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Aparentemente, o apêndice tem sim uma utilidade

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Conforme evoluímos, nosso corpo também passou por algumas mudanças. Como resultado disso, algumas “marcas” dessa evolução ainda sobraram em alguns de nós. Como as pessoas que possuem um pequeno orifício próximo aos ouvidos, herdados de nossos antepassados com branquias. Nós ainda possuímos músculos que os macacos usam para movimentar suas orelhas. A diferença é que esses músculos atualmente já não fazem por nós algo, digamos, útil.

Nosso apêndice por muito tempo figurou no topo da lista de coisas em nosso corpo que supostamente não tinham utilidade “de fato”. Porém, uma nova pesquisa da Midwestern University, publicada na revista científica francesa Comptes Rendus Palevol, parece ter descoberto que as coisas não são bem assim.

A evolução

Quando falamos de evolução, costumamos colocar tudo numa linha de sucessão, como aquela famosa imagem que vai do macaco até chegar no homem, o que somos hoje em dia. Entretanto, as coisas nem sempre funcionam nesse linearidade. A medida que evoluímos, podemos tanto perder quanto ganharmos novos recursos.

Os ancestrais das baleias, por exemplo, ganharam pernas e saíram da água, somente para depois voltar e perdê-las. Mas alguns traços parecem nunca parar de “evoluir“, como os olhos, as pernas e as asas. E por eles terem evoluído tantas vezes, isso só nos mostra o quão importantes, evolutivamente falando, eles são.

Quando um organismo perde permanentemente uma de suas características, isso significa que ela já não proporcionava benefícios suficientes para continuar. E essa foi a abordagem usada no estudo publicado em 2017 pelos pesquisadores da Midwestern University.

Foram analisadas a evolução de cerca de 533 espécies de mamíferos em um recorte de tempo de 11 milhões de anos, de maneira que eles pudessem encontrar pontos que esclarecessem o momento em que o apêndice surgiu como uma nova característica ou tenha desaparecido completamente.

As análises

Como acreditavam que o órgão fosse apenas uma característica vestigial, eles esperavam vê-lo evoluir poucas vezes e desaparecer com certa regularidade. Entretanto, segundo o que puderam concluir, o apêndice parece ter evoluído entre 29 e 41 vezes e desapareceu apenas 12 vezes.

Mas se ele serve para algum propósito, uma vez que ele não foi eliminado definitivamente, qual seria ele? A principal teoria a respeito desse minusculo órgão é de que ele daria suporte ao sistema imunológico, depois que foi encontrado no tecido linfático, que é uma parte essencial do sistema imunológico e ajuda no crescimento de bactérias saudáveis no intestino.

Outro estudo mostrou que a probabilidade das pessoas sem apêndice sofrerem por infecções bacterianas são maiores do que aqueles que ainda o possuem. Muitas pessoas são obrigadas a retirá-lo quando há uma apendicite. Estima-se que anualmente um quarto de milhão de pessoas façam a remoção do órgão devido a tal condição.

Entretanto, a grande maioria das pessoas vivem uma vida normal após a apendicectomia, o que pode significar que o sistema imunológico aumenta o ritmo de outras partes de nosso corpo para compensar a ausência do órgão.

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