O surto de coronavírus não deixou de ser uma preocupação de todas as autoridades mundiais. Exatamente por ser um vírus mortal, as autoridades de todo mundo estão se mobilizando com a situação. O que se deseja, é conter o surto e identificar toda a rota que ele fez.
Desde que o vírus foi identificado, ele tem gerado várias dúvidas e receios nas pessoas. Por causa disso, os órgãos oficiais indicaram as medidas que são necessárias, para tentar diminuir a disseminação do vírus.
Enquanto uma vacina para a doença ainda não fica pronta, a principal preocupação agora e evitar o contagio da doença. E tentar identificar as pessoas que estão infectadas para que elas não se tornem vetores e saiam espalhando o vírus por aí.
As formas de se testar alguém para ver se ela está ou não infectada com o coronavírus evoluíram desde o começo do surto. Testes chegavam a precisar de dois dias para confirmar ou não a infecção de alguém. Mas com o decorrer do tempo eles foram ficando mais rápidos.
E na terça-feira dessa semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou que testes rápidos para o diagnóstico do COVID-19 sejam feitos em farmácias e drogarias. Com essa decisão aprovada, os testes deixam de ser uma exclusividade de hospitais e clínicas.
Medida
Essa medida foi aprovada por unanimidade pela diretoria da agência e tem um caráter temporário. Ela durará enquanto a situação de emergência de saúde pública nacional estiver acontecendo. A autorização, para que esses testes comecem a ser feitos em farmácias e drogarias, começa a valer a partir da publicação de uma resolução da diretoria colegiada no Diário Oficial da União.
A decisão apenas autoriza a aplicação dos testes, mas ela não obriga que farmácias e drogarias os disponibilizem. E aqueles recintos que quiserem disponibilizar os testes terão que ter um profissional qualificado durante todo o horário de funcionamento. A decisão então é voluntária. Mas se optarem por fazer os testes, os estabelecimentos precisam do profissional.
Os testes terão que ser feitos no local e o resultado será interpretado pelo profissional de saúde. Ele juntará o resultado do teste com outros dados do paciente.
O teste feito nas farmácias ou drogarias é o ensaio imunocromatográfico, que é auxiliar no diagnóstico. Mas ele não tem uma finalidade comprobatória e não serve para a contagem dos casos de coronavírus no Brasil. Isso porque existe uma possibilidade de o teste dar um “falso negativo”. Esse resultado pode aparecer caso o paciente ainda esteja no estágio inicial da doença.
“O aumento dos testes será uma estratégia útil para diminuir a aglomeração de indivíduos em hospitais. E também reduzir a procura dos serviços médicos em estabelecimento das redes públicas”, disse o diretor-presidente substituto da Anvisa, Antonio Barra Torres.
Testes
O diretor da Anvisa, Marcos Miranda, disse que as secretarias estaduais e municipais de saúde tem que se reunir com as farmácias e drogarias para ver como acontecerá um fluxo de informação sobre os resultados dos testes feitos nesses lugares.
De acordo com a nota divulgada pelo conselho, essa decisão foi apoiada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Esse órgão disse em nota que “reivindicou do Governo o envolvimento dos 9,8 mil laboratórios de análises clínicas sob responsabilidade técnica de farmacêuticos e das 88 mil farmácias na testagem da população, tanto no atendimento privado, quanto público”.
“A inserção dos testes rápidos nas farmácias comunitárias privadas é uma iniciativa importante para ampliar o acesso aos exames, reduzir custos, evitar aglomerações, bem como diminuir a procura de serviço médico em estabelecimentos da rede pública já altamente demandada”, disse Walter da Silva Jorge João, presidente do Conselho.
“Se existem coletas sendo feitas em drive-thru, pelos próprios órgãos públicos de saúde, é perfeitamente razoável que os testes rápidos também sejam realizados nas farmácias, pelo farmacêutico, que é um profissional da saúde habilitado”, concluiu.
Comentários