservar os trilhos do Império.

Outros problemas começaram bem antes. Um exemplo é que não foi padronizada a distância entre trilhos, o que impediu a criação de uma malha unificada. Assim como as rodovias criadas, que eram cheias de curvas e que estão localizadas na Região Sudeste. Por causa disso, quando foi o momento de integrar o Brasil, tornou-se difícil para os trens percorrerem esses trilhos. Por causa disso, o Brasil se tornou um país de estradas e com o transporte de passageiros sendo feito por avião, carro ou ônibus.

Na década de 1960 começaram a desativar as linhas de passageiros deficitárias. Por isso, restaram apenas os metroviários, como parte das linhas da CPTM, em São Paulo, ou da Super Via, no Rio de Janeiro. Enquanto para viagens intermunicipais, existem poucas opções.

Devido à falta de recursos, em 1990, as ferrovias foram entregues à iniciativa privada, novamente.  Atualmente, metade da malha ferroviária brasileira pertence à Rumo Logística, ligada a empresas de minérios de ferro. Os trens em sua maioria estão transportando ferro ou soja atualmente.

Fonte: Mega Curioso

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